Floresta fóssil de Ponzos
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Praia_de_Pon%C3%A7os.jpg/350px-Praia_de_Pon%C3%A7os.jpg)
A floresta fóssil de Ponzos encontra-se no meio da praia de Ponzos, ocupando uma superfície de 10 000 metros quadrados. Esta floresta ficou soterrada há 5 600 anos.[1] É formada por tocos e raízes das árvores, assim como restos de plantas e sementes vegetais, tudo carbonizado.
Localização[editar | editar código-fonte]
A praia de Ponzos fica na freguesia de San Martiño de Covas, concelho de Ferrol, e pertence à Terra de Trasancos, a Norte do Golfo Ártabro.
A praia de Ponzos[editar | editar código-fonte]
É uma praia de águas limpas e transparentes e de areia branca e fina. Tem por volta de 1500 metros de comprimento. Fica entre falésias, onde o mar bate forte.
Frequentemente, sopra vento e as ondas são altas. Tem uma parte naturista.
A cerca de cem metros da praia há restos dum lavadouro de mineral, que pertencia a umas explorações minerais –possivelmente ouro– de origem romana que ficavam num monte próximo.
Também, perto da praia, ficam os restos do castro marítimo de Santa Comba, actualmente em estudo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2a/F%C3%B3ssil.jpg/350px-F%C3%B3ssil.jpg)
As florestas marítimas na Galiza[editar | editar código-fonte]
Os achados arqueológicos descobertos no litoral da Galiza, sobretudo nos últimos vinte anos, entre os quais destacam Arealonga (Foz), Corrubedo (Ribeira), A Guarda e, especialmente, Ponzos, provam a existência de grandes florestas na atual beira-do-mar, as quais ficam atualmente cobertas.
A mudança climática de há 15 000 anos provocou a descongelação dos derradeiros glaciares da Galiza, e, portanto, a crescida do nível do mar que acrescentou de cerca de 120 ou 140 metros até o estado actual. Por conseguinte, todas as florestas, que estavam formadas por abetos, carvalhos, amieros, vidoeiros e pinheiros (pinus pinaster), ficaram soterradas pelo avanço do mar e pela acção da areia, que avançou em direcção à terra impulsionada pelo vento.
A madeira das árvores ficou abaixo do mar e da areia durante milhares de anos e a ausência de oxigénio transformou-a em turba, mediante um processo químico de descomposição do carbono.
Além disso, nestes achados também foram recolhidos restos carbonizados de sementes vegetais que deram informação sobre como era o chão destas florestas nessa altura.
De todos estes estudos arqueológicos tiraram-se conclusões sobre a formação das rias e do litoral galego.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/02/F%C3%B3sseis.jpg/200px-F%C3%B3sseis.jpg)
O descobrimento[editar | editar código-fonte]
O facto aconteceu em 2009. Nos meses de Inverno, fortes temporais bateram a costa da Galiza e a acção das correntes marinhas fizeram que grandes quantidades de areia mudassem de local. Cuando no mês de Agosto chegaram as marés vivas e o mar retirou uma fina camada de areia, apareceram tocos das árvores e pedaços de madeira carbonizados espalhados sobre uma superfície de 10 000 metros quadrados.
Analisadas amostras com C14, demonstraram que se tratava de restos de árvores das espécies caducifólias e coníferas. Também se detectaram a presença de fetos, entre cujas esporas poderia haver invertebrados. O achado datou-se há 5600 anos e constitui um dos mais importantes descobrimentos da Península Ibérica, pela quantidade e pelo bom estado dos achados.
No fim do Verão de 2009, as marés vivas voltaram a cobri-la, e atualmente fica soterrado abaixo da areia e do mar.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- La Voz de Galicia
- Diario de Ferrol
- Enciclopedia Gallega