Joaquim Rasquinho
Joaquim Rasquinho | |
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Nome completo | Joaquim José de Sousa Rasquinho |
Nascimento | 8 de Dezembro de 1736 Loulé |
Morte | 10 de Dezembro de 1822 Faro |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Pintor |
Joaquim José de Sousa Rasquinho, mais conhecido apenas como Joaquim Rasquinho (Loulé, 8 de Dezembro de 1736 - Faro, 10 de Dezembro de 1822) foi um pintor português, que se destacou pelas suas obras de figuras e cenas religiosas, tendo várias telas suas sido expostas em igrejas na região do Algarve.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em 8 de Dezembro de 1736, na vila de Loulé, filho de Manoel Gonçalves Rasquinho e de Josefa da Encarnação.[1] Embora os seus pais o tivessem encaminhado para a carreira eclesiástica, demonstrou desde cedo uma grande aptidão para a pintura, pelo que desistiu do curso religioso e começou a aprender arte, primeiro através da cópia de estampas e através do estudo de Aníbal Caraxe e outros grandes pintores.[1] Depois Joaquim Rasquinho tornou-se aluno do pintor espanhol Francisco Correia Nobre, quando este passou pela cidade de Faro.[1] Porém, o artista faleceu pouco depois, pelo que teve de prosseguir os seus estudos sozinho.[1]
Teve um grande impacto na arte algarvia, tendo criado mesmo uma espécie de escola a nível regional, onde se formaram vários artistas.[2] Foi responsável por um grande número de obras no Algarve, incluindo na cobertura da Igreja de São Francisco, em Tavira.[2] Também em Tavira, pintou quatro telas sobre São Elias na Capela dos Terceiros,[1] o retábulo da Igreja do Espírito Santo do Hospital em 1805, e pela mesma época a pintura do retábulo da Igreja de Santa Maria do Castelo.[3] Segundo o historiador de arte Daniel Santana, esta última obra é um exemplo da forte ligação que existia entre o artista e o então Bispo do Algarve, D. Francisco Gomes do Avelar, que ordenou a reconstrução da igreja nas últimas décadas do século XVIII.[3]
Terá sido igualmente o autor de uma cópia de um quadro do Senhor Morto, na Sacristia de São Pedro, em Faro, e das pinturas de Nossa Senhora da Conceição, na Câmara Municipal daquela cidade.[1] Pintou também a tela de São Salvador[1] na Igreja Paroquial de Alvor,[4] e a tela central na cobertura da Capela de Nossa Senhora da Conceição, em Loulé.[5]
Segundo o investigador Ataíde Oliveira, destacou-se igualmente na produção de retratos, «que os fazia bem parecidos e sobretudo lhes dava uma expressão, que os tornava apreciadíssimos».[1] Uma das suas principais obras deste género foi o retrato de D. Francisco Gomes do Avelar,[1] que foi exposto no Museu Municipal de Faro.[6]
Faleceu na cidade de Faro, em 10 de Dezembro de 1822, aos 84 anos de idade.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j OLIVEIRA, 1905:209-210
- ↑ a b «Egreja de S. Francisco de Tavira» (PDF). Occidente. Ano 4 (95). Lisboa. 11 de Agosto de 1881. p. 179. Consultado em 10 de Abril de 2024 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b «Descobertas pinturas de retábulo oculto na Igreja de Santa Maria de Tavira». Barlavento. 22 de Novembro de 2021. Consultado em 10 de Abril de 2024
- ↑ VARELA, Ana Sofia (27 de Agosto de 2015). «Alvor angaria fundos para restaurar retábulo da Igreja». Barlavento. Consultado em 10 de Abril de 2024
- ↑ «Ermida de de Nossa Senhora da Conceição - Loulé». Câmara Municipal de Loulé. Consultado em 10 de Abril de 2024
- ↑ Olhão, entre Napoleão e o Brasil (PDF). Olhão: Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão. 2008. p. 7. Consultado em 10 de Abril de 2024
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- OLIVEIRA, Francisco de (1905). Monografia do concelho de Loulé. Porto: Typographia Universal. Consultado em 10 de Abril de 2024 – via Internet Archive</ref>