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Léa Aparecida de Oliveira

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Léa Aparecida de Oliveira
Vereadora do município de Mauá
Período 1983
a 1988
Dados pessoais
Nascimento 15 de novembro de 1955
Distrito de Crisólia, Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil
Morte 19 de junho de 1988 (32 anos)
Mauá, SP, Brasil
Nacionalidade brasileira
Partido PT
Profissão Metalúrgica, política e poeta

Léa Aparecida de Oliveira (Distrito de Crisólia, Ouro Fino, 14 de novembro de 1955Mauá, 19 de junho de 1988) foi uma metalúrgica, escritora e ativista política brasileira, vereadora pelo município de Mauá, na Grande São Paulo.

Metalúrgica e ativista política pelos direitos dos trabalhadores, Léa era atuante em várias greves trabalhistas no final dos anos 1970 e começo dos anso 1980. Foi eleita vereadora para a Câmara Municipal de Mauá em 1982, ficando no mandato até 1988.

Léa nasceu em 1955, no distrito de Crisólia, município de Ouro Fino, em Minas Gerais. O distrito era um tema recorrente de seus poemas. Na década de 1960, a família mudou-se para São Paulo, onde fixou residência na cidade de Mauá. Foi atuante na Sociedade Amigos de Bairro, do Jardim Anchieta, onde o embrião de seu ativismo começou.[1]

Ingressou na indústria metalúrgica, onde trabalhou de 1974 a 1982. Atuante nos movimentos dos trabalhadores, Léa participou da Comissão de Fábrica da Constanta (Grupo Philips), em Ribeirão Pires e liderou um movimento grevista de dentro da própria fábrica. Por sua liderança na greve, Léa foi presa na portaria da fábrica e levada para o DOPS para interrogatório. Ficou presa por vários dias, onde foi torturada e saiu com uma clavícula quebrada.[1]

Decidiu viajar para a União Soviética, fugindo da perseguição política, mas a polícia foi até sua casa para procurá-la. De volta ao Brasil, a direção da Constanta lhe deu uma promoção no escritório da empresa, de maneira a afastá-la do meio dos trabalhadores. Insatisfeita, em 1979 Léa deixou a Constanta e foi trabalhar no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, de junho de 1982 a março de 1983.[1]

Léa foi atuante em vários movimentos grevistas da região do ABC paulista em 1979 e 1980, além de ter sido membro do Comitê pela Anistia.[1]

Em 1982, Léa elegeu-se vereadora do município de Mauá, pelo Partido dos Trabalhadores (PT).[2] Dentro do partido, foi membro do Diretório Regional do PT em São Paulo e líder da bancada na Câmara Municipal de Mauá. Foi membro atuante em vários movimentos populares como a criação do Movimento Ecológico contra a poluição da represa Billings, o movimento que impediu a venda das praças centrais de Mauá, participou da Comissão de Inquérito para averiguar a situação do Hospital e Sanatório Capiburgo, em Mauá e participou de várias greves de movimentos trabalhistas como a greve dos motoristas, dos bancários e dos operários da fábrica da Cerâmica Nara.[1]

Em 1986, candidatou-se à deputada estadual, novamente pelo PT.[1]

Perto do final do mandato, Léa decidiu se dedicar às artes, sentindo-se decepcionada com os rumos da política e por não conseguir levar adiante vários projetos devido a correntes internas do partido e pela oposição de partidos contrários à sua atuação. Assim, Léa passou um mês na Colômbia, estudanto arte dramática.[1]

Em seu retorno, Léa obteve uma vitória na câmara, impedindo uma coligação do PT com o PSB. Ao sair da câmara, em 19 de junho de 1988, Léa sofreu um grave acidente de carro e morreu no local, na saída de Mauá, aos 32 anos.[1]

Em 15 de fevereiro de 1990 o então governador de São Paulo Orestes Quércia promulgou a Lei Nº 6.708, que mudou o nome da EEPG Parque das Américas II, em Mauá, para Vereadora Léa Aparecida de Oliveira em sua homenagem.[3]

Publicações

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  • Revoada de Pássaros Negros, Edições Mariposa, 1980
  • O Sol e Eles, Massao Ohno Editores, l981;
  • Etikêta com Peixes e Batatinhas, produção independente, sem data;
  • Talvez Amanheça, Poemas Manuscritos, 1984;


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Referências

  1. a b c d e f g h Iracema M. Régis (ed.). «Léa Aparecida de Oliveira». Vinte Cultura e Sociedade. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  2. «Vereadores - Histórico - Ano de 1983». Câmara Municipal de Mauá. Consultado em 19 de novembro de 2023 
  3. «Lei Nº 6.708, de 15 de fevereiro de 1990». Assembleia Legislativa de Sâo Paulo. Consultado em 19 de novembro de 2023