Francisco de Paula Oliveira
Francisco de Paula Oliveira | |
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Nome completo | Francisco de Paula Oliveira Júnior |
Pseudônimo(s) | Pável; Antonio Rodriguez |
Nascimento | 29 de outubro de 1908 Santa Catarina, Lisboa |
Morte | 15 de agosto de 1993 (84 anos) Cidade do México |
Nacionalidade | Luso-mexicano |
Cônjuge | Maria Eugénia Martins Correia |
Ocupação | Político, jornalista, escritor e crítico de arte |
Francisco de Paula Oliveira Júnior (Santa Catarina, Lisboa, 29 de outubro de 1908 — Cidade do México, 15 de agosto de 1993), que na luta política utilizou o pseudónimo Pavel e no exílio, no México, utilizou o nome de António Rodriguez, foi um político, jornalista, escritor e crítico de arte português e mexicano[1][2][3].
Biografia
[editar | editar código-fonte]Francisco de Paula Oliveira nasceu na freguesia de Santa Catarina, Lisboa, e era filho de Francisco Paula de Oliveira e de Maria Adelaide.[4]
Aprendeu o ofício de serralheiro-mecânico tendo sido admitido, em 1925, como operário no Arsenal da Marinha.
Em 1924 aderiu à Juventude Sindicalista, sendo eleito membro do seu comité federal em 1925.
Em 1929 torna-se simpatizante do Partido Comunista Português. Em julho de 1931 faz parte do secretariado da Federação da Juventude Comunista Portuguesa.
Em 1932, na ausência de José de Sousa, assume a direção do PCP e da Comissão Intersindical. Neste ano, é preso a 3 de fevereiro e libertado no dia seguinte por conspiração contra a situação política.[4]
Preso em março de 1933, evade-se em setembro do mesmo ano, passando à clandestinidade.
Em março de 1934 está na União Soviética, onde representa o PCP junto do Comité Executivo da Internacional Comunista.
Em janeiro de 1937 regressa a Portugal, na companhia de Álvaro Cunhal, e integra o secretariado do Partido. Evade-se em maio de 1938 e vai para Paris, tendo como destino final a União Soviética.
A suspeição que foi lançada sobre as condições em que ocorreu a fuga levaram-no a ser afastado do trabalho partidário através de decisão, de 5 de setembro de 1938, subscrita pelo secretário-geral da Internacional Comunista, Dimitrov.
Em abril de 1939 segue para o México, onde viverá com a identidade de um combatente morto na Guerra Civil de Espanha, Antonio Rodriguez. Em 1941 obtém a nacionalidade mexicana.
No México desenvolveu uma intensa atividade como jornalista, escritor, crítico de arte e professor[1][2][3].
A 4 de novembro de 1999, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[5]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ocampo (dir.), Alfaro; Maura, Aurora (dir.) (2004). Diccionario de escritores mexicanos del siglo XX : desde las generaciones del Ateneo y novelistas de la revolución hasta nuestros días. Título ainda não informado (favor adicionar). VII. México: Centro de Estudios Literarios, Instituto de Investigaciones Filológicas, Universidad Nacional Autónoma de México. ISBN 970-32-2102-5
- Pedro, Edmundo (2014). Pavel : Um Homem não se Apaga. Título ainda não informado (favor adicionar). Lisboa: Parsifal. ISBN 978-989-98521-5-0
- Rosas, Fernando; Brito, José Maria Brandão de (1996). Dicionário de História do Estado Novo. Título ainda não informado (favor adicionar). II. Venda Nova: Bertrand Editora. ISBN 972-25-1017-7
Referências
- ↑ a b Rosas 1996, pp. 688-690 s. v. «Francisco de Paula Oliveira Júnior»
- ↑ a b Ocampo 2004, pp. 313-314 s. v. «António Rodrigues»
- ↑ a b Pedro 2014
- ↑ a b «Processo crime SPS de Francisco Paula de Oliveira». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Francisco de Paula Oliveira Júnior". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de agosto de 2019