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Lúcia Delor

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Lúcia Delor
Lúcia Delor
Lúcia Delor, 1943
Nome completo Leonor da Silva Genari[1]
Pseudônimo(s) Lúcia da Silva Genari Mônaco[1]
Outros nomes Lúcia Delor, Lúcia Genari
Conhecido(a) por Lucia Genar
Nascimento 20 de março de 1910[1]
São Paulo, SP
Morte 22 de maio de 1986 (76 anos)[1]
Rio de Janeiro, RJ
Causa da morte Septicemia e falência múltipla dos órgãos em decorrência do Mal de Alzheimer[1]
Residência Rio de Janeiro, DF
Nacionalidade brasileira
Cidadania  Brasil
Progenitores Mãe: Palmira Silva[1]
Pai: Ângelo de Genari[1]
Parentesco Diva Sônia (irmã)[1]
Cônjuge Armindo Di Mônaco (c. 1927–33)[1]
Delorges Caminha (c. 1933–44)
Filho(a)(s) Maria do Céu e Renato
Ocupação atriz, radioatriz, radialista, locutora e dubladora
Período de atividade 1933-1983

Lúcia Delor, nome artístico de Leonor da Silva Genari[1](São Paulo, 20 de março de 1910[1]Rio de Janeiro, 22 de maio de 1986[2][1]) foi uma atriz, radioatriz, radialista, locutora e dubladora brasileira. Mais voltada ao teatro e ao rádio, teve poucas atuações no cinema, No Começo foi acreditada como Lúcia Genari.[1]

Foi colega de trabalho de Mário Lago na Rádio Nacional, onde atuou em diversas radionovelas.[3][4]

Filha da também atriz Palmira Silva (nome artístico da luso-brasileira Palmyra da Silva Campos), e irmã de Diva Sônia, que também atuava[5] (este era o nome artístico da irmã, que na verdade se chamava Olímpia); Delor se casou com apenas treze anos de idade, com Armindo Di Mônaco, com quem teve dois filhos Diamela (1928) e Renato (c. 1930); com o marido passou a morar na cidade fluminense de Campos dos Goytacazes onde, em 1933 e já separada do esposo, conheceu a companhia teatral de Jayme Costa que a convida para dela fazer parte, assinalando no ano seguinte sua estreia na peça Berenice e sua mudança para a capital do estado, adotando o nome artístico de Lúcia Delor.[6]

Na companhia conheceu o ator Delorges Caminha e logo se casaram, formando par romântico e trabalhando juntos em várias companhias teatrais.[6] Em 1936 ingressa na companhia de Procópio Ferreira, em que trabalha ao lado de nomes como Paulo Gracindo; no ano seguinte faz parte da companhia de Darcy Cazarré e em 1938 o companheiro monta a Companhia Brasileira de Comédias Delorges Caminha na qual a atriz participa de seu maior número de peças; neste trabalho percorre todo o país, até diminuir o trabalho no teatro em 1944 quando, após algumas participações no rádio, ela é contratada junto ao marido pela Rádio Transmissora (futura Rádio Globo) que, então, encerra sua companhia; ambos então dedicam-se principalmente ao trabalho no rádio, passando por várias emissoras cariocas.[6]

Em 1968 retoma o trabalho teatral na companhia de Eva Todor, atuando em várias peças. Sua filha Diamela, com o nome artístico de Maria do Céu, também foi atriz. Na década de 1980 Delor foi diagnosticada com demência e, sob os cuidados da filha, passou por vários internamentos até vir a falecer de septicemia e falência múltipla de órgãos em decorrência do Mal de Alzheimer[1], em 22 de maio de 1986; seu filho Renato morrera pouco antes, de alcoolismo.[6]

Trabalho artístico

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Ano Título Personagem
1936 Bonequinha de Seda Secretária de João
1949 Pinguinho de Gente Mathilde

Delor atuou, entre outras, nas seguintes peças teatrais:

Radionovelas e programas de rádio

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Na Rádio Tupi atuou em:[6]

  • Nada (1938)
  • Dois Contra uma Cidade Inteira (1943)
  • Não Estamos Sós (1943)
  • Teatrinho de Eva (programa, 1943)

Na Rádio Globo:[6]

  • Os Imigrantes (1945)
  • Os Filhos Mandam (1945)
  • O Passado Não Volta (1945)
  • Demônio Branco (1945)
  • Garoa (1946)
  • Nas Trevas do Passado (1947)
  • A Menina do Estoril (1947)
  • Capricho (1947)
  • A Volta (1947)
  • A Mentira (1948)
  • Naufrágio (1948)
  • Um Violino na Sombra (1948)
  • Tudo Um Amor (1949)
  • Estranho Hóspede (1949)
  • Bocage (1950) (de Amaral Gurgel)

Na rádio Mundial:[6]

  • A Mentira (1955)
  • Enquanto o Sono Não Chega (1956)
  • A Vida de São Francisco de Paula (1956)

Em 1957, pela Rádio Nacional:[6]

  • ...E Meu Filho Não Voltou
  • Calúnia
  • A Eterna Presença do Pecado
  • O Destino Não Tem Fronteiras
  • Tortura de Uma Traição
  • O Cavaleiro da Noite

Delor não teve muita presença na televisão; pela TV Rio atuou em algumas apresentações ao vivo de teleteatro, em peças como Nossos Filhos (1958) sob direção de Floriano Faissal.[6]

Em 1970 é contratada pela Herbert Richers e realiza vários trabalhos de dublagem; entre seus principais trabalhos está a Vovó Esther Walton, na série Os Waltons, ou a Vovó Dulcina do desenho animado Precious Pupp (Xodó da Vovó, no Brasil).[6]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n Lúcia Delor
  2. Antônio Abreu (7 de setembro de 1987). «Dublador, mal pago quase anônimo». Rio de Janeiro. Tribuna da Imprensa (11696): 1. Consultado em 24 de novembro de 2017. Caderno Tribuna BIS 
  3. Na rolança do tempo. Mário Lago. Ed. Civilização Brasileira (1976)
  4. Almanaque da Rádio Nacional. Ronaldo Conde Aguiar. Casa da Palavra. ISBN 9788577340828 (2007)
  5. Institucional. «Palmyra da Silva Campos». O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 
  6. a b c d e f g h i j k l m n o «Dubladores: Lúcia Delor». Casa da Dublagem. Consultado em 24 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 25 de novembro de 2017 
  7. Institucional (23 de fevereiro de 2017). «Sexo». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 
  8. Institucional (23 de fevereiro de 2017). «Iáiá Boneca». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 
  9. Mário Nunes (20 de abril de 1938). «Glória: A Mulher que Todos Querem». Jornal do Brasil (Ano XLVIII, N. 90): 9. Consultado em 23 de novembro de 2017 
  10. Institucional (23 de fevereiro de 2017). «O Maluco Número 4». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 
  11. Institucional (23 de fevereiro de 2017). «Pertinho do Céu». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 
  12. «Senhora na Boca do Lixo». enciclopedia.itaucultural.org.br. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  13. Institucional (23 de fevereiro de 2017). «A Celestina». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 23 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2017 }
  14. Yan Michalski (29 de junho de 1970). «Jovens e velhos em duas peças nacionais». Jornal do Brasil (Ano LXXX, N. 71): 2. Disponível no acervo digital da Biblioteca Nacional 

Ligações externas

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