Joaquim de Arruda Zamith
Joaquim de Arruda Zamith | |
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Abade da Igreja Católica | |
Presidente Emérito da Congregação Beneditina do Brasil | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Ordem de São Bento |
Diocese | Arquidiocese de São Paulo |
Nomeação | 1996 |
Predecessor | Dom Basílio Penido, O.S.B. |
Sucessor | Dom Emanuel d'Able do Amaral, O.S.B. |
Mandato | 1996 - 2002 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 23 de dezembro de 1950 São Paulo por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira |
Nomeação abade | 26 de janeiro de 1974 |
Lema abade | UT VIVAMUS PER EUM |
Dados pessoais | |
Nascimento | Campinas 28 de julho de 1924 |
Morte | Vinhedo 10 de novembro de 2014 (90 anos) |
Nome religioso | Irmão Joaquim de Arruda Zamith |
Nome nascimento | Fábio de Arruda Zamith |
Nacionalidade | brasileiro |
Residência | Mosteiro de São Bento da Bahia |
Progenitores | Mãe: Colatina de Azevedo Arruda Pai: Uberto Alexande de Siqueira Zamith |
Títulos anteriores | Abade do Mosteiro de São Bento (São Paulo) (1974-1989) |
Sepultado | Mosteiro de São Bento em Vinhedo |
Categoria:Igreja Católica Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Dom Abade Joaquim de Arruda Zamith O.S.B. (Campinas, 28 de julho de 1924 — Vinhedo, 10 de novembro de 2014) foi monge beneditino brasileiro, abade emérito do Mosteiro de São Bento de São Paulo. Foi um dos tradutores da Bíblia de Jerusalém.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Campinas, São Paulo, filho de Colatina de Azevedo Arruda e do Dr. Uberto Alexandre de Siqueira Zamith, naturais de Amparo.[2] Foi batizado em 24 de junho de 1925 na Igreja Matriz de São Geraldo pelo Pe. José Luís de Godoi Cremer, com o nome de Fábio.[3][4]
Fez seus estudos primários no Externato Assis Pacheco e secundários no Colégio de São Bento de São Paulo, escola mantida pelos monges do Mosteiro de São Bento de São Paulo. Recebeu o crisma em 10 de outubro de 1937 na capela do dito colégio, pelo bispo-auxiliar da Diocese de Paulista, Dom José Gaspar de Afonseca e Silva.[3]
Na preparação para a Escola Politécnica, participou do Movimento da Juventude Universitária Católica (JUC). Decidiu então entrar para a vida religiosa. Em 19 de fevereiro de 1944[3], ingressou como noviço no Mosteiro de São Bento, estudando Filosofia e Teologia na Escola Teológica da Congregação Beneditina do Brasil, que na época se encontrava no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.[2]
Por ocasião da entrada do Brasil na Segunda Grande Guerra, Fábio, mesmo sendo religioso, foi obrigado a receber treinamento militar, experiência que o marcou profundamente e da qual tirou proveito para toda sua vida.[2][4] Professou seus primeiros votos em 21 de março de 1945, adotando o nome religioso de Joaquim.[2][4]
Fez a profissão monástica solene em 29 de março de 1948.[2] Foi ordenado diácono em 8 de dezembro de 1949, por Dom Orlando Chaves, SDB, bispo de Corumbá. Recebeu o presbiterado em 23 de dezembro de 1950, das mãos de Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, bispo-auxiliar de São Paulo. Logo em seguida, foi enviado a Roma, para a Faculdade de Filosofia do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, onde obteve o doutorado em junho de 1955. De volta ao Brasil, tornou-se professor de Cultura Religiosa e Psicologia Filosófica do Instituto de Filosofia do Mosteiro de São Bento de São Paulo, cargo que exerceu durante quatorze anos.[3][4]
Em 1969, foi nomeado prior do mosteiro pelo seu abade Dom Tito Marchese, OSB. Em 25 de janeiro de 1974, foi eleito abade pela comunidade do Mosteiro de São Bento de São Paulo, cargo que exerceu até janeiro de 1989. Nos sete anos que se seguiram, os abades que o sucederam deram-lhe permissão para pregar retiros e ministrar cursos sobre Espiritualidade Monástica e Sagrada Escritura em muitos mosteiros da Congregação Beneditina do Brasil, além de muitas congregações religiosas e também para o clero secular.[2][4]
No Capítulo Geral de 1996, foi eleito Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil. Findo seu mandato em 2002, passou a residir no Mosteiro de São Bento em Vinhedo, lecionando para os formandos da comunidade e assistindo nas atividades pastorais da comunidade. Em 9 de abril de 2005, transferiu sua estabilidade para a Arquiabadia de Saint Vincent da Congregação Americano-Cassinense, desejando viver mais próximo de suas raízes.[2][4]
Dom Abade Joaquim faleceu aos 90 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral. Seu féretro foi recebido no Mosteiro de São Bento em Vinhedo, às dezesseis horas do dia seguinte. A missa de exéquias foi presidida pelo arcebispo metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos, no dia doze de novembro, às dezesseis horas, sendo sepultado, em seguida, no cemitério monástico.[1]
Referências
- ↑ a b Dom Paulo S. Panza, OSB. «BIOGRAFIA DE DOM ABADE JOAQUIM DE ARRUDA ZAMITH, UM DOS TRADUTORES DA "BIBLIA DE JERUSALÉM"»
- ↑ a b c d e f g «Nota de falecimento de Dom Abade Joaquim de Arruda Zamith, OSB». Arquidiocese de São Paulo. 12 de novembro de 2014. Consultado em 22 de outubro de 2021
- ↑ a b c d Dom Gilvan Francisco dos Santos, OSB. «OS REVERENDÍSSIMOS ABADES PRESIDENTES DA CONGREGAÇÃO BENEDITINA BRASILEIRA». Blog Dimensão da Escrita. Consultado em 22 de outubro de 2021
- ↑ a b c d e f «Obituaries: Abbot Joaquim (Fábio) de Arruda Zamith, O.S.B.» (em inglês). Arquiabadia de Saint Vincent. Consultado em 22 de outubro de 2021
Precedido por Dom Basílio Penido Filho, OSB |
Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil 1996 — 2002 |
Sucedido por Dom Emanuel d'Able do Amaral, OSB |