Ingibjörg H. Bjarnason
Ingibjörg H. Bjarnason | |
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Ingibjörg H. Bjarnason | |
Membro do Parlamento da Islândia | |
Período | 1922–1927 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de dezembro de 1867 Þingeyri, Islândia |
Morte | 30 de outubro de 1941 (73 anos) |
Partido | Independente (até 1924) Conservador |
Ingibjörg H. Bjarnason (Þingeyri, 14 de dezembro de 1867 – 30 de outubro de 1941) foi uma política, sufragista, professora e ginasta islandesa. Ela foi a primeira mulher a tornar-se membro do Parlamento da Islândia.
Início de vida e educação
[editar | editar código-fonte]Ingibjörg nasceu em Þingeyri, Islândia, em 1867 e era uma das cinco crianças de Hakon Bjarnason e Johanna Kristin Þorleifsdóttir. Na adolescência, ela se mudou para Reiquiavique após a morte do seu pai e frequentou o Kvennaskólinn, colégio exclusivamente feminino.[1] Ela formou-se em 1882 e foi morar na Dinamarca para estudar ginástica, tornando-se a primeira islandesa a fazê-lo. Ela voltou a Reiquiavique em 1893 para dar aulas de ginástica em uma escola infantil, e em 1903 voltou ao Kvennaskólinn como professora. Bjarnason tornou-se diretora do colégio em 1906 e ficou no cargo por 35 anos até sua morte.[2]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Bjarnason teve o primeiro contato com o movimento pelo sufrágio feminino na Islândia em 1894. Em 1915, quando as mulheres islandesas obtiveram o direito ao voto, Bjarnason foi escolhida por uma organização de mulheres para ir ao Parlamento e realizar um discurso comemorativo, e foi eleita chefe de um comitê que arrecadou fundos para a construção de um hospital em comemoração à vitória das sufragistas.[2] Ela liderou o que mais tarde seria o partido feminista Kvennalistinn (Aliança das Mulheres), e em 1922 foi eleita para o Parlamento da Islândia.[1][2] Assim, Bjarnason tornou-se a primeira mulher a conseguir um assento no Parlamento do país.[1][3] Ela inicialmente concorreu ao cargo como candidata independente, mas em 1924 Bjarnason juntou-se ao Partido Conservador até o final do seu mandato, em 1927. Na sua carreira política, ela promoveu os direitos das mulheres e crianças, embora nunca tenha tido filhos ou casado.[2]
Aposentadoria
[editar | editar código-fonte]Após deixar a política, Bjarnason permaneceu ativa no movimento de libertação feminina da Islândia, e em 1930 ela tornou-se a presidente fundadora da organização feminina Kvenfélagasambands Íslands. No entanto, Bjarnason foi criticada por algumas mulheres pelo alinhamento com o Partido Conservador e por apoiar causas como o estabelecimento de uma escola de economia doméstica e por sugerir que as mulheres islandesas haviam alcançado a igualdade de gênero total quando receberam o direito de votar em 1915. Ela também atuou no comitê do banco Landsbanki entre 1928 e 1932, e fez parte do Conselho Islandês de Educação de 1928 a 1934. Bjarnason faleceu em outubro de 1941.[4]
Legado
[editar | editar código-fonte]Em novembro de 2011, setenta anos após a morte de Bjarnason, foi anunciado que uma proposta foi aprovada no Conselho da Cidade de Reiquiavique para a construção de um memorial permanente na cidade em sua homenagem.[1] Uma celebração aconteceu no Parlamento em julho de 2012 para comemorar o 90º aniversário da eleição de Bjarnason.[5]
Referências
- ↑ a b c d «Iceland's First Female MP Remembered». Iceland Review. 3 de novembro de 2011. Cópia arquivada em 16 de junho de 2018
- ↑ a b c d «Ingibjörg H. Bjarnason». Kvennasögusafn Íslands (Women's History Archives Iceland). Consultado em 27 de julho de 2014. Cópia arquivada em 29 de julho de 2017
- ↑ «Islandia, el primer país que roza la igualdad entre hombres y mujeres». abc (em espanhol). 7 de março de 2016. Consultado em 1 de setembro de 2020
- ↑ «Ingibjörg H. Bjarnason» (em islandês). Parlamento da Islândia. 10 de agosto de 2001. Consultado em 27 de julho de 2014
- ↑ «Ingibjörg H. Bjarnason heiðruð» (em islandês). Morgunblaðið. 8 de julho de 2012. Consultado em 27 de julho de 2014