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Hortus Botanicus Amsterdam

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Hortus Botanicus Amsterdam
Hortus Botanicus Amsterdam
Ponte oriental de entrada
Localização Amesterdão
País  Países Baixos
Tipo Jardim botânico
Área 1,2 hectares
Inauguração 12 de novembro de 1638 (385 anos)

Hortus Botanicus Amsterdam (em português: Jardim Botânico de Amsterdã) é um jardim botânico nos Países Baixos, localizado no centro da cidade de Amsterdã. Ocupa uma área de cerca de 1,2 hectares e conta com mais de 4 mil plantas e árvores tropicais.[1] Fundado no ano de 1638, é um dos mais antigos jardins botânicos do mundo.[1][2]

A ideia de criar um jardim botânico em Amsterdã surgiu em 1618 e partiu de um grupo de farmacêuticos e médicos que solicitou a sua fundação, a fim de melhorar o conhecimento das plantas medicinais para achar uma possível cura para doenças graves e mortíferas como a peste bubônica.[3] No ano de 1638, a pandemia da peste bubônica na cidade havia terminada, mas Amsterdã foi assolada por outras doenças mortíferas.[4] Em decorrência do alto número de mortos, o conselho da cidade de Amsterdã aprovou o plano de 1618 do grupo de profissionais de saúde.[4]

O jardim botânico foi fundado pelo conselho da cidade de Amsterdã, durante a Era de Ouro Neerlandesa,[5] mais precisamente em 12 de novembro de 1638, sob o nome de Hortus Medicus (em português: Jardim Medicinal) na Reguliershof.[3][6] Após a fundaçào serviu como um jardim de ervas para proporcionar remédios para médicos e boticários para curar pessoas doentes.[3]

A origem da coleção

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A coleção inicial do Hortus Medicus Amstelodamensis, foi reunida durante o século XVII com sementes e plantas enviadas dos territórios ultramarinos de Maurícia, Batávia, Ceilão, Bengala, Península de Coromandel e Suriname pelos comerciantes da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (VOC) pelo seu uso na medicina e pelas possibilidades para o comércio.[7]

Nova e atual sede

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Em 1665, a coleção do Hortus Medicus foi reduzida e transferida para o complexo do antigo hospital Binnengasthuis.[6] Durante a segunda metade do século XVII, com o fim das obras de construção de sua nova sede o jardim botânico de Amsterdã foi transferido para o bairro Plantagebuurt, próximo ao zoológico Artis e, ganhou uma função pública sob o nome de Hortus Botanicus Amsterdam.[6] O prefeito de Amsterdã Joan Huydecoper van Maarsseveen, que na época era presidente da Companhia Holandesa das Índias Orientais (VOC), e o farmacêutico e botânico Jan Commelin foram os primeiros administradores do jardim botânico na nova sede.[3]

A gestão de Hugo de Vries

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Foi constantemente ampliado e em 1877 tornou-se propriedade da Universidade de Amsterdã. Entre 1885 e 1918, o botânico Hugo de Vries tornou-se o diretor do Hortus Botanicus. Durante a sua gestão ele ampliou os espaços do jardim botânico e continuou com sua pesquisa sobre o cruzamento de plantas.[8] O conselho de administração do jardim aprovou a construção da Estufa de palmeiras e do laboratório que leva o seu nome, a fim de manter o professor no cargo.[9]

Em 1987, quando a universidade parou de pagar suas despesas, o jardim estava à beira da falência, mas numerosos apoiadores da Associação Amigos do Hortus (Vereniging van Vrienden van de Amsterdamse Hortus) impediram seu fechamento. Posteriormente, o Hortus Botanicus passou a ser também apoiado pela Câmara Municipal de Amsterdã.

Vitórias-régias no Jardim Botânico de Amsterdã

Algumas espécies de plantas notáveis ​​no Hortus:

Coffea arabica

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Uma simples muda de café, Coffea arabica, da coleção do Hortus Botanicus serviu como base para a totalidade das plantas de cultivo de café da América Central e da América do Sul.[10][5]

Victoria amazonica

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O jardim botânico de Amsterdã possui exemplares da planta aquática vitória-régia, cujas alvas amadurecem durante a madrugada.[11][12]

Wollemia noblis

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O jardim botânico possui também um exemplar de Wollemia nobilis. Essa planta é um fóssil vivo. Em 1994, foi encontrada pela primeira vez no estado australiano New South Wales.

  • Ko van Gemert (2006). De Hortus: Een Wandeling door de Hortus Botanicus in de Amsterdamse Plantage. Fontaine Uitgevers. ISBN 90-5956-153-8

Referências

  1. a b «Groene stip: Hortus Botanicus Amsterdam» (em neerlandês). Município de Amsterdã. Consultado em 26 de dezembro de 2022 
  2. «Hortus Botanicus Amsterdam (Botanical Garden)» (em inglês). I Amsterdam. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  3. a b c d Wijnands, D.O.; Zevenhuizen, E.J.A.; Heniger, J. (1994). Een sieraad voor de stad: de Amsterdamse Hortus Botanicus: 1638-1993. Amsterdã: Amsterdam University Press. 350 páginas. ISBN 90-5356-048-3 
  4. a b «De Hortus Botanicus» (em neerlandês). Offroute Amsterdam. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  5. a b «Hortus Botanicus Amsterdam: A golden heritage comes alive in plants» (em inglês). Arab News. 16 de maio de 2012. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  6. a b c «De Hortus is een sieraad voor Amsterdam» (em neerlandês). Trouw. 26 de novembro de 1994. Consultado em 26 de dezembro de 2022 
  7. The Botany of the Commelins: A taxonomical, nomenclatural, and historical account of the plants depicted in the Moninckx Atlas and in the four books by Jan and Caspar Commelin on the plants in the Hortus Medicus Amstelodamensis, 1682-1710 Balkema: Rotterdam, 1883
  8. «Collection: Archief van Hugo de Vries» (em neerlandês). Universidade de Amsterdã. Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  9. «Crown jewels - Hugo de Vries gate». www.dehortus.nl (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2022 
  10. «Amsterdamned: universele coffeeshop en suikeroom» (em neerlandês). Historiek. 11 de abril de 2022. Consultado em 26 de dezembro de 2022 
  11. «De reuzenwaterlelie bloeit in de Hortus: "Soms wel twee meter doorsnee"» (em neerlandês). NH Nieuws. 16 de agosto de 2022. Consultado em 26 de dezembro de 2022 
  12. «De Victoria lelie in de Hortus: bloem der bloemen, open u...?!. Het Parool, De Victoria lelie in de Hortus: bloem der bloemen, open u...?!» (em neerlandês). Het Parool. 1 de setembro de 2019. Consultado em 26 de dezembro de 2022 

Ligações externas

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