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Feijão-tropeiro

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O feijão-tropeiro ou feijão-de-tropeiro[1] é um prato típico da culinária dos estados brasileiros de Minas Gerais, Goiás e São Paulo,[2][3] [4] criado pelos tropeiros.[2]

O prato é composto de feijão cozido misturado com farinha de mandioca, linguiça, toucinho, ovos e vários temperos, como alho, cebola, cheiro-verde e pimenta. Às vezes, o prato é enriquecido com torresmo, couve e bacon.[4]

O feijão-tropeiro tem origem no ciclo do tropeirismo. Desde o período colonial, os tropeiros eram os responsáveis por transportar mercadorias no lombo de mulas ou de cavalos, por várias regiões do Brasil, e eles criaram diversas refeições para consumir durante as suas longas viagens.[5][6]

Os tropeiros chegavam a percorrer uma distância de até 4000 quilômetros. Como não havia mulheres nas tropas, eles tinham que se virar para preparar sua própria alimentação com os alimentos disponíveis. Embora preferissem a base alimentar europeia, os tropeiros foram incorporando costumes alimentares indígenas, como charque, farinha de mandioca, paçoca, farinha de milho. Quando as tropas paravam para descanso, os tropeiros comiam feijão quase sem molho, para evitar que estragassem facilmente, misturado com pedaços de carne de sol e toucinho. Esses ingredientes deram origem ao feijão-tropeiro.[5][7]

Feijão-tropeiro

Referências

  1. «feijão-tropeiro». Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 1 de novembro de 2024 
  2. a b SETUBAL, Maria Alice (coord.). Coleção Terra Paulista: histórias, arte, costumes. São Paulo: Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária/ CENPEC, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.
  3. ‘Sabores de Minas’: conheça a história do feijão-tropeiro
  4. a b Feijão tropeiro: tradição mineira, delícia nacional
  5. a b «Que bandeirante, que nada! - Revista de História». www.revistadehistoria.com.br. Consultado em 28 de agosto de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  6. PRESTES, Lucinda Ferreira. A vila tropeira de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba: aspectos socioeconômicos e arquitetura das classes dominantes (1750-1888). São Paulo: ProEditores, 1999.
  7. FEIJÃO TROPEIRO E SUA ORIGEM NO TROPEIRISMO NO BRASIL