Saltar para o conteúdo

Hormisda (procônsul)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Hormisda.
Hormisda
Nacionalidade Império Romano
Ocupação Oficial

Hormisda (em persa médio: Hormezd; em grego: Ορμίσδας; romaniz.: Hormísdas) foi um oficial romano de origem persa ativo no século IV.

O teônimo Hormisda é a versão latina do persa médio Hormisde (𐭠𐭥𐭧𐭥𐭬𐭦𐭣; Hormizd),[1] Ormasde (Ōhrmazd),[2] Hormosde / Ormosde ((H)ormozd),[3] Ormusde (Ormozd)[4] ou Oramasde (Ohramazd), o nome da divindade suprema no zoroastrismo, cujo nome avéstico era Aúra-Masda (Ahura-Mazdāh). Foi registrao em persa antigo como Auramasda (Auramazdā),[5][6] em grego como Hormisdas (Ορμίσδας, Ormísdas), Hormisdes (Ορμίσδης, Ormísdēs), Horomazes (Ωρομάζης, Oromázēs) e Hormisdates (Ορμισδάτης, Ormisdátēs), em árabe era Hormuz (هرمز), em armênio como Oramasde (Օրամազդ; Oramazd)[7] e Ormisde (Որմիզդ, Ormizd) e em georgiano era Urmisde (ურმიზდი, Urmizd).[8][9]

Hormisda era filho de Hormisda, um nobre persa que refugiou-se em 324 no Império Romano, e neto do xá sassânida Hormisda II (r. 302–309/310). Era casado e sua esposa é mencionada na obra de Amiano Marcelino. Possivelmente possuía propriedade na Síria Palestina próximo de Babal Haua e em Constantinopla (Igreja de São Sérgio e São Baco).[10] Sob o usurpador Procópio (r. 365–366), foi nomeado procônsul da Ásia. Em 365, lutou contra o imperador Valente (r. 364–378) na Frígia, onde quase foi capturado, e depois em Tiatira, onde quase conseguiu derrotá-lo. No começo do reinado do imperador Teodósio I (r. 378–395), era um comandante militar, talvez conde dos assuntos militares, e obteve a missão de conduzir um regimento de visigodos para o Egito. Durante sua marcha, seu regimento colidiu em Filadélfia, na Lídia, com um regimento egípcio que estava vindo na direção oposta. Vários egípcios foram mortos no conflito.[11]

Referências

  1. Lukonin 1967, p. 217.
  2. Kellens 2009, p. 292; 295.
  3. Aḥsan 1992, p. 312.
  4. Murray 1985, p. 35.
  5. Shayegan 2004, p. 462-464.
  6. Vevaina 2018, p. 1110.
  7. Justi 1895, p. 7-10.
  8. Schmitt 1986, p. 445–465.
  9. Rapp 2014, p. 341-343.
  10. Martindale 1971, p. 443-444.
  11. Martindale 1971, p. 443.
  • Aḥsan, ʻAbdushshakūr (1992). Studies in Persian Language and Literature. Laore, Paquistão: Bazm-e-Iqbal 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Kellens, Jean (2009). Zarathushtra entre l'Inde et l'Iran études indo-iraniennes et indo-européennes offertes à Jean Kellens à l'occasion de son 65e anniversaire. Viesbade: L. Reichert 
  • Lukonin, Vladimir Grigorʹevich (1967). Persia II. Cleveland: World Publishing Company 
  • Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «Hormisda 3». The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • Murray, John (1985). Samarkand. Battle Creek, Michigão: Ellis. ISBN 9780856281518 
  • Rapp, Stephen H. Jr. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 1472425529 
  • Schmitt, R. (1986). «Artaxerxes». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 654–655 
  • Shayegan, M. Rahim (2004). «Hormozd I». Enciclopédia Irânica, Vol. XII, Fasc. 5. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 462–464 
  • Vevaina, Yuhan; Canepa, Matthew (2018). «Ohrmazd». In: Nicholson, Oliver. The Oxford Dictionary of Late Antiquity. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 978-0-19-866277-8