Hipólito Ribeiro
Hipólito Ribeiro | |
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Dados pessoais | |
Nome completo | Hipólito Pinto Ribeiro |
Nascimento | 1824 Canguçu |
Morte | 1904 |
Nacionalidade | brasileiro |
Vida militar |
Hipólito Pinto Ribeiro (Canguçu, 1824 - Uruguaiana, 16 de abril de 1904) foi um militar brasileiro, filho do reverendo e militar Hipollyto Pinto Ribeiro, e uma Índia, Maria Antônia Boa Nova, sobrinho do Padre e também militar Prudente Pinto Ribeiro, e genro do Barão da Candiota, Luis Gonçalves das Chagas
Serviu como soldado na Guerra dos Farrapos e terminada a guerra entrou para o exército como voluntário.[1] Chegando ao posto de capitão pediu baixa do exército e ingressou na Guarda Nacional.[1] Na Guerra contra Rosas, dirigiu um dos corpos de cavalaria organizados pelo general Antônio de Sousa Neto.[1]
Terminada a guerra, permaneceu na mesma brigada e ao estourar a Guerra do Paraguai, seguiu para o campo de batalha, já no posto de major, na vanguarda do exército de Osório.[1] Lutou também sob o comando do general Andrade Neves e participou dos principais combates, como Tuiutí, Avaí e Lomas Valentinas.[1] Foi nomeado Brigadeiro Honorário do Exército.[1] Comandou 4ª Brigada de Cavalaria (2º Corpo do Exército),, integrada pelo 10º Corpo de Cavalaria do tenente-coronel Chagas e pelo 24º Corpo de Cavalaria do tenente-coronel Cel Isidoro, composta de 600 homens que realizou a última grande carga de cavalaria da história do exército brasileiro, quando destroçou as forças do general Bernardino Caballero, na batalha de Campo Grande, em 16 de agosto de 1869.[2]
Tomou parte na Revolução de 1893, no Rio Grande do Sul, quando organizou, em Uruguaiana uma divisão com tropas do Exército, Guarda Nacional e civis, que foi chamada de Divisão do Exército.[1] Durante o conflito recebeu do governo republicano o posto de general-de-divisão.[1] Teve papel decisivo no Combate de Inhaduí, em 3 de maio de 1893, tendo chegado depois do início do combate com contingente numeroso e bem armado, desequilibrando a luta a favor dos legalistas.[3] Suas tropas também foram responsável por vencer o líder federalista almirante Luís Filipe de Saldanha da Gama na Batalha de Campo Osório, que morreu em combate.[4]
Teve três filhos: Ismael Osório, Hipólito Ribeiro Filho (que foi prefeito de Pinheiro Machado) e Anita Ribeiro Mena Barreto. Está sepultado em São Gabriel.[1] Sua espada faz parte do acervo do Museu Júlio de Castilhos.[5] Faleceu em 16 de abril de 1904.
Condecorações
[editar | editar código-fonte]Foi distinguido com as seguintes condecorações:[1]
- Medalha de prata da campanha de 1852;
- Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo, em 1860;
- Comendador da Imperial Ordem da Rosa, em 1870;
- Medalha concedida ao Exército no campo do marechal João Propício Menna Barreto (campanha do Uruguai), em 1872;
- Medalha geral da campanha do Paraguai, em 1872 (de ouro);
- Medalha do Mérito Militar, pelos combates de 1877 e 1872;
- Oficial da Ordem do Cruzeiro, em 1877 e
- Medalhas comemorativas da Guerra do Paraguai, conferidas pelos governos da Argentina e do Uruguai.
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j FONTTES, Carlos. O filho ilustre de Canguçu general Hipólito Pinto Ribeiro, ACANDHIS.
- ↑ WILLEMBERG, Leandro Sicorra, A última carga do Exército Brasileiro, Página De Cavalaria!, 25 jun 2008.
- ↑ DONATO, Hernâni, Dicionário das batalhas brasileiras, p.317.
- ↑ VICTORINO, Paulo. O caminho da pacificação, Prudente de Morais - 1894-1895. História da República. O Pitoresco.
- ↑ «Minstério Público, Estado do Rio Grande do Sul, Museu será reaberto com rigor na segurança, 9 fev 2007.». Consultado em 7 de abril de 2012. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2010
- Nascidos em 1824
- Mortos em 1904
- Militares do Rio Grande do Sul
- Generais do Brasil
- Cavaleiros da Imperial Ordem de Cristo
- Comendadores da Imperial Ordem da Rosa
- Oficiais da Imperial Ordem do Cruzeiro
- Oficiais da Guarda Nacional
- Pessoas da Guerra do Paraguai
- Pessoas da Revolução Farroupilha
- Naturais de Canguçu
- Pessoas da Revolução Federalista