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Márcia Short

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Márcia Short
Nascimento 11 de junho de 1968
Salvador
Cidadania Brasil
Ocupação cantora

Márcia Short (Salvador, 11 de junho de 1968), é uma cantora brasileira de axé music, uma das precursoras do ritmo no carnaval baiano, atuando também no samba-reggae e MPB.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Márcia nasceu no Engenho Velho de Brotas, na capital baiana, onde viveu até 2019.[1] A "efervescência cultural" do bairro influenciou sua formação, sendo uma das personalidades do lugar ao lado de figuras como Mestre Bimba e Jorge Bafafé.[2] O bairro era sede do afoxé Badauê, e Márcia cresceu ouvindo os ensaios, nos quais muitas vezes contavam com a participação de outros blocos como o Ilê Aiyê. Embora a avó a proibisse de frequentar o lugar, muitas vezes conseguia escapar e acompanhar os ensaios e, num show em 2016, ela rendeu homenagem à influência que recebeu do afoxé.[3]

No começo da carreira enfrentou resistência no meio familiar com seu ingresso no meio artístico,[4] como cantora do trio Papa Léguas e da Banda Mel, onde ingressou em 1989 e fez sucesso com a música "Crença e Fé", lançando ali quatro LPs.[5] Sobre o racismo, declarou em 2024: "O racismo se aprimora, se sofistica dia após dia e a cobrança em cima da gente é maior, o espaço que deixam é o mínimo e a gente tem que estar enfrentando, superando, atravessando barreiras todos os dias".[4]

Em 1994, tendo saído da Banda Mel, montou a Bandabah, que fez sucesso na época com as canções "Balé do Amor" e "Nação Rastafári".[5] Short lançou seu primeiro disco solo "Márcia Short" em 1997, contendo entre outras as faixas “Graciosa Yá” (Saul Barbosa e Jota Veloso), “Coração de Bola” (Jauperi), e “Iansã” (Gilberto Gil e Caetano Veloso),[6] além de músicas de Nonato Buzar e Chico Anysio.[5]

Tem dois filhos: Daniel (1986) e Valentina (2009).[5]

No ano de 2004 lançou o álbum "Iluminada", que teve produção de Elba Ramalho.[5] Durante a pandemia de Covid-19, com shows cancelados, realizou lives que intitulou de Portal Black onde se apresentava num cenário do artista afro-baiano Ayrson Heráclito, e com renda destinada a instituições assistenciais.[1]

Em 2024 a Banda Mel retornou ao carnaval de Salvador nos quarenta anos de seu lançamento, tendo Short como uma das atrações.[4]

Referências

  1. a b Vinicius Nascimento (9 de outubro de 2020). «Márcia Short: 'A pandemia me adoeceu, eu pirei mesmo'». Correio 24H. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada em 21 de junho de 2024 
  2. Ana Júlia Matos; Vanessa Borges; Wagner Vinha. «Continuum Histórico: Engenho Velho de Brotas e Nossa Senhora das Neves» (PDF). UFBA. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 12 de maio de 2022 
  3. José Francisco de Assis Santos Silva (2017). «"Pra te Lembrar do Badauê...": O Mensageiro da Alegria em uma viagem pelos Lonãs Iyês (Caminhos da Memória) do Mar Azul - Espaço, Tempo e Ancestralidade». UFBA. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada em 26 de maio de 2022 
  4. a b c Adriane Rocha (12 de março de 2024). «Da Banda Mel à carreira solo: Atemporal e versátil, Márcia Short conta sua trajetória na cena artística baiana». Portal Umbu. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada em 12 de março de 2024 
  5. a b c d e Osmar Marrom Martins (27 de setembro de 2017). «Márcia Short revisita 30 anos de carreira no show Corisco, neste fim de semana». Correio 24H. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada em 21 de junho de 2024 
  6. «Márcia Short celebra aniversário e disponibiliza álbum nas plataformas digitais». bahia24horas. Alô, Alô Bahia. 11 de junho de 2021. Consultado em 21 de junho de 2024. Cópia arquivada em 21 de junho de 2024 

Ver também[editar | editar código-fonte]