Laodâmia (filha de Pirro II de Epiro)
Laodâmia | |
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Nascimento | século III a.C. Épiro |
Morte | século III a.C. Ambrácia |
Cidadania | Epirus |
Progenitores | |
Irmão(ã)(s) | Nereis of Epirus, Pyrrhus III |
Ocupação | monarca |
Título | princesa |
Laodâmia (segundo Justino) ou Deidâmia (segundo Polieno e Pausânias) foi uma rainha do Epiro, a última dos eácidas a governar o reino. Ela era filha de Pirro II do Epiro.[1][2][3]
Família
[editar | editar código-fonte]Olímpia II de Epiro e seu irmão, Alexandre II de Epiro,[Nota 1] tiveram três filhos, Pirro, Ptolemeu e Fítia.[4] Segundo Pausânias, Pirro era filho de Ptolemeu, e este era filho de Alexandre, filho de Pirro.[3]
Quando Alexandre morreu, Olímpia tornou-se guardiã dos filhos Pirro e Ptolemeu e, como os etólios queriam tomar parte da Acarnânia, procurou a aliança de Demétrio II da Macedônia.[4] Demétrio II da Macedônia já estava casado com uma irmã de Antíoco II Theos,[Nota 2] que, divorciada, foi até Antíoco II Theos, para que este fizesse guerra contra seu ex-marido.[4]
Os acarnânios, sem confiar no apoio do Epiro, pediram ajuda à Roma contra os etólios,[4] mas os etólios menosprezaram os romanos, porque eles haviam recentemente sido saqueados pelos gauleses e estavam sofrendo as consequências da Guerra Púnica, enquanto os etólios haviam resistido aos gauleses durante a invasão gaulesa da Grécia e menosprezaram os macedônios, mesmo quando seus reis eram Filipe e Alexandre, e continuaram o ataque contra o Epiro e a Acarnânia.[5]
Olímpia entregou o reino aos seus filhos, e Ptolemeu II de Epiro tornou-se rei após a morte do irmão Pirro II de Epiro.[1] Ptolemeu morreu de doença quando liderava suas tropas para a guerra, e logo depois Olímpia morreu, triste pela perda dos dois filhos.[1]
Reinado e morte
[editar | editar código-fonte]Os últimos sobreviventes da família real foram a jovem princesa Nereida e sua irmã Laodâmia; Nereida estava casada com Gelão II, filho do rei de Siracusa.[1][Nota 3]
Deidâmia atacou e tomou Ambrácia, para vingar a morte de Ptolemeu.[2] Quando os epirotas suplicaram pela paz, ela concordou, desde que eles aceitassem seus direitos hereditários, e honrassem seus ancestrais.[2] Eles então tramaram contra ela, e corromperam Nestor, um dos guardas de Alexandre, para assassiná-la, mas ele paralisou diante da sua majestade real, e voltou.[2]
Laodâmia fugiu para o altar de Diana [1] (Artemis Hegemone [2]), e foi assassinada pelo tumulto popular; seu assassino, Milon, ficou louco e se matou doze dias depois.[1] Milon havia assassinado a própria mãe, Philotera, e, quando estava assassinando Deidâmia ouviu dela a frase Este matricida está acumulando assassinato após assassinato.[2][Nota 4]
Consequências
[editar | editar código-fonte]De acordo com o texto de Justino, os deuses imortais puniram o Epiro com uma série de desastres pelo assassinato de Laodâmia, levando à quase total destruição do povo, com seca, fome, desordem civil e guerra.[1] De acordo com Pausânias, depois que os epirotes se livraram dos seus reis, eles ficaram sem controle e deixaram de ouvir seus magistrados, sendo devastados pelos ilírios que viviam no Mar Jônio ao norte do Epiro; este autor comenta que gostaria de ouvir de alguma democracia que tenha trazido prosperidade a alguma nação além de Atenas.[3]
Notas e referências
Notas
- ↑ Não confundir com Olímpia do Epiro e seu irmão Alexandre Molosso, respectivamente mãe e tio/cunhado de Alexandre, o Grande.
- ↑ Estratonice foi esta esposa de Demétrio II da Macedônia.
- ↑ Gelão II reinou junto com seu pai, Hierão II, tirano (ou rei) de Siracusa, mas morreu antes do pai.
- ↑ Frase da peça Orestes, de Eurípedes [em linha]
Referências
- ↑ a b c d e f g Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ a b c d e f Polieno, Estratagemas, 8.52 [em linha]
- ↑ a b c Pausânias, Descrição da Grécia [em linha]
- ↑ a b c d Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.1 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 28.2 [la] [en] [en] [fr] [ru]