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Ligue 180

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Ligue 180 é uma iniciativa do Governo Brasileiro, mais especificamente do Ministério das Mulheres, para auxiliar mulheres vítimas de violência e misoginia ou que tenham testemunhado tais crimes.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A ação é promovida pelo Programa Mulher Viver sem Violência, criado em 2013 visando articular órgãos e serviços públicos de forma a agilizar a implantação de medidas de prevenção e combate a violência contra a mulher. A discagem do número 180 no telefone conecta com a Central de Atendimento à Mulher (CEAM) que oferece atendimento gratuito 24h por dia durante todos os dias da semana. Também é possível receber atendimento via WhatsApp e Telegram.[2][3]

Serviços[editar | editar código-fonte]

A central orienta os cidadãos sobre leis de proteção à mulher assim como os direitos que ela possui, além de instruir a respeito de serviços de acolhimento e aplicação de medidas judiciais, a exemplo da Casa da Mulher Brasileira (espaços humanizados localizados em diversos distritos pelo Brasil que ajudam mulheres vítimas de violência), Defensorias Públicas, Hospitais e Delegacias de Atendimento à Mulher. Além disso, a CEAM registra as ocorrências, encaminha e acompanha as denúncias junto às instituições especializadas.[1]

Em fevereiro de 2024, foi lançado o Painel Ligue 180, uma ferramenta interativa com o intuito de facilitar o acesso da população e de gestores às informações sobre a Rede de Atendimento às Mulheres. Essa ferramenta mostra os 2,5 mil postos e núcleos de atendimento ao público, delegacias gerais e especializadas, onde as vítimas podem procurar ajuda e registrar ocorrências.[4]

Impacto[editar | editar código-fonte]

Em 2023, houve um aumento de 23% em relação a 2022 das denúncias de violência doméstica, passando de 87,7 mil para 114,6 mil. Também houve um aumento dos registros de violações de direitos das mulheres em relação ao ano anterior, saltando de 442,4 mil para 596,6 mil denúncias, uma alta de 25,8%.[4][5][6]

Após denúncias contra abusos de mulheres e crianças em abrigos do Rio Grande do Sul em 2024, o Ligue 180 deu prioridade às denúncias das vítimas das chuvas no estado.[2]

Referências

  1. a b «Painel 'Ligue 180' reúne serviços para mulheres vítimas de violência no Brasil; veja como usar». G1. 15 de fevereiro de 2024. Consultado em 20 de junho de 2024 
  2. a b Jussara Soares (10 de maio de 2024). «Ligue 180 cria atendimento prioritário para mulheres vítimas das chuvas no RS». CNN Brasil. Consultado em 22 de junho de 2024. após denúncias contra abusos de mulheres e crianças em abrigos no estado 
  3. «Violência doméstica e familiar contra a mulher: Ligue 180 e tudo o que você precisa saber». Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Consultado em 22 de junho de 2024 
  4. a b Vitória Santiago (27 de fevereiro de 2024). «Violência contra a mulher: Denúncias ao Ligue 180 crescem 23% em 2023 - SBT News». SBT News. Consultado em 22 de junho de 2024 
  5. Soares, Ingrid. «Ligue 180 recebeu 568,6 mil chamados em 2023, aumento de 25,8% nas denúncias». Brasil. Consultado em 22 de junho de 2024 
  6. Vitória Santiago (27 de fevereiro de 2024). «Violência contra a mulher: Denúncias ao Ligue 180 crescem 23% em 2023 - SBT News». SBT News. Consultado em 22 de junho de 2024