Indus
Índio | |
Nome latino Genitivo |
Indus |
Abreviatura | Ind |
• Coordenadas | |
Ascensão reta Declinação |
h ° |
Área total | 294° quadrados |
• Dados observacionais | |
Visibilidade - Latitude mínima - Latitude máxima - Meridiano |
° -90° Setembro |
Estrela principal - Magn. apar. |
Alfa Indi |
Outras estrelas - Magn. apar. < 3 - Magn. apar. < 6 |
0 - |
• Constelações limítrofes | |
Em sentido horário: |
Indus, o Índio, é uma constelação do hemisfério celestial sul. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Indi.
As constelações vizinhas, segundo as delineações contemporâneas, são o Grou, o Microscópio, o Telescópio, o Pavão, o Oitante e o Tucano.
Um dos destaques da constelação é a estrela Épsilon Indi, uma das mais próximas do Sol, a apenas ~11,82 anos-luz.
História
[editar | editar código-fonte]A constelação foi uma das doze inventadas por Pedro Plâncio das observações de Pieter Dirkszoon Keyser e Frederick de Houtman[1], e apareceu pela primeira vez num globo celeste de 35 cm. de diâmetro publicado em 1597, em Amsterdã, por Plâncio e Jodocus Hondius. A primeira aparição desta constelação num atlas celeste foi na obra Uranometria, de Johann Bayer, em 1603[2][3]. Plâncio representou a figura como um homem nu segurando flechas em ambas as mãos, mas sem arco.[4]
Características
[editar | editar código-fonte]A constelação do Índio não possui estrelas brilhantes propriamente ditas. A mais brilhante que possui, Alpha Indi, é uma gigante laranja de magnitude 3,1 a 101 anos-luz da Terra. Beta Indi é uma gigante laranja de magnitude 3,7 a 600 anos-luz da Terra. Delta Indi é uma estrela branca de magnitude 4,4 a 185 anos-luz da Terra.
Épsilon Indi é uma das estrelas mais próximas da Terra, a aproximadamente 11,8 anos-luz, e é uma anã laranja de magnitude 4,7, o que significa que o Sol é um pouco maior e mais quente por ser uma anã amarela[1]. Descobertas recentes revelaram que trata-se sistema binário contendo anãs marrons, que há muito têm sido candidatos de destaque nos estudos do SETI.[5][6]
O Índio possui também uma estrela binária brilhante: Theta Indi. É possível avistar ambas com telescópios amadores, dada a distância de apenas 97 anos-luz da terra. A estrela primária é branca e tem magnitude 4,5 e a secundária é uma estrela branca de magnitude 7[1].
T Indi é a única estrela brilhante variável do Índio. É uma gigante vermelha de cor marcante, semirregular, com um período rotacional de 11 meses e a 1900 anos-luz da Terra. Possui magnitude mínima de 7 e máxima de 5[1].
Outros destaques para observadores amadores incluem duas galáxias: a espiral NGC 7090 e a elíptica NGC 7049.
Referências
- ↑ a b c d Ridpath & Tirion 2001, pp. 162-163.
- ↑ Bakich, Michael E. (1995). The Cambridge Guide to the Constellations. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0-521-44921-9
- ↑ Sawyer Hogg, Helen (1951). «Out of Old Books (Pieter Dircksz Keijser, Delineator of the Southern Constellations)». Journal of the Royal Astronomical Society of Canada. 45: 215. Bibcode:1951JRASC..45..215S
- ↑ Allen, Richard Hinckley (1963). Star Names, Their Lore and Meaning. New York: Dover Publications. ISBN 0-486-21079-0
- ↑ Burnham, Robert; Luft, Herbert A. (1978). Burnham's Celestial Handbook: An Observer's Guide to the Universe Beyond the Solar System. [S.l.]: Courier Dover Publications. ISBN 0-486-23568-8
- ↑ Lawton, A. T. (1975). «CETI from Copernicus». Spaceflight. 17: 328–330. Bibcode:1975SpFl...17..328L