Igreja da Exaltação de Santa Cruz
Igreja Matriz da Batalha Igreja da Exaltação de Santa Cruz | |
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Fachada principal da igreja | |
Nomes anteriores | Igreja da Exaltação de Santa Cruz, matriz da Batalha |
Nomes alternativos | Igreja de Santa Cruz; Igreja Paroquial da Batalha |
Tipo | igreja, património cultural |
Estilo dominante | Manuelino |
Arquiteto(a) | Diogo Boitaca, Baltazar Castro |
Início da construção | 1514 |
Fim da construção | 1532 |
Restauro | século XVIII |
Função inicial | Igreja paroquial |
Proprietário(a) atual | Estado Português |
Função atual | Religiosa (igreja paroquial) |
Religião | Igreja Católica Romana |
Diocese | Diocese de Leiria-Fátima |
Página oficial | Mosteiro da Batalha |
Património de Portugal | |
Classificação | Monumento Nacional |
Ano | 1910 |
DGPC | 71166 |
SIPA | 4060 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Batalha |
Coordenadas | 39° 39′ 28″ N, 8° 49′ 26″ O |
Localização em mapa dinâmico |
A Igreja da Exaltação de Santa Cruz, ou Igreja de Santa Cruz, é a igreja matriz da paróquia da Batalha, na diocese de Leiria-Fátima. Situa-se na freguesia da Batalha, no Município da Batalha, em Portugal.[1]
Foi classificada como Monumento Nacional em 23 de Junho de 1910.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A igreja matriz batalhense foi construída durante o reinado de D. Manuel I. A sua erecção, iniciada em 1514, resulta de um pedido dos habitantes da recém-criada vila e paróquia, pois a pequena igreja de Santa Maria-a-Velha já não comportava o número de fiéis da vila. A obra foi acabada em 1532, conforme inscrição no portal, mas a Confraria da Misericórdia da Batalha, à época dona do templo, ainda investiu avultadas somas, pelo menos até 1537, na conclusão do monumento.[1]
A sua arquitectura foi influenciada pelo estilo manuelino, bastante visível no portal, e possui também traços tardo-barrocos (devido às obras da década de 1770) e revivalistas (graças a intervenções em 1935).[2]
Devido a um abalo sísmico, ocorrido em 1858, o telhado e parte da torre sineira ruíram, e durante umas décadas o edifício foi votado ao abandono, tendo até sido usado como cemitério.
Arquitectura
[editar | editar código-fonte]A traça desta igreja quinhentista foi atribuída a um dos mestres do Mosteiro da Batalha, Diogo Boitaca, admitindo-se a participação ainda de outro arquitecto daquele monumento, Mateus Fernandes.
O templo tem planta longitudinal: a nave e a capela-mor têm feições rectangulares, esta última de menores dimensões e ladeada pela sacristia. As fachadas, rebocadas e pintadas de branco, são enquadradas por embasamento, cunhais e beiral duplo e suportadas por contrafortes, lateralmente.
A fachada principal, virada a oeste, é dominada pelo portal principal em arco policêntrico, fortemente manuelino. O portal é constituído por um alfiz pouco saliente emoldurado por colunelos facetados com capitéis vegetalistas. Toda a peça é delimitada por faixas decoradas com grutescos. Dos dois lados, existem nichos vazios com mísulas e baldaquinos com motivos vegetalistas. O tímpano do arco é composto por um trilóbulo e várias contracurvas guarnecidas — estes elementos são decorados com folhagem, cogulhos, florões e pinhas. Nos cantos, dentro de anéis e sobre escudos recortados, estão esculpidos dois símbolos nacionais: a cruz da Ordem de Cristo e a esfera armilar.
Acima deste conjunto, encontra-se um janelão de molduras barrocas com frontão contracurvado e remate em empena recortada.
A torre sineira, adossada à esquerda da fachada principal, compõe-se de três registos separados por friso e cornija, sendo o primeiro rasgado por uma pequena fresta, o segundo cego e o terceiro aberto por ventanas sineiras em arco pleno. A fachada norte da torre apresenta um portal polilobado no primeiro registo, pelo qual se acede ao coro alto e aos sinos, e no segundo uma fresta. A torre é rematada por balaustrada de flores-de-lis e coruchéu piramidal. Refira-se que esta torre é recente, das obras da década de 1930 (a anterior era caracterizada por dois olhais).[3]
As fachadas laterais (sul e norte) da igreja são definidas por contrafortes escalonados, janelas em arco e mais portais polilobados.[4]
Interior
[editar | editar código-fonte]No interior, destacam-se o arco cruzeiro e a abóbada nervurada da capela-mor, que sobreviveram da obra primitiva, e ainda o retábulo embutido em pedra com mármore policromado e a pia baptismal (vindos do Mosteiro da Batalha no século passado) e os azulejos do frontal e dos silhares, aproveitados do Mosteiro de Nossa Senhora de Ara Coeli de Alcácer do Sal.
Galeria
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Fachada sul
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Fachada norte
Referências
- ↑ a b c «Monumentos». www.monumentos.gov.pt (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ «Igreja Matriz - Mosteiro da Batalha». www.mosteirobatalha.gov.pt. Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ Administrador (9 de março de 2018). «Igreja da Exaltação de Santa Cruz, matriz da Batalha.». MONUMENTOS DESAPARECIDOS. Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ «Monumentos». www.monumentos.gov.pt (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2022