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Labilidade emocional

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Labilidade emocional
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Labilidade emocional é um sintoma ou sinal médico, incluído na desregulagem emocional/afetiva, caracterizado por mudanças exageradas e sucessivas no humor, sentimentos e/ou emoções.[1][2] Algumas vezes, as emoções expressas externamente podem ser muito diferentes de como a pessoa se sente internamente. Essas emoções intensas podem ser uma resposta desproporcional a algo que aconteceu (um gatilho), mas também podem ocorrer sem gatilhos. A pessoa com labilidade emocional costuma se sentir impotente sobre o controle de suas emoções. Por exemplo, alguém pode chorar incontrolavelmente em resposta a alguma emoção intensa, mesmo que não se sinta triste ou infeliz.[3]

Psicopatologia

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A labilidade emocional foi relatada em várias condições psicológicas, incluindo transtorno de personalidade limítrofe,[4] transtorno de personalidade histriônica,[5] na fase maníaca ou hipomaníaca do transtorno bipolar[6] em transtornos neurológicos ou lesão cerebral (chamada de afeto pseudobulbar), que pode acontecer após um derrame.[7] Algumas pesquisas clínicas limitadas sugerem que pode ser um indicativo para o surgimento de algumas formas de doenças da tireóide.[8] A labilidade emocional também pode ser resultado do abuso de drogas, como bebidas alcoólicas e benzodiazepínicos.[9] Também pode ser um sintoma do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).[10][11]

As crianças com labilidade emocional severa costumam possuir baixa tolerância à frustração e lidam com crises de choro e/ou raiva frequentes.[2] Durante a fase pré-escolar, o TDAH com labilidade emocional estão associados a um agravamento múltiplo dos sintomas, podendo ser um indicativo de outras comorbidades.[11] As crianças negligenciadas são mais suscetíveis à desregulagem emocional, incluindo labilidade.[12]

Alguns gatilhos (ou fatores desencadeadores) de crises de labilidade emocional incluem:[13]

  • Cansaço excessivo
  • Estresse ou ansiedade
  • Sentidos sensibilizados (por exemplo em locais com muito barulho)
  • Situações demasiadamente tristes ou felizes

Referências

  1. Acquired Brain Injury Outreach Service (2011). «Understanding Emotional Lability» (PDF). The State of Queensland (Queensland Health). Consultado em 6 de janeiro de 2017 
  2. a b Posner, Jonathan; Kass, Erica; Hulvershorn, Leslie (19 de agosto de 2014). «Using Stimulants to Treat ADHD-Related Emotional Lability». Springer Nature. Current Psychiatry Reports. 16. 478 páginas. ISSN 1523-3812. PMC 4243526Acessível livremente. PMID 25135778. doi:10.1007/s11920-014-0478-4 
  3. Acquired Brain Injury Outreach Service (2011). «Understanding Emotional Lability» (PDF). The State of Queensland (Queensland Health). Consultado em 6 de janeiro de 2017 
  4. Paris, Joel (1993). Borderline Personality Disorder: Etiology and Treatment. [S.l.]: American Psychiatric Pub. ISBN 978-0-88048-408-4. OCLC 25281982 
  5. Kernberg, Otto F. (27 de setembro de 1995). Aggression in Personality Disorders and Perversions. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 978-0-300-06508-4. OCLC 25965238 
  6. Fortinash, Katherine M.; Worret, Patricia A. Holoday (13 de junho de 2014). Psychiatric Mental Health Nursing. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. ISBN 978-0-323-29327-3. OCLC 960964818 
  7. Kim, Jong S. (30 de setembro de 2016). «Post-stroke Mood and Emotional Disturbances: Pharmacological Therapy Based on Mechanisms». Korean Stroke Society. Journal of Stroke. 18: 244–255. ISSN 2287-6391. PMC 5066431Acessível livremente. PMID 27733031. doi:10.5853/jos.2016.01144 
  8. Michelle Cassara (20 de agosto de 2002). «Hyperthyroidism» (PDF) 
  9. Stark, Margaret M.; Payne-James, J. Jason (30 de abril de 2009). Symptoms and Signs of Substance Misuse. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-13727-0. OCLC 656492372 
  10. Cooper, Ruth E; Tye, Charlotte; Kuntsi, Jonna; Vassos, Evangelos; Asherson, Philip (15 de janeiro de 2016). «The effect of omega-3 polyunsaturated fatty acid supplementation on emotional dysregulation, oppositional behaviour and conduct problems in ADHD: A systematic review and meta-analysis». Elsevier BV. Journal of Affective Disorders. 190: 474–482. ISSN 0165-0327. PMID 26551407. doi:10.1016/j.jad.2015.09.053 
  11. a b Maire, Jenna; Galéra, Cédric; Meyer, Eric; Salla, Julie; Michel, Grégory (junho de 2016). «Is emotional lability a marker for attention deficit hyperactivity disorder, anxiety and aggression symptoms in preschoolers?». Child and Adolescent Mental Health. 22: 77–83. PMID 32680322. doi:10.1111/camh.12168 
  12. Maguire, S. A.; Williams, B.; Naughton, A. M.; Cowley, L. E.; Tempest, V.; Mann, M. K.; Teague, M.; Kemp, A. M. (3 de março de 2015). «A systematic review of the emotional, behavioural and cognitive features exhibited by school-aged children experiencing neglect or emotional abuse». Wiley. Child: Care, Health and Development. 41: 641–653. ISSN 0305-1862. PMID 25733080. doi:10.1111/cch.12227 
  13. Acquired Brain Injury Outreach Service (2011). «Understanding Emotional Lability» (PDF). The State of Queensland (Queensland Health). Consultado em 6 de janeiro de 2017 


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