Lew Ayres
Lew Ayres | |
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Lew Ayres no trailer de Johnny Belinda, 1948 | |
Nome completo | Lewis Frederick Ayres III |
Nascimento | 28 de dezembro de 1908 Minneapolis, Minnesota |
Nacionalidade | Norte-americana |
Morte | 30 de dezembro de 1996 (88 anos) Los Angeles, Califórnia |
Ocupação | Ator |
Cônjuge | Lola Lane (1931-1933) Ginger Rogers (1934-1940) Diana Hall (1964-1996) |
Lew Ayres (Minneapolis, Minnesota, 28 de dezembro de 1908 - Los Angeles, Califórnia, 30 de dezembro de 1996) foi um ator norte-americano, intérprete dos personagens Dr. Kildare e Paul Bäumer no cinema.
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Criado em San Diego, Califórnia, Ayres fugiu da escola para se dedicar à vida artística. Tocava banjo em uma banda que se apresentava em clubes quando foi descoberto por um caçador de talentos, que o levou para Hollywood. Debutou em The Sophomore, dirigido por Leo McCarey em 1929. A seguir teve destacada atuação ao lado de Greta Garbo em O Beijo (The Kiss, 1929), o que lhe valeu o papel principal de Sem Novidade no Front (All Quiet on the Western Front, 1930), o clássico pacifista de Lewis Milestone. Além do grande sucesso comercial, o filme levou-o ao estrelato e teve profundo impacto em sua vida pessoal.
Entretanto, sua boa aparência e maneiras suaves contribuíram para que fosse escalado em produções menores, onde interpretava personagens sem densidade dramática, que em nada serviram para consolidar o prestígio adquirido. Tornou-se idolo das matinês, entre 1938 e 1942, ao aceitar o papel de Dr. Kildare em nove filmes B da série do mesmo nome, produzida pela MGM. Um dos raros bons momentos dessa fase foi em Boêmio Encantador (Holiday, 1938), de George Cukor, onde fez o irmão sempre bêbado de Katherine Hepburn.
Quando estourou a Segunda Guerra Mundial, muitos atores se envolveram diretamente no conflito; porém Ayres, coerente com suas ideias pacifistas, declarou-se partidário da "objeção consciente" contra conflitos armados, engajamento militar e armas em geral. Visto como covarde, Ayres recebeu o desprezo dos estúdios e do público. No entanto, serviu por mais de três anos no corpo médico na Nova Guiné e Filipinas, cuidando de feridos de guerra, na função de assistente de capelão. Em 1946, perdoado por Hollywood e pela massa de espectadores, recomeçou a carreira com Espelho d'Alma (The Dark Mirror), clássico film noir de Robert Siodmak. Em 1949, recebeu uma indicação para o Oscar de Melhor Ator pela sua atuação em Belinda (Johnny Belinda, 1948), elogiado drama de Jean Negulesco.
A partir daí, ainda que continuasse a atuar pelas décadas seguintes, passou a se dedicar principalmente à televisão. Uma tentativa de reviver o personagem Dr. Kildare na TV acabou frustrada quando teve recusado seu pedido de não haver anunciantes da indústria do tabaco. Além de telefilmes, participou de várias séries: Columbo, The F.B.I. , Casal 20, Havaí 5-0, Mary Tyler Moore etc. Uma tentativa de popularizar no Ocidente suas crenças filosóficas e religiosas, de inspiração oriental, resultou no documentário Altars of the World (1976), que recebeu um Golden Globe.
Ayres casou-se e divorciou-se das atrizes Lola Lane e Ginger Rogers, esta iniciando sua irresistível trajetória em direção à fama, enquanto ele tinha de se contentar com os papéis medíocres que lhe eram oferecidos. Em 1942, jurou nunca mais casar-se novamente; porém, mais de vinte anos depois, ei-lo unido a Diana Hall, que lhe deu seu único filho, Justin. Foi seu casamento mais duradouro: só terminou com seu falecimento, três décadas depois, vítima de complicações enquanto se encontrava em coma.[1] Sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Todos os títulos em Português referem-se a exibições no Brasil.[1]
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Referências
- ↑ a b Unonius, Kristian Erik (2004). «Lew Ayres, Um Personagem Excepcional». edição de autor. Matinê (35)