Leóntine Zanta
Leóntine Zanta | |
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Nascimento | 1872[1] ou 1878[2] Mâcon, França |
Morte | 1942[2] |
Nacionalidade | francesa |
Alma mater | Universidade de Paris |
Ocupação | filósofa, jornalista, ativista política |
Magnum opus | La renaissance du stoïcisme au XVIe siècle |
Leóntine Zanta (Mâcon, França[3], 1872[1] ou 1878 - 1942) foi uma filósofa, escritora, jornalista e ativista política francesa no âmbito do feminismo. Ela fez parte da primeira geração de mulheres a obter um doutorado na França, sendo a primeira a obter essa titulação em nível doutoral na área de filosofia.[2]
Leóntine Zanta foi aluna da Faculté de Lettres da Universidade de Paris, tendo sido orientada pelo professor e filósofo Henri Bergson.[1]
Ela obteve a sua graduação em filosofia na Universidade de Paris no ano de 1898.[4]
Em 1914, ela defendeu a tese de doutorado La renaissance du stoïcisme au XVIe siècle na Universidade de Paris.[1] Nesta tese de doutorado, ela discute o ressurgimento das discussões sobre questões envolvendo a corrente filosófica grega do estoicismo entre os pensadores europeus no século XVI.[5]
A tese de Zanta foi um trabalho pioneiro que demonstrou a importância da filosofia estoica para o século XVI principalmente nas discussões da época sobre o pensamento de autores antigos, a exemplo de Sêneca e Epiteto, e a visão crítica da autora sobre a tentativa dos autores quinhentistas em colocá-los sob uma perspectiva cristã.[5]
Laureada pela Academia Francesa e com domínio nos estudos sociológicos, ela foi uma das integrantes definitivas (associée perpétuelle) da Academia de Mâcon, entidade de ciências e letras situada na região francesa da Borgonha.[6]
Pioneira no campo filosófico, ela teria sido uma das inspiradoras de Simone de Beauvoir a estudar filosofia.[2]
Obras
[editar | editar código-fonte]- La renaissance du stoïcisme au XVIe siècle (1914);[5]
- La traduction française du manuel d'Epictète d'André de Rivaudeau au XVIe siècle (1914).
- Psychologie du féminisme (1922);
- La part du feu (1927);
- Sainte-Odile (1931).[6]
Bibliografia sobre Leóntine Zanta
[editar | editar código-fonte]- CHARDIN, Pierre Teilhard de. Lettres à Léontine Zanta. Paris: Desclée de Brouwer, 1965.[1]
- MALEPRADE, Henri. Léontine Zanta, 1872-1942. Vertueuse aventurière du féminisme. Paris: Rive droite, 1997.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f «Léontine ZANTA: Femme de lettres, enseignante et journaliste française». Consultado em 16 de março de 2022
- ↑ a b c d «Léontine Zanta, história esquecida da primeira francesa doutora em filosofia». Rede Brasileira de Mulheres Filósofas. 21 de julho de 2021. Consultado em 16 de março de 2022
- ↑ Annales de l’académie de Mâcon, t. 27, p. LXXXIII disponível em Gallica
- ↑ «Dans le cadre de la Journée internationale des femmes et de l'exposition «A la conquête de la Sorbonne: Marie Curie et autres pionnières»» (PDF). Bibliothèque Interuniversitaire Sorbonne. 8 de março de 2018. Consultado em 16 de março de 2022
- ↑ a b c LACHAT, Marcelo. Filosofia estoica e religião cristã em Justo Lípsio e Francisco de Quevedo: a doutrina estoico-cristã dos séculos XVI e XVII. Revista Tempo Amazônico, v. 2, n. 2, jan.-jun. 2015, p. 113.
- ↑ a b Annales de l’académie de Mâcon, t. 27, p. LXXXII disponível em Gallica