Guazuma ulmifolia
Mutamba | |
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Estado de conservação | |
Não avaliada [1] | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Guazuma ulmifolia Lam. | |
Distribuição geográfica | |
Mapa do GBIF de distribuição da G. ulmifolia.
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Sinónimos | |
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Guazuma ulmifolia, espécie arbórea pioneira, integrante da familía Malvaceae, conhecida com os nomes populares: mutamba, mutambo, mucungo, fruta-de-macaco, embireira, pau-de-pomba, guamaca, pojó, guaxima-macho, no Pará como embira e mutamba-verdadeira, no Rio Grande do Sul como embiru, no Pará e na Bahia como periquiteira, no Mato Grosso como envireira e pau-de-bicho e em São Paulo como araticum-bravo, cabeça-de-negro e guaxima-torcida, é uma árvore que ocorre nativamente do México ao Brasil. Outros nomes populares pelas quais ela é conhecida são caulote no México, coco, coquillo na Bolívia, guasuma e guázimo no Equador, pixoy e xuyuy na Guatemala, guácimo e guácimo de ternero. Ela é encontrada em todos os estados brasileiros nos domínios fitogeográficos: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga em vegetações de área antrópica, floresta de terra firme, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Floresta Ombrófila Mista.[1][2][3]
A planta foi descrita pelo naturalista francês Jean Baptiste Antoine Pierre de Monnet de Lamarck e publicado em Encyclopédie Méthodique, Botanique no ano de 1789. A espécie também foi descritas por outros botânicos com outras nomenclaturas e apresenta aproximadamente 26 sinonímias botânicas.[4]
Características
[editar | editar código-fonte]É uma planta pioneira, heliófita e semidecídua. Ela apresenta distribuição geográfica ampla, irregular e descontínua, ocorrendo em diversas formações vegetais e em altitudes de até oitocentos metros.
A árvore apresenta crescimento rápido e atinge de oito a dezesseis metros de altura . É uma árvore muito interessante para reflorestamentos heterogêneos de áreas degradadas. O tronco atinge um diâmetro de trinta a cinquenta centímetros . Os galhos são atacados por larvas do cerambicídeo, Oncideres spp. que corta galhos de até três centímetros de diâmetro por anelação.
As folhas são simples e pecioladas, com filotaxia alterna dística, ovalada ou lanceolada, com 5 cm a 18 cm de comprimento e 2 cm a 6 cm de largura, membranácea, mais ou menos aguda no ápice, com a margem levemente denteada ou crenada [5].Possuem pubescência estrelada em ambas as faces. As folhas são atacadas por afídeos.
As flores são de tamanho pequeno com coloração creme, bissexuada com simetria actinomorfas, com cálice dialissépalo e corola dialipétala. Ovário súpero, pentacarpelar e pentalocular. Encontram-se reunidas em inflorescências axilares[6].O florescimento ocorre de setembro a novembro. As flores com longos apêndices filiformes. São polinizadas por abelhas [7] e pequenos insetos[2].
O ciclo de reprodução é caracterizado como supra-anual[8].Existem variações entre os meses de floração e frutificação de acordo com a região[9].
Os frutos são cápsula subglobosa, seca, verrugosa de cor verde a negra, medem de 1 cm a 4 cm [5][10].Suas sementes têm forma arredondada, de coloração acinzentada [9], e o tipo de dispersão é zoocórica [11].
A madeira é leve, pouco compacta, mole e apresenta boa durabilidade quando protegida de umidade e chuva. Sua madeira é usada em caixotaria, partes internas de construções, na confecção de coronha de armas e tonéis, como matéria prima para a extração de pasta celulósica, e como matéria prima de um carvão de ótima qualidade que pode ser transformado em pólvora de excelente qualidade. A casca fornece matéria prima para a confecção de cordas.[1][2]
A copa é ampla e proporciona uma sombra ótima o que a torna uma ótima opção para paisagismo e arborização[2].
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Flor da Guazuma ulmifolia
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Galhos
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Fruto aberto
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Detalhes da margem da folha
Nomes populares
[editar | editar código-fonte]No Brasil: mucungo, babosa, buxuma, envireira-do-campo, fruta-de-macaco, guamaca, nabombo, pau-de-pomba, pojó; no Acre e Pará: mutamba-preta; em Alagoas: guaxima-macho; no Amazonas: cabeça-de-negro e guaxima-macho; no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Paraíba: mutamba; em Mato Grosso: envireira e pau-de-bicho; em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: chico-magro; em Mato Grosso do Sul e São Paulo: mutambo; em Minas Gerais: camacã, e pau-de-motamba; no Pará: embireira, embira e mutamba-verdadeira; na Paraíba: pau-de-motamba; no Paraná: amoreira; no Rio de Janeiro: algodão; no Rio Grande do Sul: embiru; no Pará e na Bahia: periquiteira e em São Paulo: araticum-bravo, cabeça-de-negro, coração-de-negro, embireira, guaxima-macho, guaxima-torcida, maria-preta, marolinho e motambo e em Sergipe: umbigo-de-caçador e umbigo-de-vaqueiro. Sergipe: umbigo-de-caçador e umbigo-de-vaqueiro.
Na Argentina: cambá acá; na Bolívia: coco, coquillo e coquito; em Costa Rica: guácimo blanco; em Cuba: guácima e guácima de caballo; no Equador: guácimo, guasuma e guázimo; na Guatemala: pixoy e xuyuy; em Honduras: caulote; nas Ilhas Virgens: jacocalalu; na Jamaica: bastard cedar; no México: caulote e majagua de toro; na República Dominicana: guácima cimarrona; no Panamá: guácimo de ternero; no Paraguai, kamba aka guasu; no Peru, papayillo; e em Trinidad, west indian elm.[12]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome do gênero "Guazuma" é de origem mexicana; o epíteto da especie "ulmifolia" é devido a folha do ulmus, olmo-europeu.[12] "Mutamba" e "mutambo" se originaram do termo quimbundo mu'tamba[3]. "Mucungo" provém do termo africano mu'kungu.[13]
Referências
- ↑ a b c «Guazuma» (em inglês, espanhol, e português). Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 8 de outubro de 2019
- ↑ a b c d Lorenzi, H. (1992). Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Ed. Plantarum. p. 327
- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 175
- ↑ «Guazuma ulmifolia» (em inglês). Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 8 de outubro de 2019
- ↑ a b Carvalho, Paulo Ernani (2007). Mutamba (Guazuma ulmifolia), Taxonomia e nomeclatura In:CIRCULAR TÉCNICA EMBRAPA. Colombo: Embrapa Florestas. p. 2. 1 páginas
- ↑ «Rede de catálogos polínicos online. Chave de Identificação de Espécies». Rede de catálogos polínicos online. Consultado em 25 de Setembro 2021
- ↑ Morellato, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semi-decídua no sudeste do Brasil. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991
- ↑ Luna-Nieves, A. L., Meave, J. A., Morellato, L. P. C., & Ibarra-Manríquez, G. 2017. Reproductive phenology of useful Seasonally Dry Tropical Forest trees: Guiding patterns for seed collection and plant propagation in nurseries. Forest Ecology and Management, 393, p. 52- 62.
- ↑ a b ARAÚJO NETO, J.C., DE AGUIAR, I. 1999. Desarrollo ontogénico de plántulas de Guazuma ulmifolia (Sterculiaceae). Revista de Biologia Tropical, v. 47, n. 4, p. 785-790.
- ↑ Brandão, M. Laca-Buendia, J.P., Macedo, J. F. (2002). Árvores nativas e exóticas do estado de Minas Gerais. p. 99- 478.
- ↑ Lopez, J. A., Little Junior, E. L.; Ritz, G. F.; Rombold,J. S.; Hahn, W. J.1987. Arboles comunes del Paraguay: ñande yvyra mata kuera. Washington: Cuerpo de Paz, . 425 p.
- ↑ a b Carvalho, Paulo Ernani Ramalho (novembro de 2007). (141). ISSN 1517-5278
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 167
- Espécies não avaliadas (IUCN)
- Guazuma
- Flora da Amazônia
- Flora do Cerrado
- Flora da Caatinga
- Flora da Mata Atlântica
- Flora do Ceará
- Flora do Brasil
- Flora do México
- Flora da Colômbia
- Flora da Costa Rica
- Flora da Bolívia
- Flora do Panamá
- Flora da Venezuela
- Flora do Paraguai
- Flora da Nicarágua
- Flora do Equador
- Plantas descritas por Lam.
- Plantas descritas em 1789
- Árvores do Peru