Fernanda Botelho
Fernanda Botelho | |
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Nome completo | Maria Fernanda Botelho de Faria |
Nascimento | 1 de dezembro de 1926 Porto, Portugal |
Morte | 11 de dezembro de 2007 (81 anos) Lisboa |
Residência | Lisboa |
Nacionalidade | Portuguesa |
Ocupação | Escritora e tradutora |
Prémios | Prémio Camilo Castelo Branco (1960);
Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1987) |
Movimento literário | Modernismo tardio |
Magnum opus | As Contadoras de Histórias |
Maria Fernanda Botelho de Faria (Porto, 1 de dezembro de 1926 - Lisboa, 11 de dezembro de 2007) foi uma escritora e tradutora portuguesa.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Era parente afastada do escritor Camilo Castelo Branco e sobrinha-neta de Abel Botelho. Estudou Filologia Clássica nas Universidades de Coimbra e Lisboa, viria a fixar-se em Lisboa para ocupar a direção do departamento belga de turismo entre 1973 e 1983.
Foi co-fundadora da revista Távola Redonda, tendo ainda colaborado ainda em outras publicações periódicas, como as revistas Europa, Panorama, Tempo Presente, Graal e o jornal Diário de Notícias. Foi colaboradora do programa Convergências da RTP. Em termos literários deu início à sua carreira literária com o livro Coordenadas Líricas (1951).[1]
Viveu na Vermelha, concelho de Cadaval, onde se pretende construir uma casa-museu dedicada à sua vida e obra.
A Câmara Municipal de Lisboa prestou uma homenagem póstuma à escritora através da transladação das suas ossadas para o Cemitério dos Prazeres e atribuindo o seu nome a um arruamento transversal à Estrada de Benfica.[2][3]
A 4 de fevereiro de 1989, foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito.[4]
Obras
[editar | editar código-fonte]- Coordenadas Líricas (1951, poemas)
- O Enigma das Sete Alíneas (1956)
- O Ângulo Raso (1957)
- Calendário Privado (1958)
- A Gata e a Fábula (1960)
- Xerazade e os outros (1964)
- Terra sem Música (1969)
- Lourenço É Nome de Jogral (1971)
- Esta Noite Sonhei com Brughel (1987)
- Festa em Casa de Flores (1990)
- As contadoras de histórias (1998)
- Gritos da Minha Dança (2003)
Crítica
[editar | editar código-fonte]Sobre o estilo o escritor Urbano Tavares Rodrigues disse que «que é de um rigor, de uma originalidade tais que a troca de uma simples palavra na maioria das suas frases apagaria intenções. Esse estilo acutilante, irónico, pessoalíssimo, todo ele nervo e criação, bastaria para impor decisivamente Fernanda Botelho».
O poeta Jorge de Sena afirmou: que a sua escrita era "[...] árida, sarcástica, anti-lirica [...] vivendo a sua lucidez na desagregação e pela desagregação de uma desassombrada e cínica visão que usa insolitamente as palavras e os símbolos."
Prémios e homenagens
[editar | editar código-fonte]- 1961 - Prémio Castelo Branco, graças à obra Gata e a Fábula
- 1995 - Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística com Dramaticamente vestida de negro
- Grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito
- Grau da Ordem de Leopoldo I (Bélgica)
- Medalha de Tradução pela Direção-Geral das Relações Culturais de Itália
Referências
- ↑ Genta, Alda Maria Arrivabene (22 de março de 2006). «"A gata e a fábula" e "Exílio": a manifestação do desamor no mundo moderno». São Paulo. doi:10.11606/d.8.2006.tde-21082007-150859. Consultado em 1 de dezembro de 2023
- ↑ Franco, Ana (2019). Património literário em contexto museológico : estudo de caso : Casa-Museu Fernanda Botelho, Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro, Universidade de Lisboa
- ↑ Toponímia de Lisboa
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria Fernanda Botelho de Faria". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 1 de julho de 2019