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Lanio cristatus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTiê-galo
Macho
Macho
Fêmea no Parque Estadual Restinga de Bertioga, em São Paulo, Brasil.
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Thraupidae
Gênero: Lanio
Espécie: L. cristatus
Nome binomial
Lanio cristatus
(Linnaeus, 1766)
Distribuição geográfica

Sinónimos
  • Tanagra cristata Linnaeus, 1766
  • Tachyphonus nattereri Pelzeln, 1870

Lanio cristatus, conhecido popularmente como tiê-galo, é uma espécie de ave da família Thraupidae. É encontrado em Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname, e Venezuela. Seu habitat natral é a floresta úmida e matagais secos tropicais ou subtropicais. São reconhecidas dez subespécies.[2]

Em 1760 o zoólogo francês Mathurin Jacques Brisson incluiu uma descrição do tiê-galo no suplemento de seu Ornithologie baseado em um espécime coletado em Caiena, Guiana Francesa. Ele usou o nome francês Le tangara noir hupé de Cayenne e o nome em latim Tangara cayanensis nigra cristata.[3] Embora Brisson tenha cunhado nomes em latim, esses não estão em conformidade com a nomenclatura binomial e não são reconhecidos pela Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica.[4] Quando em 1766 o naturalista sueco Carl Linnaeus atualizou seu Systema Naturae para a 12ª edição, este adicionou 240 espécies que haviam sido descritas anteriormente por Brisson em sua Ornithologie, sendo um deles o tiê-galo.[4] Linnaeus incluiu uma descrição concisa, cunhou o nome binomial Tanagra cristata e citou o trabalho de Brisson.[5] O nome específico é do latim e significa "emplumado" ou "com crista".[6] São reconhecidas dez subespécies.[7]

O tiê-galo mede aproximadamente 15 cm de comprimento e pesa em torno de 20 g. O macho tem a cabeça preta, meio da garganta pardo-alaranjado e crista achatada vermelho-alaranjada. A parte superior do corpo é preta com um uropígio dourado enquanto a parte inferior é preto-acastanhada escura. A parte de baixo das asas é branca. A fêmea é marrom-acanelada por cima e pardo-alaranjada por baixo.[8][2][9]

Distribuição e habitat

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Esta espécie é nativa de florestas de várzea na metade norte da América do Sul. Existem duas populações disjuntas, a maior cobrindo a maior parte da Bacia Amazônica no Brasil, partes do sul da Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa e partes do leste da Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. A parte separada da extensão é ocupada pela subespécie L. c. brunneus e cobre uma faixa costeira do Brasil de Recife a Curitiba.[1]

Conservação

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O tiê-galo é uma espécie bastante comum com uma distribuição muito ampla. A população não foi quantificada, mas a tendência parece estável e a população total é considerada grande. Por essas razões, a IUCN classificou o status de conservação da ave como sendo pouco preocupante.[1]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2012). «Tachyphonus cristatus». IUCN Red List of Threatened Species. 2012. IUCN. p. e.T22722380A39978201. doi:10.2305/IUCN.UK.2012-1.RLTS.T22722380A39978201.en 
  2. a b Hilly, S. (2011). «Flame-crested Tanager (Tachyphonus cristatus. Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 2 de Setembro de 2015 
  3. Brisson, Mathurin Jacques (1760). Ornithologie, ou, Méthode contenant la division des oiseaux en ordres, sections, genres, especes & leurs variétés (em francês e latim). Supplement. Paris: Jean-Baptiste Bauche. pp. 65–67, Prancha 4 fig. 3  As duas estrelas (**) no início do parágrafo indicam que Brisson baseou sua descrição no exame de um espécime.
  4. a b Allen, J.A. (1910). «Collation of Brisson's genera of birds with those of Linnaeus». Bulletin of the American Museum of Natural History. 28. pp. 317–335 
  5. Linnaeus, Carl (1766). Systema naturae : per regna tria natura, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis (em latim). Volume 1, Part 1 12th ed. Holmiae (Stockholm): Laurentii Salvii. p. 317 
  6. Jobling, J.A. (2018). del Hoyo, J.; Elliott, A.; Sargatal, J.; Christie, D.A.; de Juana, E., eds. «Key to Scientific Names in Ornithology». Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions. Consultado em 2 de Abril de 2018 
  7. Gill, Frank; Donsker, David, eds. (2018). «Tanagers and allies». World Bird List Version 8.1. International Ornithologists' Union. Consultado em 2 de Abril de 2018 
  8. Cyanocorax cyanomelas, p. 254, em Gwyne, John, Ridgely, Robert, Tudor, Guy & Argel, Martha, 2010. Aves do Brasil Vol.1 Pantanal e Cerrado. Editora Horizonte. ISBN 978-85-88031-38-8
  9. Ridgely, Robert S.; Guy, Tudor (1989). The Birds of South America: Volume 1: The Oscine Passerines. [S.l.]: University of Texas Press. p. 325. ISBN 978-0-292-70756-6 
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