Francisco Marshall
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Francisco Marshall (Porto Alegre, 11 de dezembro de 1966) é um pianista, professor, helenista, tradutor, escritor, arqueólogo e promotor cultural brasileiro.
Estudou piano, violão e teoria musical no Conservatório Palestrina, aperfeiçoando-se com o pianista Angelin Loro. Não seguiu uma carreira de concertista profissional, mas dá recitais públicos. Licenciou-se em História na UFRGS, onde estudou com Loiva Otero Felix, Donaldo Schüler, Carlos Roberto Cirne Lima, Luís Alberto De Boni e Ernildo Stein, recebendo uma sólida formação no humanismo clássico. Ainda estudante, recebeu o Prêmio Jovem Pesquisador da UFRGS. No seu doutorado na USP em História Social, aprendeu grego com Jaa Torrano, tradutor de Hesíodo, Ésquilo, Platão e Sófocles. Sua tese foi uma tradução e comentário do Édipo Tirano, de Sófocles, que se transformou no livro Édipo Tirano, a tragédia do saber (UFRGS/UnB, 2000), contemplado em 2001 com o Prêmio Açorianos na categoria Ensaios de Humanidades. Realizou pós-doutorado na Universidade de Princeton como bolsista Capes-Fulbrigh.[1][2]
É professor da graduação e pós-graduação e pesquisador da UFRGS, atuando nos departamentos de História e Artes Visuais nas áreas de História Antiga, Arqueologia Clássica, História da Cultura, História da Arte, Teoria da História, Iconologia e Museologia. Dirigiu o Museu da UFRGS de 1996 a 2002. Após organizar a exposição Arqueologia Hebraica e Mediterrânea, com acervos da Universidade de Tel Aviv e do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, foi convidado a participar de escavações em Israel na qualidade de diretor associado, dando início ao Projeto Apollonia, que resultaria na realização de sete expedições internacionais para escavações no sítio de Apollonia-Arsuf, acompanhadas de conferências e publicação de uma série de trabalhos acadêmicos, destacando seu nome internacionalmente. O projeto foi a base para seu segundo pós-doutorado, realizado no Instituto para Arqueologia Clássica da Universidade de Heidelberg, como bolsista da Fundação Alexander von Humboldt.[1][2]
Publica regularmente textos no jornal na Zero Hora, onde, segundo suas palavras, articula "a memória do humanismo clássico com a interpretação do drama contemporâneo".[1] É fundador do StudioClio, um espaço de cultura que tem uma expressiva trajetória na promoção de exposições de arte, sessões de cinema, recitais de música, palestras, cursos e seminários. Foi o idealizador do projeto ProsperArte, um coletivo de escritores, artistas, jornalistas, acadêmicos, que atua politicamente em causas culturais de interesse coletivo. Publicou dezenas de artigos em periódicos nacionais e internacionais. É membro correspondente da Academia Nacional de Ciências de Buenos Aires. Pelas suas contribuições à cultura do estado e de Porto Alegre recebeu o Troféu Líderes e Vencedores da Federasul, o Prêmio Fato Literário RBS-Feira do Livro, e o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.[1][2] Segundo Luís Augusto Fischer, "Francisco Marshall é um nome de relevo especial no cenário cultural da cidade e do Estado", e o Studio Clio é "uma das mais importantes obras culturais da cidade dos últimos vinte anos".[1]
Referências
- ↑ a b c d e Fischer, Luís Augusto. "Francisco Marshall: uma força helenista na cultura da Capital". Matinal News, 27/03/2020
- ↑ a b c "Francisco Marshall recebeu o título de Cidadão Emérito". Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Porto Alegre, 11/12/2012
- Prêmio Açorianos
- Cultura de Porto Alegre
- Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Alunos da Universidade de Princeton
- Alunos da Universidade de São Paulo
- Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Pianistas do Rio Grande do Sul
- Tradutores do Brasil
- Arqueólogos do Rio Grande do Sul
- Nascidos em 1966
- Naturais de Porto Alegre