Grande Exposição
Grande Exposição, (em inglês Great Exhibition of the Works of Industry of all Nations) foi uma exposição universal celebrada em 1851.
O início
[editar | editar código-fonte]A organização de pequenas feiras nacionais, bastante limitadas pelos produtos expostos, começaram a atrair uma grande massa de potenciais interessados. Estava dado o primeiro passo para a Grande Exposição de Londres de 1851. Patrocinada pelo Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, Henry Cole e Francis Henry.
Abertura
[editar | editar código-fonte]A 1º de maio de 1851 abriu-se ao público, em Londres, “A Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações”. Uma data que ficará na história por ser a primeira exposição internacional de indústria. No dizer empolgado de Gibbs-Smith: “Pela primeira vez na história do mundo, os homens das Artes, Ciência e Comércio foram autorizados pelos seus respectivos governos a reunir-se para discutirem e promoverem os objetivos para os quais as nações civilizadas existem”.
O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda, com a Exposição do Palácio de Cristal de 1851, inicia o período mais áureo da sua história como a nação mais poderosa do globo, dona de uma frota naval maior do que a de todo o resto do planeta reunido. Uma realidade de que os Ingleses tinham plena consciência e que lhes dava uma confiança suprema na sua nação e nas suas instituições.
Dentro de cada seção nacional, incluindo a britânica, a comissão tinha igualmente regulamentada a divisão e distribuição dos objetos por seções: maquinaria, a norte; matérias-primas e produtos agrícolas, ao sul; e, por fim, os produtos artísticos e manufaturados, no meio. Cada seção era da responsabilidade do seu comissário ou agente nacional.
Inovação
[editar | editar código-fonte]Um dos objetos que mais chamaram a atenção, pela sua versatilidade, foi um martelo movido a vapor, de autoria de Nasmith, que tanto era capaz de partir a casca de um ovo como o ferro mais resistente. Mais à frente, o Illustrated London News, era impresso ao ritmo de cinco mil exemplares por hora pela impressora de Aplegarth & Cowper.
Ao término da Exposição de 1851, o Palácio de Cristal, uma joia dos primórdios da arquitetura do ferro e uma das construções mais notáveis da época vitoriana, foi integralmente desmontado e transferido para Sydenham, na periferia sul de Londres - um local que passaria a ser conhecido por Crystal Palace, onde viria a ser destruído por um incêndio em 1936.
Sucesso
[editar | editar código-fonte]A Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações obteve, de fato, um sucesso estrondoso. Durante os cento e quarenta dias em que esteve aberta ao público, foi visitada por mais de seis milhões de visitantes e teve de lucro cento e oitenta e seis mil libras. Um feito notável, se nos recordarmos que a Grã-Bretanha não tinha experiência na organização de grandes exposições, nem sequer de caráter nacional. O êxito da Exposição de 1851 inaugurou o calendário das exposições internacionais - em 1855 realizar-se-ia a II Exposição Internacional, em Paris.
O sucesso da Exposição de 1851 deve atribuir-se ao bom planejamento e dedicação dos seus promotores e organizadores, ao projeto arquitetônico, que tanto impressionou os visitantes, e à exposição propriamente dita - os objetos maravilhosos, impressionantes, estranhos, valiosos, ridículos, científicos, inovadores, ingênuos até, que tanto interessaram o público visitante, que diariamente dificultou o trabalho da polícia encarregada de encerrar os portões do palácio.
Liga das Nações
[editar | editar código-fonte]A exposição seria o primeiro fórum internacional do mundo moderno. Este conceito traduzido para o campo político viria dar origem à Liga das Nações, e às Nações Unidas, embora a necessidade destes organismos só fosse provada após as duas guerras mundiais.