João Luiz Roth
João Luiz Roth | |
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Nascimento | 1951 Santa Maria |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | gravador |
João Luiz Roth (Santa Maria, 1951) é um artista plástico brasileiro, especializado em desenho, gravura e pintura.
É graduado em Desenho e Plástica pela Universidade Federal de Santa Maria, pós-graduado pela Universidade Complutense de Madri e doutor em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Em 1983 participou da mostra Arte Gaúcha Hoje, no pavilhão da Bienal, em São Paulo.
É também ilustrador e capista de livros.
Referências Críticas
[editar | editar código-fonte]Walmir Ayala O desenho de Roth se apóia sobre uma minuciosa trama de traços a bico de pena, formando por superposição uma gradação de tons entre o branco e o preto, e enriquecido pela aguada de cores tênues. A cor nem sempre ocupa toda área delimitada pelo bico de pena em preto, por vezes é como a revelação de um detalhe que funciona quase como pedra de um quebra-cabeças (...).in CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
Affonso Romano de Sant’Anna (…) - Seria essa pintura uma pintura literária como literária era a pintura surrealista? Com efeito títulos como esses: “Costuras Democráticas” ou “A Filha do Sargento Não Era Feia Assim”, fazem parte da tela. O aparente vazio entre o título e o quadro alicia a produção de sentido do espectador. O título não esgota o quadro, ao contrário sugere. E o espectador tem que preencher o terceiro espaço além do quadro e do texto…in CLÁUDIO GIL STUDIO DE ARTE – Apresentação de Affonso Romano de Sant”Anna Rio de Janeiro 1984
Jacob Klintowitz Discutir a maetria de João Luiz Roth é perda de tempo. Hoje não se considera nenhum artista mestre senão de si mesmo. Não se formam mais ateliers renascentistas de transmissão de saber, no que se refere a técnica e ao metodo, é pessoal de cada artista. O nosso estilo é a ausência de estilo. Portando não digamos o óbvio. Ou, talvez, para acentuar a questão central, vamos dizer que Roth conseguiu elevar o seu fazer ao nível pessoal e é portanto, senhor de uma técnica própria e de um método Roth. Não é pouco. (…) in AGÊNCIA DE ARTE – Apresentação de Jacob Klintowitz Porto Alegre -, 1988
Arlindo Trevisan (…) A inspiração é referêncial; o artista aproveita dos Mestres, não o texto pictórico, mas o pretexto, inclusive porque nas suas mãos o motivo é dissimulado, reduzido a espécie de subtância laboratorial. Sua técnica de isolar, mediante um quadrilátero, determinando aspecto da obra, não significará o reconhecimento desse carácter residual? De qualquer forma, a tela, uma vez trabalhada por Roth, acaba perdendo sua aura, fixando-se numa sorte de criatura sem pai, precisamente o que interessa ao artista, alheio ao puro mimetismo. Roth pretende extrair da obra célebre outra coisa, uma alienação às avessas, destinada a denunciar a própria alienação….In Catálogo da Galeria IAB.
José Luiz do Amaral (...) Nos desenhos encontramos figuras com garras e fardas, mulheres subjugadas, bispos, soldados e insólitos camaleões: seres em que se relativiza o que é real e o que é disfarce. A estilização acentua-se em traços significativos que os transformam em símbolos reveladores da metamorfose do humano em monstruoso, do heróico em patético. Nas pinturas surgem tesouras que ameaçam a língua ou o falo, pequenas máscaras que não chegam a ocultar rostos que pouco têm a revelar; envelopes tarjados de verde e amarelo que nos aproximam de um chão conhecido, mas deixam em aberto suas possibilidades de significação (...) Roth está intimamente ligado ao processo da arte brasileira, e sua obra é claramente penetrada por ecos desse processo. in LOUZADA, Júlio. Artes plásticas: seu mercado, seus leilões. São Paulo: J. Louzada, 1984-.
Patrícia Bins (…) O questionamento procegue a cada tela, jogo caleidoscópico feito de fragmentos multicores, onde a memória ancestral se funde aos dramas dos tempos pós-modernos e de tempo nenhum. Será mesmo isto? Um simples jo9go de espelhos em que somos reflexos de vida ou sonhos inventados? Cativos na brilhante teia do artista, talv´s cúmplices de suas amargas e belas insinuações, possamos crescer e, outra vez crianças, descobrir que não há respostas. Tudo é mistério. Foi o que senti, arrepiada, vendo as telas de Roth. Se escrevesse em japonês seria melhor, mais eloqüente e sintético. Sete ideogramas e pronto – Tudo dito: belamente simplesmente. In AGÊNCIA DE ARTE – Apresentação de Patrícia Bins Porto Alegre -, 1990
Robson Pereira Gonçalves João Luiz Roth possui um ponto em comum com o poeta Fernando Pessoa: ambos acreditam que a poesia superior é a poesia dramática. Esta exposição de pinturas e desenhos comemora os sessanta anos da morte/vida do poeta luso, mas é, antes de mais nada, muma aposta na dramatização do imaginário e do simbólico, enquanto erança cultural, como forma de reinventar a vida vivida….In MESTRADO EM LETRAS –UFSM - Apresentação de Robson Pereira Gonçalves Santa Maria
Premiações
[editar | editar código-fonte]Participou de exposições coletivas e individuais tanto no Brasil como no exterior, tendo recebido diversos prêmios, tais como:
- Menção honrosa em gravura no Salão da Cidade de Santa Maria;
- 1º prêmio - Prêmio Viagem, no Salão do Artista Jovem da Rede Brasil-Sul de Telecomunicações em Porto Alegre (1972):
- 1º Prêmio - Salão do 7º Festival de Inverno de Ouro Preto da Universidade Federal de Minas Gerais (1974);
- Medalha de Prata no Salão Nacional da Olimpíada do Exército do Ministério de Educação e Cultura em Brasília ();
- Prêmio Isenção de Júri do XXIII Salão Brasileiro de Arte Moderna do Ministério de Educação e Cultura no Rio de Janeiro (1974);
- Prêmio Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (1976);
- Salão de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976);
- Prêmio Matricula de Honor da Escuella Superior de Bellas Artes de San Fernando da Universidad Complutense de Madrid (1976).
- 1º prêmio da Cidade de Santa Maria - Universidade Federal de Santa Maria (1982 e 1983).
- Prêmio Cidade Cultura (1996).