Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores | |
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Escritor, investigador e político | |
Nascimento | 23 de fevereiro de 1953 (71 anos) Moura, Portugal |
Nacionalidade | Portuguesa |
Cônjuge | Filomena Gonçalves |
Ocupação | Escritor, analista, investigador, antigo inspetor da Polícia Judiciária e político |
Género literário | Romance, conto |
Francisco Maria Moita Flores GOIH (Moura, 23 de fevereiro de 1953)[1] é um escritor, comentador, investigador, antigo inspetor da Polícia Judiciária e antigo Presidente da Câmara Municipal de Santarém.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Moita Flores nasceu em Moura, onde estudou até aos 15 anos, prosseguindo os seus estudos secundários em Beja. Depois, já casado e com dois filhos, completou o bacharelato em Biologia, na Faculdade de Ciências da Universidade Lisboa, em 1975. Desde esse ano, e até 1978, foi professor de Biologia, no Ensino Secundário.
Em 1978 concorreu à Polícia Judiciária, tendo sido o primeiro classificado no curso de investigação criminal e formação de inspetores. Até 1990, pertenceu a brigadas de furto qualificado, assalto à mão armada e homicídios. Várias vezes louvado, deixou aquela instituição para se dedicar à vida académica — viria a terminar uma licenciatura em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.[2]
No entanto, regressou dois anos depois, em 1992, para junto da então direção da Polícia Judiciária com a incumbência de proceder aos estudos e avaliações do movimento criminal. É na qualidade de assessor da direção da Polícia Judiciária que participa no programa da SIC Casos de Polícia, que marca uma viragem nas relações entre polícia e comunicação social. Também desenvolveu estudos sobre a violência e morte violenta, dirigiu a equipa que identificou e trasladou os mortos do cemitério da Aldeia da Luz, numa destacada operação científica.[3]
Colabora regularmente em vários jornais e revistas nacionais.
A 8 de junho de 2009 foi feito Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[4]
Casamento e descendência
[editar | editar código-fonte]É casado segunda vez com a atriz Filomena Gonçalves, presença assídua nas suas produções televisivas. É pai de três filhos e avô de três netos.
Atividade como escritor
[editar | editar código-fonte]Os 12 anos como inspetor da Polícia Judiciária proporcionaram a Moita Flores muitas experiências e inspiração que viria a usar para escrever obras de ficção, sendo algumas delas adaptadas para televisão. Destacam-se as séries de caráter histórico, com argumento de sua autoria: A Raia dos Medos, Conde de Abranhos, Alves dos Reis, O Processo dos Távoras, A Ferreirinha, João Semana e Pedro e Inês.
Atividade política e social
[editar | editar código-fonte]Ainda jovem, participou nas campanhas da CDE, de 1969 e 1973, integrou listas do PS, na sua terra natal e em Lisboa. Foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Santarém entre 2005[5] e 2012, eleito como independente nas listas do PSD, sendo que no segundo mandato teve a maior percentagem de votos obtido por uma força política numa capital de distrito. Durante o seu período como Presidente de Câmara renovou o parque escolar[6], jardins e grande parte do património,[7][8] de entre os quais se destaca o Convento de São Francisco. A 14 de janeiro de 2021 foi investigado pelo Ministério Público pela atividade enquanto Presidente da Câmara Municipal de Santarém e foi absolvido de tudo em 2023 e em 2024.[9][10]
Na eleição autárquica de 2013 para a Câmara Municipal de Oeiras, concorreu pelo PSD e conseguiu eleger 3 vereadores, tornando o PSD a segunda força política no concelho.[11] Apesar de ter ficado atrás do movimento independente, o resultado foi uma melhoria comparativamente ao desempenho de Isabel Meireles, a candidata do PSD em 2009, quando o partido se tornou a terceira força política, elegendo apenas 2 vereadores, atrás do PS.[12] Apesar de ter sido eleito vereador, decidiu não aceitar pelouros na Câmara e renunciou ao seu mandato em 2014.[13][14]
Fez parte de movimentos cívicos na luta contra a violência doméstica, pelos direitos das crianças. Foi presidente da Sociedade da Língua Portuguesa[15] e é Presidente da Assembleia Geral da Casa do Artista.[16]
É membro da Maçonaria, integrando a Loja Acácia do Grande Oriente Lusitano.[17]
Obras Publicadas
[editar | editar código-fonte]Romances
[editar | editar código-fonte]- Polícias sem História, Editorial Notícias, 1996
- Filhos da Memória do Vento, Ed. Notícias,1997
- O Carteirista que Fugiu a Tempo, Ed. Notícias, 2001
- Ballet Rose (Uma História amoral) , Ed. Notícias, 2002
- Não há lugar para Divorciadas, Ed. Oficina do Livro, 2003
- Em Memória de Albertina, que Deus Haja, Ed. Oficina do Livro/Leya, 2004
- A Fúria das Vinhas, Ed. Casa das Letras, 2007
- Mataram o Sidónio!,Ed. Leya, 2010
- As Aventuras de Maresia do Mar (contos juvenis), Ed. Leya, 2010
- Opereta dos Vadios,Ed. Leya, 2011
- O Bairro da Estrela Polar, Ed. Leya, 2012
- Segredos de Amor e Sangue,Leya, 2014
- O Dia dos Milagres, Leya, 2015
- O Mensageiro do Rei, Ed. Leya, 2017
- O Mistério da Caso de Campolide , Ed. Leya, 2018
- Os Cães de Salazar, Ed. Leya, 2020
Ficção para Televisão
[editar | editar código-fonte]Novelas
[editar | editar código-fonte]- Desencontros (co-autoria com Luís Filipe Costa) - RTP, 1995
- Filhos do Vento - RTP, 1997
- Alves dos Reis - RTP 2001
- Lusitana Paixão - RTP, 2003/2004
- Mundo ao Contrário (como consultor criativo) - TVI, 2013
Séries
[editar | editar código-fonte]- Polícias, (co-autoria com Luís Filipe Costa) - RTP, 1996/1997
- Ballet Rose - RTP, 1998
- Esquadra de Polícia - RTP, 1999/2000
- A Raia dos Medos - RTP, 2000
- Capitão Roby - SIC, 2000
- O Conde d’Abranhos (adaptação da obra homónima de Eça de Queiroz) - RTP, 2000
- O Processo dos Távoras - RTP, 2002/2003
- A Ferreirinha - RTP, 2004
- João Semana (adaptação da obra As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis) - RTP, 2005
- Pedro e Inês - RTP, 2005
- Quando os Lobos Uivam (adaptação da obra homónima de Aquilino Ribeiro) - RTP, 2006
- Bairro - TVI, 2014
- O Atentado - RTP, 2020
Condecorações
[editar | editar código-fonte]- Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Francisco Moita Flores no AlgarveShopping». www.regiao-sul.pt. Consultado em 22 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 1 de agosto de 2007
- ↑ Fidelizarte. «Francisco Moita Flores». Portal da Literatura. Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ «Francisco Moita Flores». C.M. da Póvoa de Varzim. Consultado em 29 de janeiro de 2024
- ↑ a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Francisco Maria Moita Flores". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de abril de 2016
- ↑ Câmara Municipal, Santarem. «Lista de Eleitos Câmara Municipal de Santarém»
- ↑ «Crianças recebem Moita Flores em euforia na inauguração do recreio da Escola dos Leões». The best project ever. Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ «Estátua de Salgueiro Maia reerguida em Santarém». PÚBLICO. Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ «Protocolo do Convento de São Francisco apresentado à Câmara de Santarém quase um ano depois». The best project ever. Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ «Tribunal da Relação confirma absolvição de Moita Flores, mas isto não é o fim dos seus problemas com a Justiça». Expresso. 13 de março de 2023. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Moita Flores absolvido dos crimes de corrupção e branqueamento». www.cmjornal.pt. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ Lusa (20 de abril de 2012). «PSD de Oeiras convida Moita Flores para candidato à câmara em 2013». PÚBLICO. Consultado em 13 de dezembro de 2023
- ↑ «Autárquicas 2009 - Resultados por Distrito». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 13 de dezembro de 2023
- ↑ Observador (22 de agosto de 2014). «Moita Flores renunciou ao mandato de vereador da Câmara de Oeiras». Observador. Consultado em 13 de agosto de 2023
- ↑ «Autárquicas 2013 - Resultados». www.eleicoes.mai.gov.pt. Consultado em 13 de dezembro de 2023
- ↑ «Casa das Letras - O Dia dos Milagres - FLORES, FRANCISCO MOITA». casadasletras.leya.com. Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ do Artista, casa (31 de maio de 2018). «Boletim Informativo» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2020
- ↑ Rui Pedro Antunes (17 de setembro de 2013). «81 maçons "atacam" cargos autárquicos em 43 municípios». Diário de Notícias. Consultado em 25 de dezembro de 2023
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