Jacinto Convit
Jacinto Convit[1] | |
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Nome completo | Jacinto Convit García |
Nascimento | 11 de julho de 1913[1] Caracas, Venezuela[1] |
Morte | 12 de maio de 2014 (100 anos) |
Nacionalidade | Venezuelano[1] |
Ocupação | Médico Cientista |
Jacinto Convit García (Caracas, 11 de setembro de 1913 - Caracas, 12 de maio de 2014) foi um médico e cientista venezuelano, reconhecido por tentar achar uma vacina contra a Lepra[2] e por seus estudos para descobrir uma cura contra diversos tipos de Câncer.[1][2] Ganhou o Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica de 1987.[1] Possui cerca de 45 condecorações emitidas por diversas universidades venezuelanas e internacionais.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de um imigrante espanhol da Catalunha naturalizado venezuelano Francisco Convit y Martí e de mãe venezuelana Flora García Marrero, das Ilhas Canárias, nasceu na paróquia A Pastora, no bairro de Libertador, Caracas. Iniciou seus estudos no Liceu Caracas.
Cursou o colégio do Liceu Andrés Bello. Foi um destacado aluno do grande professor Rómulo Gallegos na cadeira de Filosofia e Matemática, que afirmou “Que boas lembranças, um professor exemplar de talento visionário”.
Em 1932 ingressou na escola de Medicina da Universidade Central da Venezuela onde obteve o título de Doutor em Ciências Médicas em 1938.
Um convite mudaria sua vida e marcaria o seu destino no ano de 1937: o Dr. Martin Vegas, conhecido pioneiro nos estudos da hanseníase (lepra), encontraria Convit pela primeira vez, na antiga casa em Cabo Blanco, no estado de Vargas, a qual abrigava centenas de pacientes com lepra e outras doenças.
Naquele tempo, lepra era a causa de um prejuízo mais enraizado na sociedade venezuelana, onde leprosos eram constantemente acorrentados e vigiados por guardas. Este fato definiria o caráter humano de Convit, que diante de tais abusos, exigiu dos guardas um melhor tratamento com os pacientes.
A dedicação de Jacinto Convit pela causa era tamanha que, juntamente com mais oito médicos (seis venezuelanos e dois italianos), criou uma força tarefa para encontrar uma cura desta doença.
Depois de várias pesquisas com o único remédio utilizado nesses pacientes, o óleo de chaulmoogra, pôde comprovar que o composto de Sulfona e Clofazimina poderia agir com grande eficácia contra essa doença. Isso levou à melhoria das condições de vida dos leprosos e ao encerramento gradual da maior parte das leprosarias.
No ano de 1988, devido aos grandes avanços nos estudos epidemiológicos, lhe valeram uma indicação[2] ao Premio Nobel de Medicina, pelo descobrimento da vacina contra a lepra,[2] a qual resultou de uma combinação da vacina da tuberculose com o bacilo Mycobacterium leprae. Um ano antes desta indicação, Convit recibeu na Espanha o Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica.
Em 28 de fevereiro de 2011 é condecorado com a Legião de Honra, uma condecoração honorífica da França.
Também em 2011,[2] aos 98 anos, lidera uma equipe no Instituto de Biomedicina que trabalha na pesquisa de uma vacina contra o cáncer de mama, estômago e cólon do útero. O procedimento baseia-se em experimentações com imunoterapia. Em conjunto com especialistas da Universidade Central da Venezuela está a frente deste tratamento experimental.[2][3]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Jacinto Convit: el lado humano de la medicina» (PDF). 2010. Consultado em 25 de junho de 2010
- ↑ a b c d e f BBC Mundo (2010). «Esperanza en Venezuela contra el cáncer». Consultado em 4 de julho de 2010
- ↑ «el tiempo.com». www.eltiempo.com.ve Jacinto Convit busca nuevo tratamiento contra el cáncer
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Jacinto Convit». Fundación Príncipe de Asturias. 2007. Consultado em 19 de maio de 2009. Arquivado do original em 18 de março de 2007