Frei Heitor Pinto
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Frei Heitor Pinto | |
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Nascimento | 1528[1] Covilhã, Portugal |
Morte | 1584 |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Escritor e frade jerónimo |
Frei Heitor Pinto foi um frade jerónimo natural da Covilhã[2], Portugal.
Nos seus trabalhos escritos nota-se o desenvolvimento do patriotismo português[3].
Biografia
[editar | editar código-fonte]Jovem ainda, inclinou-se para as ciências filosóficas.
Em 1561 foi nomeado reitor do Colégio de Coimbra. Em 1567 partiu para a Universidade de Salamanca onde teve muito sucesso junto dos alunos, mas, por disputas académicas nunca conseguiu lá uma cadeira. Depois foi prior do Mosteiro dos Jerónimos, em Belém (Lisboa), e a seguir, em 1571, é já o Provincial da mesma ordem. E em 1575 torna-se professor da cátedra da Sagrada Escritura na Universidade de Coimbra[3].
Escreveu Imagem da Vida Cristã, um livro famoso, onde exprime horror à observação sensorial e crê na grandeza de Deus: «Ninguém é bom senão Deus. Assim como o centro é um indivisível, e está no meio e dele saem as linhas para a circunferência, assim Deus é uma unidade simplícissima, um ato puríssimo, que está em todas as coisas, do qual procedem os raios de formosura das criaturas. Ele está dentro em nós, e é fonte de todo o ser sendo mesmo nosso ser, mais íntimo a nós que nós.»
A obra compõe-se de diálogos que revelam um profundo saber clássico. Ele pertenceu à Ordem de S. Jerônimo. As comparações são numerosas, valendo como argumento. Frei Heitor quer que o homem se conheça a si mesmo para vencer as suas paixões e arrancar do imo do ser o vício.
A conversa não possui muita naturalidade e os interlocutores só se afastam um do outro porque findou-se o dia. Desencadeou uma tremenda ofensiva contra o mal e foi ardoroso paladino da causa de Deus. Opôs-se ao materialismo e demonstrou apaixonado misticismo, fugindo sempre das coisas sensoriais e entregando-se à meditação. Antegoza os prazeres do céu e só pensa na bem-aventurança do Além.
Foi exilado por ordem de D. Filipe I de Portugal (II de Espanha) num mosteiro da sua Ordem, em Toledo, por defender as pretensões de D. António, Prior do Crato, à Coroa Portuguesa. Consta-se que terá dito "Pode El-Rei Filipe meter-me em Castela, mas meter Castela em mim é impossível".[2]
Tem um Largo Frei Heitor Pinto com o seu nome em Lisboa, bem como uma escola secundária na Covilhã.
Referências
- ↑ Infopedia
- ↑ a b «Município da Covilhã HEITOR PINTO (1528? / 1584)Heitor Pinto é justamente considerado um dos melhores clássicos da literatura portuguesa.Nasceu na Covilhã, talvez no ano de 15...». Consultado em 28 de outubro de 2009
- ↑ a b O Último Avisː D. Antônio, antonismo e a crise dinástica portuguesa (1580-1640), por Carlos Jokubauskas Coral, Universidade de S. Paulo, Brasil, 2010, pág. 187
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nascidos em 1528
- Homens
- Religiosos da Ordem de São Jerónimo
- Escritores de Portugal do século XVII
- Escritores católicos de Portugal
- Teólogos de Portugal
- Professores da Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra
- Apoiantes de D. António, Prior do Crato
- Nacionalismo português
- Exilados
- Portugueses expatriados na Espanha
- Naturais da Covilhã