Lucera
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Comuna | ||||
Localização | ||||
Localização de Lucera na Itália | ||||
Coordenadas | 41° 30′ N, 15° 20′ L | |||
País | Itália | |||
Região | Apúlia | |||
Província | Foggia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 338 km² | |||
População total | 34 911 hab. | |||
Densidade | 103 hab./km² | |||
Outros dados | ||||
Comunas limítrofes | Alberona, Biccari, Castelnuovo della Daunia, Foggia, Pietramontecorvino, San Severo, Torremaggiore, Troia, Volturino | |||
Código ISTAT | 071028 | |||
Código cadastral | E716 | |||
Código postal | 71036 | |||
Prefixo telefônico | 0881 | |||
Padroeiro | Santa Maria delle Grazie | |||
Sítio | www |
Lucera é uma comuna italiana da região da Puglia, província de Foggia, com cerca de 34.911 habitantes. Estende-se por uma área de 338 km², tendo uma densidade populacional de 103 hab/km². Faz fronteira com Alberona, Biccari, Castelnuovo della Daunia, Foggia, Pietramontecorvino, San Severo, Torremaggiore, Troia, Volturino.[1][2][3]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1224, o Sacro Imperador Romano Frederico II, respondendo às revoltas religiosas na Sicília, expulsou todos os muçulmanos da ilha, transferindo muitos para Lucera nas duas décadas seguintes. Nesse ambiente controlado, eles não podiam desafiar a autoridade real e beneficiavam a coroa em impostos e serviço militar. Seus números acabaram atingindo entre 15 mil e 20 mil, levando Lucera a ser chamada Lucaera Saracenorum porque representava o último reduto da presença islâmica na Itália. Durante o tempo de paz, os muçulmanos em Lucera exerciam funções como agricultores. Cultivavam trigo duro, cevada, legumes, uvas e outras frutas. Os muçulmanos também mantinham abelhas para o mel.[4]
A colônia prosperou por 75 anos até ser saqueada em 1300 por forças cristãs sob o comando de Giovanni Pippino di Barletta, com a aquiescência de Carlos II de Nápoles. A maioria dos habitantes muçulmanos da cidade foram massacrados ou – como aconteceu com quase 10 mil deles – vendidos como escravos,[5] ou exilados, com muitos encontrando asilo na Albânia através do Mar Adriático.[6] Suas mesquitas abandonadas foram demolidas e igrejas geralmente foram construídas em seu lugar, incluindo a catedral de S. Maria della Vittoria.[7] A cidade e sua história deste período encontram menção no romance A Sultan in Palermo de Tariq Ali.
Depois que os muçulmanos foram removidos de Lucera, Carlos tentou estabelecer os cristãos na cidade. Aqueles muçulmanos que se converteram ao cristianismo recuperaram parte de sua propriedade, mas nenhum foi restaurado à sua antiga posição de influência política ou econômica. Com o passar do tempo, a produção de grãos caiu na cidade e, em 1339, a cidade foi atingida por uma fome. Os cristãos foram autorizados a cultivar como os muçulmanos.[8]
Demografia
[editar | editar código-fonte]Variação demográfica do município entre 1861 e 2011[3] |
Fonte: Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT) - Elaboração gráfica da Wikipedia |
Referências
- ↑ «Statistiche demografiche ISTAT» (em italiano). Dato istat
- ↑ «Popolazione residente al 31 dicembre 2010» (em italiano). Dato istat
- ↑ a b «Istituto Nazionale di Statistica» 🔗 (em italiano). Statistiche I.Stat
- ↑ Taylor, Julie (2005). Muslims in Medieval Italy: The Colony at Lucera. Lanham, MD: Lexington Books. p. 99
- ↑ Julie Taylor. Muslims in Medieval Italy: The Colony at Lucera. Lanham, Md.: Lexington Books. 2003.
- ↑ Ataullah Bogdan Kopanski. Islamization of Shqeptaret: The clas of Religions in Medieval Albania. Arquivado em 2009-11-25 no Wayback Machine
- ↑ Taylor, p.187
- ↑ Taylor, pp. 190-194