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José Nunes da Silveira

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José Nunes da Silveira
Nascimento 24 de junho de 1754
Madalena
Morte 16 de junho de 1833
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação Capitão, mercador, político

José Nunes da Silveira (Madalena do Pico, 24 de junho de 1754 - Lisboa, 16 de junho de 1833) foi um importante negociante de grosso trato, marinheiro e político liberal. Se destacou como membro da Junta Provisória do Supremo Governo do Reino, pós Revolução Liberal do Porto, em 24 de agosto de 1820

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

J. G. Reis Leite José Nunes da Silveira nasceu em 24 de junho de 1754. Era filho de José Nunes e Rita Clara de Jesus Goulart, pertencente a uma família sem posses na ilha do Pico, nos Açores. Nunes da Silveira empregou-se na marinha. Aos poucos foi subindo na hierarquia, chegando ao cargo de piloto e posteriormente capitão[1].

Comércio[editar | editar código-fonte]

Nunes da Silveira se consolidou como negociante envolvendo-se com o comércio de grosso trato[1]. Sua primeira embarcação de carreira (na rota de Lisboa à Macau) foi como co-propriedade, conjuntamente a José Inácio de Andrade[2]. Aos poucos foi adquirindo mais embarcações. Em 1818 comprou as brigues Delfim[3] e Golfinhos, também era proprietário do bergatim São Felipe Neri[4], e das galeras Nova Aliança, Correio da Ásia[5] e Carolina, para viagens ao Oriente, e das escunas Voadora[6], Circe[7], Andorrinha[8], Ligeira[9] para viagens entre Portugal e Açores / Madeira / Canárias.

Política[editar | editar código-fonte]

Tornou-se ativo na política antes, durante e depois da Revolução do Porto, em 1820. Foi um dos doze membros da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que foi instituída em substituição do conselho de Regência. Foi ainda membro da Junta Preparatória das Cortes, embora não tenha ingressado nas Cortes posteriormente, devido, sobretudo, à sua situação física[1].

Doença e morte[editar | editar código-fonte]

Sofreu, no alvorecer da década de 20 um ataque apoplético (AVC - Acidente Vascular Cerebral), ficando meio paralítico até a sua morte. Faleceu na capital Lisboa, em 1833, pouco antes do fim do conflito Miguelista. Morreu solteiro, mas possuía filhos reconhecidos, no total 5: Lino da Silveira, José Silveira, Capitolina Nunes da Silveira e Francisco da Silveira, esses filhos de Umbelina Xavier de Carvalho, e Joaquim Nunes da Silveira, filho de Rita Clara Pereira[1].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d DRC. «Direção Regional da Cultura». Cultura Açores. Consultado em 16 de julho de 2023 
  2. Ferreira de Serpa, "Dois açoreanos no «Governo Interino» proclamado em 15 de Setembro de 1820 e depois na «Junta Provisional do Governo Supremo do Reino»". Arquivo da Universidade de Coimbra, vol. 4, pp. 139 e seg., Coimbra, 1917.
  3. «Portal Português de Arquivos - REQUERIMENTO do negociante, José Nunes da Silveira, solicitando autorização de embarque de 14 pessoas no iate "Santo Cristo", que vai para a Madeira, a fim de irem buscar o brigue "Delfim", fundeado na ilha e que segue viajem para Macau.». portal.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  4. «Portal Português de Arquivos - REQUERIMENTO do mestre José Franco, do bergantim São Felipe Neri, do qual é senhorio José Nunes da Silveira, à rainha [D. Maria I] solicitando passaporte para Montevidéu, voltando para Lisboa, com escala em algum dos portos do Brasil.». portal.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  5. «Portal Português de Arquivos - TERMO DE JURAMENTO do secretário da Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, José Acúrsio das Neves, certificando José Nunes da Silveira, como senhorio da galera "Correio de Ásia", de que é mestre Francisco de Borja Antunes e Silva.». portal.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  6. «PASSAPORTE da escuna "Voadora", de que é senhorio José Nunes da Silveira, para seguir viagem para a Madeira, Açores e regressar a Lisboa. - Arquivo Histórico Ultramarino». digitarq.ahu.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  7. «PASSAPORTES (2) da escuna "Circe", de que é senhorio José Nunes da Silveira, para seguir viagem para a Madeira e Açores. - Arquivo Histórico Ultramarino». digitarq.ahu.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  8. «PASSAPORTES (7) da escuna "Andorinha", de que é senhorio José Nunes da Silveira, para seguir viagem para a Madeira e Canárias. - Arquivo Histórico Ultramarino». digitarq.ahu.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023 
  9. «PASSAPORTE da escuna "Ligeira", de que é senhorio José Nunes da Silveira, para seguir viagem para a Madeira, Açores e Cabo Verde. - Arquivo Histórico Ultramarino». digitarq.ahu.arquivos.pt. Consultado em 16 de julho de 2023