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Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar

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Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar
Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar
Pôster oficial do filme.
Brasil
2009 •  cor •  140 min 
Direção Marco Antonio Ferraz
Anderson Corrêa
Produção executiva Anderson do Carmo
Roteiro Ed Nobrega
Marco Antonio Ferraz
Elenco Flordelis
Diretor de fotografia Carlos Cerqueira
Direção de arte Michelle Gabiatti
Figurino Ale Duprat
Carolinie Darrieux
Edição Zeli Mansur
Thomas Magarinos
Distribuição Art Filmes
Serendip Filmes
MK Music (trilha sonora e divulgação)
Lançamento 9 de outubro de 2009
Idioma (em português brasileiro)

Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar é um filme brasileiro de 2009 em formato de docudrama.

Foi dirigido por Marco Antônio Ferraz e Anderson Corrêa, sendo lançado no dia 9 de outubro de 2009. O filme, que conta com grandes estrelas da dramaturgia brasileira, como Bruna Marquezine, Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond e Deborah Secco,[1][2] foi realizado totalmente sem remuneração para os artistas envolvidos, que se propuseram a realizá-lo de forma voluntária pelo impacto da história real de Flordelis. A renda arrecadada foi utilizada na construção de um centro de reabilitação para jovens e na compra de uma casa para a então cantora.[3]

O filme teve recepção negativa na crítica especializada.[4][5] Em 2020, depois do caso Anderson do Carmo, o diretor e vários atores lamentaram suas participações no filme.[6][7]

Flordelis é uma mulher evangélica, moradora da favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e respeitada pelos traficantes e demais habitantes do local por seu trabalho humanitário ao ajudar jovens com problemas com drogas e vindos do mundo do crime. Buscando fazer a diferença no mundo, levou a sua casa 37 crianças e adolescentes abandonados, sem abrigo, em fuga de lares violentos ou desde cedo com problemas de dependência química, criando-os com amor e ensinando bons ideais para que não se envolvam com o mundo do crime e das drogas. "Mãe Flor", como passou a ser conhecida, dividiu opiniões no local onde morava. Enquanto alguns consideravam-na louca, outros a consideravam uma referência de afeto e caridade por ter criado cada um deles com boa índole e sem deixar que se envolvessem em coisas ilícitas.

Perseguida pela polícia e os órgãos públicos, Flor foi humilhada publicamente ao estampar diversos jornais como sequestradora, tendo de fugir de casa com os jovens para evitar que eles fossem retirados dela e enviados para abrigos sem estrutura, indo viver na rua para conseguir mantê-los unidos. Com a ajuda dos irmãos Werneck – que alugaram uma casa fora da favela que eles viveram – ela conseguiu fundar o Instituto da Criança, legalizando assim a situação perante a justiça e podendo receber doações, expandindo seu trabalho.

Ao longo do filme, cada ator conta uma das história dos jovens cuidados por Flordelis ou dos pais que abandonaram crianças e pessoas envolvidas na história em forma de depoimento.

Por ordem de aparição
Participações especiais

Andy Malafaya em sua crítica para o Cineplayers escreveu: "A geração [do filme] já explica bastante a bagunça na estrutura (...) Idealizado para ser um curta-metragem sem maiores aspirações, acabou se transformando um projeto maior com a entrada de astros da televisão (...) deu maior visibilidade ao filme, agora já rascunhado como um longa-metragem, a ponto deste conseguir distribuição - o que é missão hercúlea para filmes brasileiros -, mas a forma encontrada pelos diretores estreantes de encaixá-los no filme é completamente surreal: eles interpretam depoimentos de personagens reais da vida de Flordelis, frente a cenários emulando a favela. (...) Acaba tudo soando muito falso - os atores extremamente maquiados, a fotografia bem cuidada em preto e branco, os depoimentos decoradinhos, sem margem para erro ou hesitação."[4]

Celso Sabadin do Cineclick disse que "jamais havia visto um filme tão errado. Da proposta à execução. Da trilha sonora à direção de arte. Do roteiro à direção. Da montagem a... Sei lá mais o que possam inventar. (...) É bizarro. Surge na tela a figura de, por exemplo, Reynaldo Gianecchini, e o crédito aparece, digamos, “José”. Surge Letícia Sabatella com o crédito “Fulana de Tal”. E assim por diante. E tem mais: os atores explodem na tela lindos, maravilhosos, maquiadíssimos, falando um português mais do que perfeito, com uma fotografia exuberante... Vestindo roupas humildes e emoldurados por um cenário que pretende sugerir que eles estão na favela. São depoimentos longuíssimos, quase sem cortes, enfadonhos, sem ritmo. E todos em preto-e-branco."[5]

Repercussão em 2020

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Depois do caso Flordelis, o diretor e diversos atores e atrizes afirmaram que se arrependeram de ter participado do filme.[6][7]

Referências

  1. «De Bruna a Cauã: filme sobre a vida de Flordelis reúne elenco estrelado». Yahoo. 25 de Agosto de 2020. Consultado em 25 de Agosto de 2020 
  2. Felipe Branco Cruz (25 de Agosto de 2020). «Com Gianecchini e Sabatella, filme chapa-branca sobre Flordelis é sofrível». Veja. Consultado em 22 de Agosto de 2021 
  3. «G1 > Cinema - NOTÍCIAS - Com elenco estelar, 'Flordelis' conta a história da mulher que adotou 37 crianças». g1.globo.com. Consultado em 27 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  4. a b Andy Malafaya (8 de outubro de 2009). «Flordelis - Basta uma Palavra para Mudar (2009) - Crítica». www.cineplayers.com. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  5. a b Celso Sabadin (6 de outubro de 2009). «Flordelis - Basta uma Palavra para Mudar». www.cineclick.com.br. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  6. a b «Diretor diz que se arrepende de filme sobre Flordelis com Marquezine e Cauã». www.bol.uol.com.br. Consultado em 27 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2020 
  7. a b «Flordelis: tudo o que você precisa saber sobre o filme que retratou família». entretenimento.uol.com.br. Consultado em 27 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2020 
  8. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v «Letícia Sabatella em história de superação». CARAS. Consultado em 22 de Agosto de 2021 

Ligações externas

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