Lotta di Popolo
A Organizzazione Lotta di Popolo (OLP) foi um grupo político extremista que surgiu na Itália, em 1969, e que tentou combinar ideais políticos típicos do neofascismo com os da extrema esquerda, tanto que alguns de seus adversários a classificava como: nazi-maoísta, essa organização foi dissolvida em 1973 .
História
[editar | editar código-fonte]No dia 1º de maio de 1969, a Organizzazione Lotta di Popolo foi fundada em uma conferência nacional em Roma. Dentre os fundadores, destacavam-se: Enzo Maria Dantini, Ugo Gaudenzi (esses dois antigos dirigentes da "Primula Goliardica"), Serafino Di Luia (ex milutante da "Avant-garde National" )[1] e Ugo Cascella[2].
Surgiu como um movimento extraparlamentar, que dava continuidade ao legado da seção italiana da "Jeune Europe" e de grupos estudantis como "Primula Goliardica" o "Movimento Studentesco Operaio d'Avanguardia", e o "FUAN-Caravella". Se distinguiu por suas posições originais, mais tarde definidas como nazimaoístas.
Com seus panfletos:
- atacavam a divisão em blocos do mundo criada pela Conferência de Ialta e o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que eram caracterizados como tentativas de impedir a emancipação dos estados europeus;
- sustentavam que o antifascismo e o anticomunismo eram doutrinas criadas pelo sistema para conter forças revolucionárias;
- defendiam a unidade do povo italiano "fora e contra as instituições" para se libertar da opressão política, econômica e cultural exercidas pelos imperialismos russo e norte-americano, pelo Vaticano e pelo sionismo internacional;
- elogiavam a Revolução Cultural Chinesa;
- protestavam contra a Guerra do Vietnã[3];
- sustentavam críticas nacionalistas aos movimentos de esquerda, argumentando que o comunismo se consolidou na União Soviética graças a Stalin que que incorporou na política soviética doutrinas típicas do Império Russo, tendo vencido a oposição de Trotsky[4].
O grupo era combatido por outros movimentos extremistas, tanto de direita quanto de esquerda.
Referências ideológicas
[editar | editar código-fonte]A principal referência ideológica era o nacional-comunitarismo nos termos propostos por Jean-François Thiriart. Apesar de rejeitarem, explicitamente, as ideologias, definidas como ferramentas nas mãos daqueles que querem que o povo se divida, enaltecia o pensamento de revolucionário de esquerda, como os escritos de Mao Zedong e também de figuras da extrema-direita, por uma perspectiva antissionista, antiimperialista e anticapitalista.
Por outro lado, era classificada como uma organização neofascista de extrema-direita por grupos de esquerda[5] e pela polícia[6].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Fontes
[editar | editar código-fonte]- Eduardo M. Di Giovanni, Marco Ligini, Guido Salvini, "La strage di Stato: controinchiesta", BIM, 1999.
- Luigi V. Majocchi, "Rapporto sulla violenza fascista in Lombardia: testo integrale della relazione della Commissione di inchiesta nominata dalla Giunta della Regione Lombardia e presieduta dall'assessore Sandro Fontana", Cooperativa scrittori, Roma, 1975.
- Ugo Maria Tassinari, "Fascisteria: i protagonisti, i movimenti e i misteri dell'eversione nera in Italia (1965-2000)", Castelvecchi, 2001.
- Nicola Rao, "Il piombo e la celtica", Sperling, 2009
- Mario Caprara e Gianluca Semprini, "Destra estrema e criminale", Newton Compton, 2012
Referências
- ↑ I fascisti, em italiano, acesso em 27/04/2022.
- ↑ "Fascisteria. Storie, mitografia e personaggi della destra radicale in Italia" escrito por: Ugo Maria Tassinari.
- ↑ "Rapporto sulla violenza fascista in Lombardia"
- ↑ "Dall'articolo Contro un "Supersinistrismo psicopatico"", in "Lotta di Popolo", n. 2, Milão 1971.
- ↑ QUANDO IL FASCISMO SI COLORA DI ROSSO, em italiano, acesso em 28/04/2022.
- ↑ "Rapporto sulle organizzazioni estremiste che minacciano l'ordine pubblico", Allitto Bonanno, 08/02/1973.