Fibrodisplasia ossificante progressiva
Fibrodisplasia ossificante progressiva | |
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Efeitos da doença. | |
Especialidade | reumatologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | M61.1 |
CID-9 | 728.11 |
CID-11 | 2102976705 |
OMIM | 135100 |
DiseasesDB | 8732 |
eMedicine | derm/609 |
MeSH | D009221 |
Leia o aviso médico |
A Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (conhecido por FOP; termo médico: Fibrodysplasia Ossificans Progressiva) é uma doença genética rara que causa a formação de ossos no interior dos músculos, tendões, ligamentos e outros tecidos conectivos. Pontes de ossos "extra" se desenvolvem através das articulações (juntas do corpo) restringindo progressivamente os movimentos. Na FOP, o corpo não somente produz muitos ossos, mas um todo um esqueleto "extra" é formado, envolvendo o corpo e prendendo a pessoa em uma prisão de ossos.
História
[editar | editar código-fonte]Inicialmente a doença recebeu o nome de Miosite Ossificante Progressiva, ou seja, músculos que progressivamente se transformam em ossos. Entretanto, o processo não "destrói" somente músculos, mas também outros tecidos moles como as articulações e tendões e por isto o seu nome foi mudado para "Fibrodisplasia Ossificante Progressiva".[1]
A fibrodisplasia ossificante progressiva é uma doença genética rara do tecido conjuntivo, caracterizada por ossificação disseminada em tecidos moles e alterações congênitas das extremidades. Sua transmissão é autossômica dominante, com penetrância completa, mas expressão variável. O início ocorre na infância e o envolvimento progressivo axial e da região proximal dos membros leva a uma conseqüente imobilização e deformação articular.
Sintomas
[editar | editar código-fonte]As crianças com FOP desenvolvem inchaços dolorosos pelo corpo, semelhantes a tumores, que podem crescer, mudar de posição e desaparecer, porém estes inchaços costumam deixar no seu lugar um osso e vão progressivamente imobilizando o corpo da criança num “segundo esqueleto”.
O progresso da FOP pode ser espontâneo, ou ser acelerado por traumas (quedas, cirurgias, biópsias).
Como não há cura conhecida, a expectativa de vida de pessoas que nascem com FOP é de apenas 41 anos de idade.[2]
Causas
[editar | editar código-fonte]A FOP é causada por um alelo autossômico dominante no cromossomo 2q23-24. O alelo tem expressividade variável, mas penetrância completa.
A maioria dos casos é ocasionada por mutação espontânea nos gametas. Um estudo determinou que a FOP afeta 1 em cada 1 milhão de pessoas. Uma mutação no gene ACVR1 (também conhecido como activin-like kinase 2 [ALK-2]) é responsável pela doença. O ACVR1 codifica o receptor activin tipo-1, um tipo de receptor BMP tipo-1.
A mutação muda o códon 206 de histidina para arginina na proteína ACVR1. Isso faz com que células endoteliais se transformem em células tronco mesenquimatosas e então em osso.
A formação de tecido ósseo no interior de músculos, tendões e ligamentos, causa de forma progressiva, a imobilização do corpo. É caracterizada por má-formação congênita do hálux (dedo grande dos pés malformados ao nascimento) e pelo desenvolvimento de ossos "extras" em locais anormais. Estes ossos surgem progressivamente e formam “pontes” entre as articulações, tornando os movimentos impossíveis. A doença não possui cura ou tratamento.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Information on FOP in Different Languages Informações sobre a FOP (também) em português]
- ifopa.org/portuguese/
Referências
- ↑ Victor McKusick, 1970
- ↑ noticias.br.msn.com/ Com doença rara, 'manequim humano' tenta carreira na indústria da moda