Isabel Ernestina de Saxe-Meiningen
Isabel Ernestina | |
---|---|
Princesa de Saxe-Meiningen | |
Isabel Ernestina pintada por Johann Peter Harburg, c. 1734 | |
Abadessa de Gandersheim | |
Reinado | 27 de abril de 1713 a 24 de dezembro de 1766 |
Antecessor(a) | Maria Isabel de Mecklemburgo-Schwerin |
Sucessor(a) | Teresa de Brunsvique-Volfembutel |
Nascimento | 3 de dezembro de 1681 |
Meiningen, Ducado de Saxe-Meiningen, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 24 de dezembro de 1766 (85 anos) |
Bad Gandersheim, Saxônia, Sacro Império Romano-Germânico | |
Casa | Saxe-Meiningen |
Pai | Bernardo I, Duque de Saxe-Meiningen |
Mãe | Isabel Leonor de Brunsvique-Volfembutel |
Religião | Luteranismo |
Isabel Ernestina de Saxe-Meiningen (Meiningen, 3 de dezembro de 1681 — Bad Gandersheim, 24 de dezembro de 1766) foi uma princesa de Saxe-Meiningen e uma das últimas abadessas da Abadia de Gandersheim, na Saxônia.
Vida
[editar | editar código-fonte]Isabel Leonor era a filha mais velha do segundo casamento de Bernardo I, Duque de Saxe-Meiningen, com a princesa Isabel Leonor de Brunsvique-Volfembutel. O seu irmão mais novo, António Ulrico, foi duque de Saxe-Meiningen entre 1746 e 1763.
Isabel passou a sua infância e juventude em Meiningen e, desde cedo, que se começou a interessar por literatura e música. Também cantava e representava no teatro particular da família. Em 1713, após a morte da princesa Maria Isabel de Mecklemburgo-Schwerin, tornou-se abadessa na Abadia de Gandersheim, uma instituição religiosa evangélica que ficava no centro da Saxónia. Graças ao seu gosto pela ciência e pelas artes, Isabel contribuiu com uma extensa colecção de arte e para a biblioteca da abadia. A importância da abadia atingiu o seu ponto mais alto durante o seu governo e ela é vista como a abadessa mais importante do período da pós-reforma religiosa na abadia.[1]
A 26 de Abril de 1721, Isabel e o capelão da abadia fundaram a biblioteca que ainda existe actualmente na abadia. O principal mecenas da biblioteca foi Anton Kroll von Freyhan, mas várias pessoas contribuíram para a construção da mesma. Entre 1713 e 1726, Isabel construiu um castelo de verão em Brunshausen com salas de convívio e de estudo. Depois de converter o castelo num mosteiro, também foi construído um jardim barroco. Em 1726, a abadessa mandou construir a magnífica ala barroca da abadia e acrescentou-lhe o Salão do Imperador. O edifício ficou concluído em 1736 e é o testamento mais claro da passagem de Isabel pela abadia.[2]
Isabel tinha relação muito próxima com o seu irmão mais novo, António Ulrico, Duque de Saxe-Meiningen, mantendo sempre o contacto com ele. Quando surgiram disputas entre ele e os seus meios-irmãos relativamente à herança do pai, Isabel apoiou-o sempre e também o ajudou financeiramente. A colecção de arte e história natural de Meiningen foi criada em conjunto entre António Ulrico e Isabel. Após a morte de Isabel, foi António que herdou grande parte das colecções de arte da sua irmã que acabariam por ser transferidas da abadia para Meiningen.[3]
Isabel morreu na véspera de Natal de 1766, depois de prestar serviço como abadessa durante cinquenta-e-três anos. O seu caixão, feito em mármore, encontra-se na abadia.[4]
Genealogia
[editar | editar código-fonte]Isabel Ernestina de Saxe-Meiningen | Pai: Bernardo I, Duque de Saxe-Meiningen |
Avô paterno: Ernesto I, Duque de Saxe-Gota |
Bisavô paterno: João II, Duque de Saxe-Weimar |
Bisavó paterna: Doroteia Maria de Anhalt | |||
Avó paterna: Isabel Sofia de Saxe-Altemburgo |
Bisavô paterno: João Filipe, Duque de Saxe-Altemburgo | ||
Bisavó paterna: Isabel de Brunsvique-Volfembutel, Duquesa de Saxe-Altemburgo | |||
Mãe: Isabel Leonor de Brunsvique-Volfembutel |
Avô materno: António Ulrich, Duque de Brunsvique-Luneburgo |
Bisavô materno: Augusto de Brunsvique-Luneburgo | |
Bisavó materna: Sofia Doroteia de Anhalt-Zerbst | |||
Avó materna: Isabel Juliana de Schleswig-Holstein-Sønderburg-Nordborg |
Bisavô materno: Frederico de Schleswig-Holstein-Sønderburg-Nordborg | ||
Bisavó materna: Leonor de Anhalt-Zerbst |
Referências
- ↑ Martin Hoernes und Hedwig Röckelein (Hrsg.): Gandersheim und Essen. Vergleichende Untersuchungen zu sächsischen Frauenstiften, (Essener Forschungen zum Frauenstift, Band 4), Essen (2006)
- ↑ Hannelore Schneider: Das Herzogtum Sachsen-Meiningen unter seinen ersten Herzögen, Südthüringer Forschungen, Heft 27. 300 Jahre Schloß Elisabethenburg. Meiningen 1994.
- ↑ Kurt Kronenberg: Äbtissinnen des Reichstiftes Gandersheim (1981).
- ↑ Hans Goetting: Das Bistum Hildesheim 1: Das reichsunmittelbare Kanonissenstift Gandersheim (= Germania Sacra N. F. 7). Berlin/New York 1973, ISBN 978-3-11-004219-1