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Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá

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Igreja de Santo Antônio
Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá
Vista frontal
Tipo igreja
Estilo dominante Barroco
Arquiteto(a) José Sacchetti
Início da construção 1630
Fim da construção século XVIII
Inauguração 13 de junho de 1630
Religião Católica
Diocese Arquidiocese de Aparecida
Sacerdote Orlando Brandes
Página oficial www.paroquiasantoantonioguara.com.br
Geografia
País  Brasil
Cidade Guaratinguetá
Coordenadas 22° 49′ 00,9″ S, 45° 11′ 31,8″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

A Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá, Matriz de Guaratinguetá, é a antiga sé arquiepiscopal da Arquidiocese de Aparecida, título transferido, por decreto do Papa Francisco, à Basílica de Nossa Senhora Aparecida.[1] É igreja matriz da paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, criada em 25 de fevereiro de 1651.

Trata-se do monumento mais antigo de Guaratinguetá.[2] Teve início em uma capela erguida em “pau a pique coberta de palha (sapê)”, nos idos de 1630, local em que se desenvolveu em torno a cidade.[2][3] Sofreu inúmeras reformas a partir do edifício original em taipa de pilão de 1701 e foi ampliada entre 1773-1780, com o aspecto que se mostra no desenho do arquiteto austríaco Thomas Ender, de 1817, quando ostentava apenas uma das torres completa.[2]

Nesta antiga catedral foi batizado e celebrou sua primeira missa em 1762 Santo Antônio de Sant'Ana Galvão (conhecido popularmente como Frei Galvão), nascido na cidade.[4][5]

Após a reforma ocorrida entre 1822 e 1847, chega a sua configuração atual.[2] O último alteamento da torre se deu em 1913 quando se abrem os nichos para os evangelistas São Marcos, São João, São Lucas e São Mateus na parte externa.[2]

Tornou-se a sé episcopal de Aparecida em 1996, por decreto do cardeal-arcebispo Dom Aloísio Lorscheider. Deixou de ser a catedral por decreto do Papa Francisco, de 22 de outubro de 2016.

Com o estilo arquitetônico predominante barroco, o perfil externo é recortado por coruchéus em forma piramidal. A divisão do corpo da igreja das torres acentua a verticalidade através de colunas duplas. O triângulo frontão é rígido e comprimido no espaço das torres e está assentado sobre a cimalha que corre toda a frente e a lateral da igreja.[2]

Na sua torre direita, construída em 1817, há um relógio colocado em 1899 e sinos de 1856.[6] A torre esquerda foi concluída em 1892.[6]

No interior da igreja há três naves separadas por arcos de volta inteira, altares na nave principal e nas laterais, altares no transepto demarcado por um arco pouco menor que o arco cruzeiro. A capela-mor de corpo menor tem tribunas com janelas de peitoril entalado e na nave, arcos de volta completa, com acabamento sacado em forma elíptica.[2]

Em seu interior há altares barrocos e neo-clássicos, com elementos rococó, afrescos e entalhes de madeira, com destaque para o para-vento da entrada. Entre suas imagens destacam-se as de São Miguel, de Nossa Senhora das Dores, de Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário e a seiscentista imagem em terracota de Santo Antônio, padroeiro de Guaratinguetá.[3]

Ainda há inscrições em placas funerárias, como de Monsenhor João Fillipo (1928) e Dom Antônio de Almeida Morais Júnior, arcebispo de Niterói (1984), antigos vigários.[3]

Seu tombamento se deu pela Lei Municipal n.º 177, de 26 de junho de 1952, que a declara “obra de valor histórico como monumento da fundação de Guaratinguetá”.[2][7]

Referências

  1. «Papa concede ao Santuário Nacional título de Igreja-Catedral». Portal A12. 10 de novembro de 2016. Consultado em 11 de novembro de 2016 
  2. a b c d e f g h Tirapeli, Percival (2003). Igrejas paulistas: Barroco e Rococó. São Paulo: Unesp 
  3. a b c Site da Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá
  4. «Casa de Frei Galvão» 
  5. «Conteúdo do site Casa de Frei Galvão» (PDF). Casa de Frei Galvão. Consultado em 10 de abril de 2015 [ligação inativa]
  6. a b Nayara Schran Gil e Tatyane Zangrandi. «Catedral de Santo Antônio» (PDF). Site da Catedral de Santo Antônio de Guaratinguetá. Consultado em 10 de abril de 2015. Arquivado do original (PDF) em 23 de setembro de 2015 
  7. «Museu Frei Galvão»