Míssil balístico tático
Um Míssil balístico tático, é um tipo de Míssil balístico disparado de uma rampa de lançamento montada sobre um veículo pesado, projetado para uso em em campo de batalha, em geral, com alcance inferior a 300 km. Alguns especialistas militares russos os colocam em nível de importância ao lado das forças nucleares estratégicas.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Os mísseis V-1 e V-2 foram desenvolvidos pela Alemanha Nazista, sendo os primeiros mísseis balísticos do mundo. Com um poder de fogo e velocidade impressionantes, deram trabalho aos aliados até que se descobriu sua maior vulnerabilidade: sua rampa de lançamento era fixa. Isso o tornava um alvo fácil, no caso de descoberta da base. Sem a rampa de lançamento, o míssil tornava-se inútil. Posteriormente se desenvolveu uma rampa móvel para o míssil V-2 mas não houve tempo de implantá-la em larga escala. Os aliados destruíram centenas de rampas até o final da guerra. [2]
Após a queda do regime nazista, americanos e soviéticos correram para conquistar o espólio de guerra. Assim, a tecnologia dos mísseis balísitcos V1 e V2 e seus especialistas foram divididos entre os dois países. [3]
Enquanto que os americanos demoraram a usar a tecnologia, os soviéticos desenvolveram um novo míssil. Para evitar a vulnerabilidade de uma rampa de lançamento fixa, desenvolveram o conceito de uma rampa móvel. Assim surgiu o míssil balístico tático, que aliava alto poder de fogo com um alcance de até 300 km a partir do veículo de lançamento, cuja mobilidade ampliava o rol de possibilidades de uso no campo de batalha, bastando apenas posicionar o veículo dentro do raio de alcance do míssil, disparar e mudá-lo de posição para reutilizar a rampa e protegê-la do inimigo. Em 1952 entra em produção o míssil balístico tático R-11 Zemlya (Código OTAN “SS-1 Scud-A”), soviético. Com alcance máximo de 270 km (ogiva comum) e 130 Km (ogiva nuclear). Inicialmente, o míssil e sua rampa de lançamento eram transportado por um veículo de esteiras modelo 2P-19. Durante toda a década de 1950 e início dos anos 1960, os soviéticos realizaram melhorias no sistema de míssil, adotando um caminhão de pneus 8X8, que trouxe maior mobilidade para os lançamentos. Em 1955, surgiu a versão do míssil para a Marinha, sendo empregada nos submarinos Classe AV611 (Código OTAN “Zulu”) e 619 (Código OTAN “Golf”). [4] [5]
O Míssil balístico tático pode ser lançado de veículos em terra ou de navios/submarinos no mar.[5]
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A primeira versão do SCUD era lançada de um veículo adaptado do Tanque Iosef Stalin.
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Sistema MGM-31 Pershing, dos Estados Unidos, montado sobre um veículo de esteiras M474.
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Rampa de lançamento do míssil israelense LORA, adaptável a diversos tipos de caminhões.
Referências
- ↑ И.В. Бочарников (2007). «Современные тенденции зарубежного военного строительства». Аналитический вестник Совета Федерации ФС РФ. Consultado em 20 de dezembro de 2017
- ↑ Max Altman (13 de junho de 2013). «Hoje na História: 1944 - Hitler começa a lançar bombas V1 para tentar vencer Segunda Guerra». Ópera Mundi. Consultado em 20 de dezembro de 2017
- ↑ «Joint Intelligence Objectives Agency"». U.S. National Archives and Records Administration. Consultado em 20 de dezembro de 2017
- ↑ «Elbrus (SS-1C Scud-B): Short-range ballistic missile». Military Today. 2006. Consultado em 20 de dezembro de 2017
- ↑ a b «R-11FM / SS-1b Scud». Federation of American Scientists. Consultado em 20 de dezembro de 2017