Incrustação (arte)
A incrustação (do latim incrustatio, "revestimento (de mármore)"[1], de crusta[2], "crosta", "casca") é uma técnica usada na escultura e nas artes decorativas para inserir peças de materiais diferentes em cavidades de um objeto base, criando ornamentos ou imagens que ficam niveladas com a superfície.[3] O contraste pode ser feito por cor, textura ou outro tipo de material.
Uma grande variedade de materiais são utilizados tanto para a base quanto para as incrustações. A incrustação é comum na produção de móveis decorativos, onde peças de madeira colorida, metais preciosos ou até diamantes são inseridos na superfície da estrutura, usando verniz ou laca. Também é comum em instrumentos musicais, onde são usadas para decoração e marcação, especialmente em instrumentos de cordas menores.
Talvez o exemplo mais famoso de incrustação em móveis seja o de André-Charles Boulle (1642–1732), conhecido como marchetaria Boulle e que evoluiu em parte a partir da incrustação produzida na Itália no final do século XV no studiolo de Federico da Montefeltro, no seu Palácio Ducal em Urbino, onde prateleiras trompe-l'œil parecem conter livros, papéis, curiosidades e instrumentos matemáticos, numa perspectiva enganadora. O studiolo privado semelhante que foi feito para ele em Gubbio está agora no Museu Metropolitano de Arte.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ HOUAISS, Antônio (2009). «incrustação». Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 3.0. [S.l.]: Editora Objetiva
- ↑ «encrust | Etymology of encrust by etymonline». www.etymonline.com (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2024
- ↑ Oxford Companion to the Decorative Arts, 1975, s.v. "Inlay", "Wood-working (Special Techniques)".