Filmografia de Glauber Rocha
O ator, diretor e roteirista brasileiro Glauber Rocha foi um dos mais expoentes nomes do chamado Cinema Novo do Brasil e sua carreira teve início durante sua juventude na década de 1950 através de pequenos papéis em peças de teatro e participações em programas de rádio. Em 1959, Rocha teve sua estreia como diretor com o curta-metragem Pátio que retrata um casal que interage subjetivamente sobre um piso xadrez. No mesmo ano, o diretor produziu ainda um segundo curta-metragem intitulado A Cruz na Praça, notório por ter se perdido ao longo do tempo e por ser o primeiro filme brasileiro a abordar a homossexualidade.[1]
Rocha deu entrada nas grandes produções de cinema a partir da década de 1960 com a direção do drama Barravento (1962), estrelado por Antônio Pitanga como um pescador que retorna ao vilarejo natal para resgatar seu povo do fanatismo religioso. O filme é considerado um marco do cinema brasileiro pelas edições de fotografia, atuação do elenco principal e a abordagem documental de Rocha sobre temas complexos da sociedade. Seu filme seguinte, o faroeste dramático Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), que aborda as dificuldades de um casal sertanejo em meio aos caos social e secas do sertão nordestino, foi indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes e figura como um dos 100 melhores filmes brasileiros já produzidos. Dois anos mais tarde, Rocha alcançou maior notoriedade por dirigir o suspense dramático Terra em Transe (1967) que aborda os desdobramentos de uma forte crise política em país fictício da América Latina. O filme, que contou com uma prestigiosa equipe técnica incluindo o figurinista Clóvis Bornay e Luiz Carlos Barreto e Cacá Diegues como produtores, foi censurado pelo governo militar brasileiro por abordar temas políticos controversos. No faroeste dramático O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), Rocha resgatou o personagem Antônio das Mortes e abordou a saga do sertanejo mercenário que passa a apoiar as causas populares na região. O filme foi altamente aclamado pela crítica pela fotografia, figurino e o roteiro rendendo-lhe o Prémio de Melhor Diretor do Festival de Cannes.[2]
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Cinema
[editar | editar código-fonte]Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Genestreti, Guilherme (18 de setembro de 2021). «Censurado, 'Orgia' irritou Glauber Rocha e inaugurou o cinema queer feito no Brasil». Folha Online
- ↑ «Festival de Cannes: O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro». Festival de Cannes
- ↑ «Filme de Glauber Rocha sobre enterro de Di Cavalcanti está censurado há 34 anos». O Globo. 25 de outubro de 2013