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Lemna

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Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Clado: Angiosperms
Clado: Monocots
Classe: Liliopsida
Ordem: Alismatales
Família: Araceae
Subfamília: Lemnoideae
Tribo: Lemneae
Género: Lemna
L.
Espécies
Ver texto.
Sinónimos[1]
Lemna minor.
Lemna trisulca.
Lemna gibba.

Lemna é um género de plantas com flor aquáticas de livre flutuação pertencente à subfamília Lemnoideae (ex-família Lemnaceae) da família das Araceae.[2] Presentemente existem 14 espécies de Lemna validamente descritas,[3] todas taloides. Algumas das espécies deste género são utilizadas, por serem de crescimento rápido (em condições favoráveis o número de espécimes pode duplicar em 48 horas) e fáceis de cultivar em ambiente controlado e sem solo, são utilizadas como organismo modelo para estudos de ecologia das comunidades, estudos de biologia básica das plantas, ecotoxicologia e produção de biofármacos. Também são utilizadas como fonte de alimento para animais em pecuária e aquacultura e como constituinte de instalações para tratamento de esgotos.

As espécies do género Lemna são minúsculas plantas aquáticas de livre flutuação à superfície da água, constituídas por um aparelho vegetativo muito simplificado, formado por uma simples lamela verde, talosa, de dimensões reduzidas.

As estruturas taloides (por vezes designadas por frondes) são membranáceas, planas, elípticas a lineares, simétricas ou assimétricas, com 1–5 mm de comprimento e 0,5–3 mm de largura, arredondadas no ápice, com 1–3 nervuras e 1–3 pápulas, sem pontos proeminentes, mas com dois marsúpios laterais. As frondes flutuam livremente à superfície da água, apresentando na face inferior uma raiz filiforme única, com bainha lisa ou alada. As plantas ocorrem geralmente em grupos de 3-4, com as frondes parcialmente fundidas, formando populações densas na superfície de massas de água doce estagnada.

São plantas vivazes, em geral multiplicando-se por reprodução vegetativa através do fraccionamento das frondes. As flores ocorrem na região lateral da lâmina, muito simplificadas e sem prófilo, em número de duas ou três por planta, geralmente com uma flor pistilada (feminina) rodeada por duas flores estaminadas (masculinas).

Os minúsculos frutos são indeiscentes, flutuantes, contendo diversas sementes.

Na sua composição estas plantas apresentam de 8 a 10% de fibra. Com a gestão de fertilizantes, o conteúdo proteico pode aumentar até 45% do peso seco, o que torna estas plantas num bom suplemento proteico alternativo à carne.

O género foi descrito por Carolus Linnaeus e publicado em Species Plantarum 2: 970. 1753.[4] A espécie tipo é Lemna minor.[5]

O género Lemna foi incluído, em conjunto com as restantes Lemnoideae, numa família separada, as Lemnaceae, mas os resultados obtidos com recurso às técnicas da biologia molecular levaram a que fossem consideradas um grupo altamente especializada de Araceae. Com base nesses resultados, a partir do sistema APG II foram integradas entre as Araceae, evitando que o grupo ficasse parafilético.

O género Lemna inclui as seguintes espécies:[6][7][8]

Secção Lemna
Secção Alatae
Secção Biformes
  • Lemna tenera Kurz – Indochina, Samatra, Northern Territory da Austrália
Secção Uninerves
Anteriormente incluídas neste género

Estiveram incluídas neste género diversa espécies, entretanto movidas para outros agrupamentos taxonómicos:[7]

Classificação lineana do género

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Sistema Classificação Referência
Linné Classe Monoecia, ordem Diandria Species plantarum (1753)

Notas

  1. «Lemna». Royal Botanic Gardens, Kew: World Checklist of Selected Plant Families. Consultado em 15 de dezembro de 2009 
  2. «Genus: Lemna L.». Germplasm Resources Information Network. United States Department of Agriculture. 3 de novembro de 2006. Consultado em 13 de abril de 2013. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  3. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.theplantlist.org 
  4. «Lemna». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 10 de agosto de 2013 
  5. Carolus Linnaeus, Sp. Pl.: 970 (1753).
  6. «Lemna» (em inglês). ITIS (www.itis.gov). Consultado em 13 de abril de 2013 
  7. a b «GRIN Species Records of Lemna». Germplasm Resources Information Network. United States Department of Agriculture. Consultado em 13 de abril de 2013. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  8. Donald H. Les, Daniel J. Crawford, Elias Landolt, John D. Gabel, Rebecca T. Kimball. "Phylogeny and Systematics of Lemnaceae, the Duckweed Family". Systematic Botany, 27 (2), pp. 221-240, 2002.
  9. Rafael Govaerts, David G. Frodin: World Checklist and Bibliography of Araceae (and Acoraceae). The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew, 2002.
  • Cross, J.W. (2006). The Charms of Duckweed.
  • Landolt, E. (1986) Biosystematic investigations in the family of duckweeds (Lemnaceae). Vol. 2. The family of Lemnaceae - A monographic study. Part 1 of the monograph: Morphology; karyology; ecology; geographic distribution; systematic position; nomenclature; descriptions. Veröff. Geobot. Inst., Stiftung Rübel, ETH, Zurich.
  • Lemna Ecotox testing Duckweed growth inhibition tests and standardisation

Ligações externas

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