José Sarmento Matos
José Sarmento Matos | |
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Nascimento | 27 de novembro de 1988 (35 anos) Lisboa, Portugal |
Residência | Londres, Reino Unido |
Nacionalidade | português |
Alma mater | London College of Communication |
Ocupação | Fotografia documental |
Página oficial | |
josesmatos.com |
José Sarmento Matos (Lisboa, 27 de novembro de 1988) é um fotógrafo documental português radicado em Londres, no Reino Unido.[1]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Sarmento Matos concentra o seu trabalho de fotografia independente em projetos de longo/médio prazo. “How Can I Help You?”, trabalho realizado em 2016, é uma história sobre a vida dos trabalhadores sem rosto de call centers na Índia e nas Filipinas, publicada em diversos títulos da imprensa internacional. Este projeto também foi exposto no Espaço Santa Catarina, em Lisboa, em 2017.[2]
Como jornalista e fotógrafo, o português tem vindo a cobrir temas relacionados com a desigualdade social, racial e de identidade, analisando questões relevantes do mundo contemporâneo, com especial enfoque nas histórias pessoais de cada um. Ao mesmo tempo, Sarmento Matos também canaliza muito da sua atenção para a fotografia de rua, documentando o quotidiano de Londres, cidade onde reside há diversos anos.
Em 2014, concluiu o mestrado em Fotografia Documental e Fotojornalismo no London College of Communication. Também em Londres, iniciou, um ano antes, a série fotográfica "Documenting East London", que foi exibida em Lisboa, no Espaço Cultural das Mercês, em março de 2019, bem como publicada no "The Lens Blog" do New York Times.[3]
Foi premiado pela Magnum Photos, em 2015, como um dos 30 melhores fotógrafos com menos de 30 anos no mundo, com o "Turning The Page".[4] Desenvolvido em Portugal, o projeto centrou-se na mudança de indivíduos traumatizados em consequência de crimes violentos. Este projeto esteve exposto em diferentes galerias em Portugal, desde novembro de 2015 até finais de 2016, e em 2015 foi exibido numa exposição da Organização das Nações Unidas em Paris co-organizado com a Dysturb.[4]
Também em 2015 fez parte do projeto Sea Change, um colectivo de fotografia documental sobre os jovens europeus de hoje e como estes estavam a lidar com a crise social e financeira na Europa. O projeto foi publicado em formato de livro e exibido em galerias e espaços de cidades como Londres, Oslo, Berlim, Stavanger e Viena.[5]
De 2017 a 2019 pesquisou e canalizou o seu trabalho para documentar a diáspora portuguesa na Venezuela e o fenómeno da emigração invertida que acontecia em Portugal. "Venezuelan Dream" é a história de uma família migrante e a sua perda de pertença e identidade. Esta história foi publicada no jornal norte-americano The Washington Post.[6]
Em 2020, arrecadou o prémio principal do Estação Imagem[7] e tornou-se bolseiro da National Geographic Society[8] depois de receber uma bolsa de emergência para trabalhar num projeto com a comunidade do bairro da Jamaica, no Seixal, em Portugal, sobre habitação e desigualdade racial em tempos de pandemia COVID-19. Desta colaboração resultou o filme "Jamaika", exibido no Doc Lisboa 2021, e uma exposição no museu MAAT, em Lisboa, no mesmo ano. No decorrer desse projeto, em 2024, publicou por conta própria o livro "Jamaika".[9]
Além de trabalhar em diversos projetos pessoais, tem sido colaborador freelancer de títulos como o The New York Times, The Washington Post, Bloomberg, Le Monde, Libération, Newsweek, The Guardian ou Al Jazeera, entre muitos outros.
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]É sobrinho do renomado historiador e olisipógrafo português José Sarmento de Matos, falecido em 28 de Outubro de 2018.
Exposições
[editar | editar código-fonte]- 2024 - "Jamaika" na Narrativa, em Lisboa, Portugal[10]
- 2021 - "Jamaika também é Portugal" no MAAT, em Lisboa, Portugal[11]
- 2019 - "Documenting East London" no Espaço Cultural das Mercês, em Lisboa, Portugal[12]
- 2017 - "How Can I Help You?" - Espaço Santa Catarina, em Lisboa, Portugal[13]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «About José Sarmento Matos». josesmatos.com. Consultado em 20 de março de 2024
- ↑ «Jose Sarmento Matos Humanizes the Outsourced Call Center». duggal.com. Consultado em 3 de abril de 2017
- ↑ «Street Photography That Elevates Scenes of Everyday Life in East London». nytimes.com. Consultado em 20 de março de 2019
- ↑ a b «"30 Under 30": fotojornalistas portugueses entre os vencedores». Público. publico.pt. 9 de Fevereiro de 2015. Consultado em 20 de março de 2024
- ↑ «Sea Change - Portugal». visura.co. Consultado em 1 de novembro de 2017
- ↑ «José Sarmento Matos vence Prémio Estação Imagem com reportagem sobre a Venezuela». washingtonpost.com. Consultado em 29 de maio de 2020
- ↑ «José Sarmento Matos vence Prémio Estação Imagem com reportagem sobre a Venezuela». publico.pt. Consultado em 18 de julho de 2020
- ↑ «Jamaika – Um retrato da desigualdade no acesso a habitação em Portugal». nationalgeographicbrasil.com. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ «Exposição fotográfica de José Sarmento Matos dá a conhecer história do Bairro da Jamaica». comunidadeculturaearte.com. Consultado em 6 de janeiro de 2024
- ↑ «José Sarmento Matos: "Consegui documentar o realojamento do Jamaica porque me escondia. Quando me apanhavam, tiravam-me de lá com a PJ"». setentaequatro.pt. Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ «Até setembro, o Bairro da Jamaica está em exposição no MAAT». nit.pt. Consultado em 15 de abril de 2021
- ↑ «Gentrificação: uma viagem a East London pela lente de José Sarmento Matos». publico.pt. Consultado em 11 de março de 2019
- ↑ «How Can I Help You? – um fotógrafo português nos bastidores dos call centers». publico.pt. Consultado em 22 de setembro de 2017
Ligações externas
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