Ignatius Gottfried Kaim
Ignatius Gottfried Kaim (1746-1778) | |
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Nascimento | 1746 Áustria |
Morte | 1778 Áustria |
Ocupação | Químico, mineralogista austríaco, e descobridor do Manganês. |
Ignatius Gottfried Kaim (1746-1778) foi químico e mineralogista austríaco. Através de uma série de experimentos realizados em Viena, em 1770, ele descobriu o manganês, da mesma forma como fizera Johan Glauber (1604-1670) ao descobrir que o dióxido de manganês podia se converter em permanganato, reagente químico muito usado em laboratórios.
A descoberta do manganês
[editar | editar código-fonte]Em sua dissertação De metallis dubiis, obra que foi publicada em 1770, e que teve grande difusão, Kaim descreve o processo de redução da pirolusita ou Dióxido de Manganês (MnO2) usando carbono e a formação de um metal quebradiço a quem chamou manganês. Esta é a primeira descrição do metal manganês muitos anos antes da síntese mais conhecida de Johan Gottlieb Gahn, em 1774, ou das descrições de Torbern Olof Bergmann (1735-1784) em 1781 ou dos experimentos feitos por Johann Christoph Ilsemann[1] em 1782. Conta-se que o metal foi encontrado no estado nativo pelo naturalista francês De la Peyrouse,[2][3] em uma mina de ferro, na cidade de Sem, no condado de Foix, na França.
A descoberta de Kaim foi confirmada em 1774 em razão dos estudos do químico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) que descobriu o cloro graças à reação do MnO2 com uma mistura de Ácido Sulfúrico e cloreto de sódio. Essa experiência resultou na primeira e grande aplicação do uso do manganês: a produção do cloro e de soluções alvejantes com atividade bactericida. Scheele e outros cientistas de sua época acreditavam que aqueles óxidos continham um elemento desconhecido. A primeira evidência dessa descoberta data de 1770, quando o austríaco Ignatius Gottfried Kaim (1746-1778) em sua dissertação intitulada De metallis dubiis, descreveu a reação do MnO2 com carbono. Em 1774, Johan Gottlieb Gahn (1745-1818) repetiu essencialmente o processo de Kaim, descrevendo o experimento e seus resultados com mais detalhes. Em um cadinho ele colocou MnO2, óleo e carvão, cobriu o conjunto e aqueceu. Ao abrir o conjunto, ele viu uma massa metálica que lembrava o ferro. Tratava-se do manganês.
Obra
[editar | editar código-fonte]- De metallis dubiis, onde descreve suas experiências com a pirolusita, levando-o à descoberta do novo metal, o manganês.
Referências
[editar | editar código-fonte]- Fasold, H.; Dehnicke, K.; Fuchs, O.; König, K. -H.; Gail, L.; Tamamushi, B. (1981). "Buchbesprechungen". Colloid and Polymer Science Kolloid-Zeitschrift & Zeitschrift für Polymere 259 (11): 1137. DOI:10.1007/BF01524902.
- Manganês - Renan Azevedo da Rocha e Júlio Carlos Afonso.
- Biografia em dinamarquês
- Search me[ligação inativa]
- A history of inventions and discoveries, tr. by W. Johnston. - Johann Beckmann,William Johnston.
- Discovery of the elements, Volume 1
- Internet Archive - Manganese Ores, Alfred Harper Curtis.
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Johann Christoph Ilsemann (1727-1822) (* Clausthal, Harz, 7 de Abril de 1727 - † na mesma cidade 13 de Outubro de 1822), foi químico e naturalista alemão.
- ↑ Elements of chemistry, Jean-Antoine-Claude Chaptal (Conde de Chanteloup), William Nicholson, James Woodhouse.
- ↑ Elements of natural history and chemistry, Volume 2 - Antoine François de Fouroroy (comte), Robert Heron.