Laparus doris
Laparus doris | |||||||||||||||||||||
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L. doris ssp. doris, em vista inferior.
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Laparus doris Linnaeus, 1771[1] | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Papilio doris Linnaeus, 1771 Papilio quirina Cramer, [1775] Papilio amathusia Cramer, [1777] Nerëis delila Hübner, [1813] Migonitis crenis Hübner, 1816 Crenis brylle Hübner, 1821 Heliconia dorimena Doubleday, 1847 Heliconius mars Staudinger, 1885 Heliconius erato Staudinger, 1897 Heliconius doris[1][2] |
Laparus doris (denominada popularmente, em língua inglesa, Doris Longwing)[3] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae, nativa do México e Honduras até Panamá e Trinidad, na América Central, e do norte e oeste da América do Sul, na Colômbia, Venezuela, Equador, Guianas, Peru e Bolívia, até a bacia do rio Amazonas, incluindo o Brasil. É a única espécie do seu gênero (táxon monotípico)[1], embora estudos moleculares pareçam comprovar sua validade no gênero Heliconius.[2] Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio doris, em 1771.[1] Suas lagartas se alimentam gregariamente de plantas do gênero Passiflora (família Passifloraceae).[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Embora a coloração das asas anteriores, predominantemente negras, em Laparus doris, seja muito similar entre suas subespécies, com uma marcação em amarelo pálido próxima ao ápice e outra maior, na área central e próxima à margem superior; nas suas asas posteriores podem ocorrer, em sua mancha raiada, uma série de cores quentes (laranja[5] e vermelho[6]) ou frias (azul[7] e verde[8]) que, em exemplares aberrantes, podem até se mesclar.[3][9][10][11] Em uma forma do Brasil e Venezuela, metarmina, as asas posteriores são quase inteiramente negras.[4][10][12] Outra característica de L. doris, facilmente perceptível, é que suas asas anteriores apresentam as margens mais retilíneas do que em Heliconius.[10]
Hábitos
[editar | editar código-fonte]Laparus doris ocorre de zero a 1.800 metros de altitude[2], voando nas clareiras de florestas em busca do néctar de flores para sua alimentação, individualmente ou em grupos de dois ou três.[4] Normalmente seus indivíduos voam rapidamente e à média altura.[2]
Raças
[editar | editar código-fonte]Existem quatro raças geográficas, nomeadas, de Laparus doris (bem como numerosos sinônimos associados às suas populações polimórficas):[1][2]
- Laparus doris doris - Descrita por Linnaeus em 1771. Encontrada nas Guianas, Colômbia, Brasil (Amazonas), Peru e Bolívia (localidade tipo: "Surinami" = Suriname).
- Laparus doris viridis - Descrita por Staudinger em 1885. Encontrada de Honduras ao Panamá (localidade tipo: Panamá).
- Laparus doris obscurus - Descrita por Weymer em 1891. Encontrada no Equador (localidade tipo: Colômbia, em Caucathal).
- Laparus doris dives - Descrita por Oberthür em 1920. Encontrada na Colômbia e Venezuela (localidade tipo: Colômbia).
Mimetismo
[editar | editar código-fonte]Como diversas espécies de Heliconiini apresentam sabor e odor desagradável para muitos predadores, Laparus doris está envolvido em relações de mimetismo mülleriano, mas também em relações de mimetismo batesiano, com outros insetos não pertencentes à sua tribo, como pode ser o caso do Pieridae Archonias brassolis.[13]
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Esta foto apresenta relações de mimetismo mülleriano entre Laparus doris, a sexta borboleta, em ordem de leitura, e outros Heliconiini como Heliconius erato, H. melpomene, H. burneyi e Neruda aoede.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f g Savela, Markku. «Laparus doris» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ a b c d e Beltrán, Margarita; Brower, Andrew V. Z. (2011). «Heliconius doris (Linnaeus, 1771)». Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ a b Davis, Kim; Stangeland, Mike (2009–2010). «Laparus doris viridis (Staudinger, 1885) - Pinned Specimens, page 1» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ a b c Hoskins, Adrian. «The Doris - Laparus doris (Linnaeus, 1771)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2009). «Laparus doris viridis (Staudinger, 1885) - citado como Heliconius doris viridis» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ Elliott, Anne (23 de agosto de 2011). «Doris Longwing / Laparus doris viridis» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ Venomator (20 de março de 2006). «Butterfly» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ Silvia (27 de agosto de 2011). «Green Doris Longwing» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ Davis, Kim; Stangeland, Mike (2009–2010). «Laparus doris viridis (Staudinger, 1885) - Pinned Specimens, page 2» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ a b c SMART, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). London: Salamander Books Ltd. p. 183. 274 páginas. ISBN 0-86101-101-5
- ↑ D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 98. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0
- ↑ Lamas, Gerardo. «Laparus doris, citado como Heliconius doris dives (Oberthür, 1920)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017.
Heliconius doris dives (TYPE of Heliconius doris metharmina f. fascinator Kaye, 1914, TL: Venezuela).
- ↑ Hoskins, Adrian. «Flase Doris - Archonias brassolis (Fabricius, 1776)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 28 de dezembro de 2017