Festival da Canção Portuguesa 1958
Festival da Canção Portuguesa 1958 | |
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Datas | |
Final | 21 de janeiro de 1958 |
Produção | |
Local | Cinema Império, Lisboa, Portugal |
Apresentador(es) | Artur Agostinho[1] |
Participantes | |
Número de entradas | 12 intérpretes e 13 canções |
Actuações | |
Actuações de abertura(s) | Simone de Oliveira |
Votação | |
Vencedor(a) | não houve vencedor |
Festival da Canção Portuguesa 1960 |
O I Festival da Canção Portuguesa foi o primeiro Festival da Canção Portuguesa, que teve lugar no dia 21 de janeiro de 1958 no Cinema Império, em Lisboa.
Festival
[editar | editar código-fonte]Nesta altura funcionava em Lisboa o Centro de Preparação de Artistas de Rádio, fundado por António Ferro há quase duas décadas, e era dirigido pelo professor e antigo cantor lírico Motta Pereira. Este Centro era frequentado pela geração de cançonetistas que dominariam o meio durante mais de uma década, como Maria de Fátima Bravo, Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, Alice Amaro, Artur Garcia e Maria Marize.[2]
O Centro recrutava candidatos através de anúncios na Emissora Nacional e aceitava os cantores mais promissores. Mas nesta época o professor queria demonstrar ao público a qualidade dos artistas que faziam parte do Centro. Por isso, a 14 de janeiro de 1958, foi publicado no Diário de Notícias um anúncio da realização do I Festival da Canção Portuguesa no Cinema Império, em Lisboa. Anunciaram ainda que no início do festival seria apresentada ao público pela primeira vez a cantora Simone de Oliveira, que ficaria fora do concurso.[2]
O festival realizou-se a 21 de janeiro e contou com a participação de Rui de Mascarenhas, Maria Amélia Canossa, Domingos Marques, Isabel Wolmar, Artur Ribeiro, Maria de Fátima Bravo, Júlio Guimarães, Tristão da Silva, Maria José Valério, José António, Guilherme Kjölner e Maria de Lourdes Resende. Tal como foi anunciado previamente, Simone de Oliveira atuou fora do concurso, interpretando as canções "O Burrinho", "Adeus" de Raúl Ferrão e "Os Três Santos Populares".[2]
No final, cada autor recebeu uma medalha comemorativa, não havendo um vencedor. Mas "Vocês Sabem Lá" de Maria de Fátima Bravo teria sido a vencedora se o festival fosse de cariz competitivo, pois foi aclamada pelo público, que exigiu que a canção voltasse a ser interpretada. "Vocês Sabem Lá" permaneceu no "top" das preferências até 1960.[2]
# | Artista | Canção |
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1º | Rui de Mascarenhas | "Serenins de Queluz" |
2º | Maria Amélia Canossa | "Tudo é Portugal" |
3º | Domingos Marques | "Agora nunca mais" |
4º | Isabel Wolmar | "Viela" |
5º | Artur Ribeiro | "Sol do Alentejo" |
6º | Maria de Fátima Bravo | "Desencanto" |
7º | Júlio Guimarães | "Maria do Céu" |
8º | Tristão da Silva | "Senhora da Nazaré" |
9º | Maria José Valério | "A folha da hera" |
10º | José António | "Como se fazem canções" |
11º | Maria de Fátima Bravo | "Vocês Sabem Lá" |
12º | Guilherme Kjölner | "Duas caras" |
13º | Maria de Lourdes Resende | "Lisboa feliz" |