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Máquina apocalíptica

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Muitos dispositivos do Juízo Final são baseadas no fato de que bombas de hidrogênio pode criar grandes quantidades de cinzas nucleares.

Uma máquina apocalíptica ou máquina do Juízo Final é uma construção hipotética — geralmente uma arma — que poderia destruir toda a vida na Terra, ou destruir a própria Terra.

Máquinas apocalípticas têm sido apresentadas na literatura e na arte, especialmente no Século XX, onde o avanço da ciência e da tecnologia tem permitido aos seres humanos imaginar um meio definido e plausível de destruir o mundo ou toda a vida nele (ou, ao menos, a vida humana). Muitos clássicos do gênero da ficção científica abordam o tema, especialmente The Purple Cloud, de M. P. Shiel, escrito em 1901, onde um vazamento acidental de um certo gás mata todas as pessoas do planeta.[1]

Após o advento das armas nucleares, especialmente a bomba de hidrogênio, estas têm sido componentes dominantes nas máquinas apocalípticas ficcionais. O estrategista Herman Kahn, do RAND, propôs uma "Máquina Apocalíptica" na década de 1950, que consistiria de um computador ligado a um aglomerado de bombas de hidrogênio, programado para detonar a todas simultaneamente e levar o planeta à destruição, ao sinal de um ataque nuclear oriundo de outra nação.

Tal esquema, de caráter ficcional, sintetizou para muitos os extremos da lógica suicida por trás da estratégia de Destruição Mútua Assegurada, que foi parodiada no filme Dr. Strangelove, de Stanley Kubrick, em 1964. Este é também um tópico principal no filme Beneath the Planet of the Apes, num paralelo com o tema da exterminação de espécies. Muitos desses modelos tomam por base o fato de que bombas de hidrogênio podem ser produzidas em tamanhos arbitrariamente grandes, conforme o desenho de Teller-Ulam, ou que elas podem ser "incrementadas" com materiais designados para prolongar e potencializar o efeito destrutivo (como na bomba de cobalto).

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Referências

  1. Shiel, M. P. (Matthew Phipps) (1 de fev. de 2004). The Purple Cloud. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas

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