Guerra dos Bárbaros
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Guerra dos Bárbaros foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas tapuias que aconteceram nas capitanias do Nordeste do Brasil, a partir de 1683.[1][2]
Os portugueses designavam os indígenas de "bárbaros", ou seja, aqueles que ofereciam resistência à ocupação do território pelos europeus. Esses indígenas que não se deixavam evangelizar e catequizar eram os principais obstáculos para a efetiva colonização do território. [3]
Com a expulsão dos holandeses do território no ano de 1654[4], os portugueses puderam retomar o avanço em direção ao interior nordestino, expandindo as fazendas de gado e perseguindo indígenas. Porém a resistência de diversos povos indígenas, que tinham sido aliados dos holandeses, foi um elemento-surpresa para os lusos.
Os portugueses fortificaram o efetivo militar, inclusive com a vinda de bandeirantes paulistas como Domingos Jorge Velho, Matias Cardoso de Almeida e Antônio Gonçalves Figueira. Já povos do interior nordestino, como os janduís, paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, uniram-se em aliança e confrontaram os portugueses e suas tentativas de dominar as terrras dos nativos. A aliança destes povos, denominada pelos portugueses como Confederação dos Cariris ou Confederação dos Bárbaros, foi derrotada somente em 1713.[2][5][6][7]
A introdução de forças portuguesas nos sertões brasileiros foi a fonte de diversos confrontos entre os conquistadores e indígenas. Apesar das particularidades de cada conflito, as autoridades reais passaram generalizar os levantes nativos no sertão como "Guerra dos Bárbaros". As primeiras destas batalhas deram-se no Recôncavo Baiano entre os anos de 1651 e 1679. O segundo maior confronto deste conjunto bélico foi a Guerra do Açu, lutada nos sertões das capitanias do Rio Grande, Paraíba e Ceará, entre os anos de 1687 e 1720. Essas duas áreas são tidas como as principais localizações dessa violência, mas a verdade é que estes se espalharam pelos interiores do Maranhão, Piauí e Pernambuco. [8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Aragão, R. B, Indios do Ceará e topônimos indígenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994.
- ↑ a b BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª ed. São Paulo: Ática, 203. p. 66.
- ↑ Contexto, Editora (4 de agosto de 2015). «Guerra dos Bárbaros – O terrível genocídio que a História oficial não conseguiu esconder». Blog da Editora Contexto. Consultado em 10 de outubro de 2024
- ↑ «Revista de História» (PDF). USP. Consultado em 15 de abril de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011
- ↑ Os aborígenes do Ceará (PDF), Instituto do Ceará, 1963.
- ↑ Os aborígenes do Ceará (PDF), Instituto do Ceará, 1962.
- ↑ As tribus indígenas do Ceará (PDF), Instituto do Ceará, 1926.
- ↑ «A BÁRBARA GUERRA DO AÇU». Impressões Rebeldes. Consultado em 14 de março de 2021