José Corrêa Rangel de Bulhões
José Corrêa Rangel de Bulhões | |
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Dados pessoais | |
Nascimento | c.1756 Rio de Janeiro |
Morte | c.1800 Rio de Janeiro |
Vida militar | |
País | Brasil colônia |
Força | Exército brasileiro |
Hierarquia | Sargento-mor |
Assinatura |
José Corrêa Rangel de Bulhões, ou simplesmente José Corrêa Rangel (Rio de Janeiro, c.1756 — Rio de Janeiro, c.1800)[1], foi um engenheiro militar, cartógrafo e naturalista luso-brasileiro que prestou importantes serviços nas capitanias do Rio de Janeiro e do Rio Grande de São Pedro durante o período colonial.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Durante a juventude aprendeu o ofício de engenheiro por meio da Aula de Artilharia e Fortificação no Rio de Janeiro, onde pôde ter contato com as áreas da aritmética e álgebra.[2] Logo formado, ingressou no exército no posto de Ajudante de Infantaria. Em 1799, através de um decreto, recebeu a mercê do posto de Sargento-mor.[3]
Em 6 de março de 1796, durante sua atuação no Rio de Janeiro, elaborou um importante documento intitulado "Descrição do plano urbanístico para o centro da cidade do Rio de Janeiro [...]", que faz menção às obras de urbanização no pantanal de Pedro Dias atual Rua do Lavradio. No ano seguinte, elaborou o trabalho cartográfico intitulado "Plano topografico do continente do Rio Grande e da Ilha de Santa Catharina [...]", que destaca importantes aspectos ligados ao relevo, aos sistemas fluviais e às apropriações toponímicas da referida região.[4][5]
Na vinda de Luís de Vasconcellos e Sousa, 4º Conde de Figueiró, ao Brasil, José Corrêa Rangel foi designado pelo Vice-rei a elaborar uma obra de história natural, fortemente influenciada pela taxinomia de Lineu, em que houvesse a representação pictográfica da flora local com o fim de auxiliar ao primeiro. A obra foi intitulada "Mappa botanico para uzo do ilmo. e exmo. sr. Luis de Vasconcellos e Soiza".[6]
Referências
- ↑ Barreto 1973, p. 1102.
- ↑ Bicalho 1998, p. 42.
- ↑ Tonera & Oliveira 2015, p. 19.
- ↑ Barreto 1973, pp. 1103-1104.
- ↑ Viterbo 1962, pp. 67-69.
- ↑ Lorelai 2015, pp. 255-256.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barreto, Abeillard (1973). Bibliografia sul-riograndense: a contribuição o portuguesa e estrangeira para o conhecimento e a integração o do Rio Grande do Sul. Volume 1. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura. pp. 1102–1104
- Bicalho, Maria (1998). «O urbanismo colonial e os símbolos do poder: o exemplo do Rio de Janeiro nos séculos XVII e XVIII». Estudos Ibero-Americanos. 24 (1): 31-57
- Lorelai, Kury (2015). «O Naturalista Veloso». São Paulo. Revista de História (172): 243-277
- Tonera, Roberto; Oliveira, Mário (2015). As defesas da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro em 1786. Florianópolis: Edufsc. pp. 17–21. ISBN 9788532807205
- Viterbo, Sousa (1962). Expedições científico-militares enviadas ao Brasil. Volume 1. Lisboa: Edições Panorama. pp. 67–69
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Biblioteca Nacional Digital»
- «Biblioteca Digital Luso-Brasileira»
- Plano topografico do continente do Rio Grande e da Ilha de Santa Catharina..., 1797, na Biblioteca Nacional de Portugal