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Fausto Cornélio Sula Félix

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 Nota: Para outros significados, veja Fausto Cornélio Sula (desambiguação).
Fausto Cornélio Sula Félix
Cônsul do Império Romano
Fausto Cornélio Sula Félix
Consulado 52 d.C.
Nascimento 22
  Grécia
Morte 62 (40 anos)
  Tapso, Bizacena (atual Tunísia)
Nome completo Fausto Cornélio Sula Félix

Fausto Cornélio Sula Félix ou Fausto Cornélio Sila Félix (em latim: Faustus Cornelius Sulla Felix; Grécia, 22Tapso (atual Tunísia), 62) foi um senador romano da gente Cornélia eleito cônsul em 52 com Lúcio Sálvio Otão Ticiano. É um dos membros menos conhecidos da dinastia júlio-claudiana.

Félix era o filho de Domícia Lépida e do cônsul de 31, Fausto Cornélio Sula Lúculo, descendente do ditador romano Sula. Seus avós maternos foram Antônia, a Velha e Lúcio Domício Enobarbo, cônsul em 16 a.C.. Antônia era uma sobrinha do imperador Romano Augusto e sua mãe, Domícia Lépida, era sobrinha-neta de Augusto, neta da irmã dele, Otávia. Félix foi meio-irmão da imperatriz romana Valéria Messalina. A proximidade com a família imperial o legou com um consulado ainda jovem.

Em 47, o imperador romano Cláudio, que era primo de sua mãe, organizou para Félix se casar com sua filha, Cláudia Antônia. Os dois tiveram um filho que era frágil e morreu antes de seu segundo aniversário[1]. Logo depois, em 52, foi eleito cônsul e foi admitido entre os irmãos arvais.

Em 56, dois anos após a ascensão do imperador romano Nero, o liberto Palas e o prefeito do pretório Sexto Afrânio Burro foram acusados de conspirar para tornar Félix imperador. Os conspiradores foram para julgamento, mas Félix não parece ter sido implicado[2]. Nero, no entanto, começou a acompanhar de perto seu cunhado com receio de suas conexões com a família imperial.

Em 58, outro liberto falsamente acusou Félix de conspirar para atacar Nero, que tratou Félix como culpado[3] e o exilou em 59 para Massília. Mesmo vivendo uma vida estóica, Nero continuou a considerar Félix uma ameaça; finalmente, em 62, o guarda do palácio Tigelino mandou assassinar Félix, que foi morto enquanto jantava apenas cinco dias depois[4]. A cabeça de Félix foi transportada para o palácio e, conta a lenda, Nero brincava com ela, fazendo chacota devido à sua calvície e ao grisalho do seu cabelo. Depois do assassinato, que Nero manteve em segredo em Roma, ele pediu ao imperador que retirasse o também assassinado Rubélio Plauto e ele do Senado Romano por representarem uma ameaça ao estado[5]. A esposa de Sula também foi assassinada por Nero depois de se recusar a se casar com ele depois da morte de Popeia Sabina[6].

O historiador Tácito descreveu Félix como sendo "tímido e desprezível" e também afirmou que Félix seria incapaz de uma conspirar contra Nero.

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Cláudio V

com Sérvio Cornélio Cipião Salvidieno Orfito
com Lúcio Calvêncio Veto Carmínio (suf.)
com Tito Flávio Vespasiano (suf.)

Fausto Cornélio Sula Félix
52

com Lúcio Sálvio Otão Ticiano
com Quinto Márcio Bareia Sorano (suf.)
com Lúcio Salvidieno Rufo Salviano (suf.)

Sucedido por:
Décimo Júnio Silano Torquato

com Quinto Hatério Antonino
com Públio Trebônio (suf.)
com Quinto Cecina Primo (suf.)
com Públio Calvísio Rusão (suf.)


Referências