História da língua dinamarquesa
A língua dinamarquesa desenvolveu-se durante a Idade Média fora do nórdico antigo oriental, predecessor comum do dinamarquês e do sueco. Foi uma forma tardia do nórdico antigo comum. O filólogo dinamarquês Johannes Brøndum-Nielsen dividiu a história da língua dinamarquesa em "dinamarquês antigo" de 800 a 1525 e "dinamarquês moderno" de 1525 em diante. Ele subdividiu o dinamarquês antigo em "dinamarquês rúnico" (800–1100), dinamarquês médio (1100–1350) e dinamarquês médio tardio (1350–1525).[1]
Médio-dinamarquês
[editar | editar código-fonte]Fangær man saar i hor seng mæth annæns mansz kunæ. oc kumær han burt liuænd....
"Se você pega alguém no bordel com a esposa de outro homem e ele sai vivo..."
—Jutlandic Law, 1241.[2]
A partir de 1100 em diante, o dialeto da Dinamarca começou a divergir do da Suécia. A Lei Jutlândica e a Lei da Escânia foram escritas em dinamarquês vernáculo no início do século XIII. A partir de 1350, a língua dinamarquesa começou a ser usada como língua de administração e novos tipos de literatura começaram a ser escritos nela, como cartas régias e testamentos. A ortografia nesse período não era padronizada, menos ainda a língua falada, e as leis regionais demonstram as diferenças dialetais entre as regiões em que foram escritas.[3] Ao longo desse período, o dinamarquês estava em contato com baixo-alemão, e muitas palavras emprestadas do baixo-alemão foram introduzidas na língua dinamarquesa. [4]
Renascimento e Reforma
[editar | editar código-fonte]O primeiro livro impresso em dinamarquês data de 1495, "Rimkrøniken" (lit. "A Crônica Rimada"), um livro de história contado em versos rimados.[5] A primeira tradução completa da Bíblia em dinamarquês, a Bíblia de Christian III, com algumas partes traduzidas por Christiern Pedersen, foi publicada em 1550. As escolhas ortográficas de Pedersen estabeleceram o padrão de fato para a escrita subsequente em dinamarquês.[6]
Dinamarquês moderno
[editar | editar código-fonte]Alguns autores notáveis de obras em dinamarquês são o filósofo existencialista Søren Kierkegaard, o prolífico autor de contos de fadas Hans Christian Andersen, e os dramaturgos Henrik Ibsen[7] e Ludvig Holberg. Três autores dinamarqueses do século XX tornaram-se laureados do Prêmio Nobel em Literatura: Karl Adolph Gjellerup e Henrik Pontoppidan (receberam juntos em 1917) e Johannes Vilhelm Jensen (premiado em 1944).[carece de fontes]
Referências
- ↑ Howe, Stephen (1996). "15. Old/Middle Danish". The Personal Pronouns in the Germanic Languages: A Study of Personal Pronoun Morphology and Change in the Germanic Languages from the First Records to the Present Day (em inglês).
- ↑ Pedersen 1996, p. 220.
- ↑ Pedersen 1996, pp. 219–21.
- ↑ Pedersen 1996, pp. 221–224
- ↑ «Bog Museum (Book Museum)». Royal Danish Library. Consultado em 13 de setembro de 2021. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2014
- ↑ Pedersen 1996, p. 225
- ↑ Haugen, Einar (1979). "The nuances of Norwegian". Ibsen's Drama: Author to Audience. Minneapolis: University of Minnesota. p. 99. ISBN 978-0-8166-0896-6.