Josefina Guerrero
Josefina Guerrero | |
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Nascimento | 1917 Lucban |
Morte | 1996 (79 anos) Washington DC |
Nacionalidade | Filipina |
Ocupação | Espiã na Segunda Guerra Mundial |
Prêmios | Medalha da Liberdade com Palma de Prata |
Josefina Guerrero (Lucban, 1917 - Washington DC, 1996) atuou como espiã da guerrilha filipina, durante a Segunda Guerra Mundial, a favor dos Estados Unidos contra a invasão japonesa nas Filipinas. Foi condecorada com a Medalha da Liberdade com Palma de Prata, pelo presidente Harry Truman.[1][2][3][4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Guerrero nasceu no ano de 1917, em Lucban. Foi criada por freiras católicas, pois ficou órfã ainda criança. Aos 16 anos, casou-se; e três anos depois, tiveram uma filha.[5]
Guerrero recebeu o diagnóstico de hanseníase, em 1941. Durante a Segunda Grande Guerra, quando os japoneses invadiram as Filipinas em 1942, o medicamento entrou em escassez e a doença piorou. Seu marido a deixou e foi separada de sua filha de 2 anos. Guerrero entrou em contato com guerrilheiros filipinos que atuavam em Manila. Tornou-se espiã da guerrilha, e a chamavam de Joey. Por acreditarem ser uma doença altamente contagiosa, os soldados japoneses não faziam revistas corporais em Guerrero, assim conseguia transportar mensagens, passar informações sobre locais com armas e os mapas de fortificações. Em 21 de Setembro de 1944, com as informações dadas por Guerrero, a tropa dos Estados Unidos conseguiu destruir as defesas japonesas no porto de Manila.[1][2][4][6]
Em janeiro de 1945, recebeu uma das mais difíceis missões, que era levar um mapa dos campos minados para a 37ª Divisão de Infantaria americana que estava baseada em Calumpit. Precisou percorrer aproximadamente 56 quilômetros em uma zona de combate ativa. Depois de concluir sua missão, ajudou com os soldados e civis feridos e a abrigar as crianças em local seguro.[2][3][4]
Com o final da guerra, Guerrero foi exilada para o Leprosário Tala, em Novaliches. Observando as condições precárias do estabelecimento, enviou uma carta a um amigo norte-americano, relatando as condições do local. A carta chegou até o capelão do Leprosário Nacional dos Estados Unidos, em Carville. Devido a carta de Guerrero, o governo filipino melhorou a situação do leprosário; Em 10 de julho de 1948, Guerrero recebeu um visto para fazer tratamento para a hanseníase em Carville; e em 1957, sua doença entrou em remissão, recebendo alta do leprosário americano. Para não ser deportada, contou com a ajuda de militares, membros da imprensa e advogados, para obter a residência permanente. Teve dificuldade em permanecer em um emprego devido ao histórico de sua doença. Mudou-se para diversos lugares, até se estabelecer em Washington DC., onde faleceu em 1996.[1][2][3][6]
Referências
- ↑ a b c «5 mulheres espias que ajudaram a ganhar uma guerra». National Geographic. 19 de junho de 2023. Consultado em 24 de agosto de 2023
- ↑ a b c d Haupt, Lea Schram von (15 de maio de 2020). «From Outcast to Spy to Outcast: The War Hero with Hansen's Disease». The National WWII Museum (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ a b c Proceedings of the Stated Convention of the ... National Encampment (em inglês). [S.l.]: United Spanish War Veterans. U.S. Government Printing Office. 1953
- ↑ a b c «HEROES: Joey». Time (em inglês). 19 de julho de 1948. ISSN 0040-781X. Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ «Josefina Guerrero - Outcast, Spy, Citizen». Veteran Stories (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2023
- ↑ a b Fratus, Matt (31 de agosto de 1977). «'I'm a Leper': How a Filipina Spy Exploited Her Disease for Espionage in World War II». Coffee or Die Magazine (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2023
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Montgomery, Ben. (2016). The Leper Spy: The Story of an Unlikely Hero of World War II. Chicago Review Press. ISBN 9781613734308. (em inglês).