Móveis Coloniais de Acaju
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Móveis Coloniais de Acaju | |
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Integrantes da banda em uma apresentação. | |
Informações gerais | |
Origem | Brasília, Distrito Federal |
País | Brasil |
Gênero(s) | |
Período em atividade | 1998–2016 |
Gravadora(s) | Trama (2005-2012) Som Livre (2013-presente) |
Integrantes | André Gonzales Fernando Jatobá Beto Mejía Eduardo Borém Esdras Nogueira Fabio Pedroza Paulo Rogério Anderson Nigro Fabrício Ofuji |
Ex-integrantes | Leonardo Bursztyn Renato Rojas BC Gabriel Coaracy Alexandre Bursztyn Rodrigo Montes |
Página oficial | Site Oficial |
Móveis Coloniais de Acaju foi uma banda brasileira de pop rock e art rock, com influências do indie rock, pós-punk, garage rock, ska e música típica brasileira.
Surgida em 1998 em Brasília, originalmente conhecida pelo público brasiliense pela sigla MCA,[1] a banda possui três álbuns lançados: Idem (2005), C mpl te (2009)[2] e De Lá até Aqui (2013).[3]
A origem do nome da banda, entre outras versões, é baseada em um evento histórico fictício, a Revolta do Acaju - um suposto conflito unindo índios e portugueses contra os ingleses na Ilha do Bananal.[4][5]
Em 26 de setembro de 2016, após 18 anos de estrada, a banda informou que fará uma pausa com tempo indeterminado em suas atividades.[6]
História
[editar | editar código-fonte]A Revolta do Acaju
[editar | editar código-fonte]O nome da banda é uma homenageiam a um episódio fictício da história brasileira, a Revolta do Acaju. Segundo Fabrício Ofuji,[7] a Revolta teria acontecido por volta do Séc. XVIII, ao fim do Período Colonial, quando os ingleses, após serem derrotados diversas vezes tentando invadir o país, teriam decidido invadi-lo pelas vias fluviais da Região Norte.
Os ingleses então teriam invadido e se instalado na Ilha do Bananal sem o conhecimento de Portugal. Os invasores teriam começado a produzir móveis da madeira local, um cedro de tom avermelhado (chamado popularmente de “Acaju”). Ao descobrirem sobre a invasão, os portugueses teriam juntado colonizadores, índios e escravos para expulsarem os ingleses da Ilha. Os portugueses saem da Revolta vitoriosos e resolvem queimar os móveis produzidos pelos ingleses (ou “móveis coloniais”), como uma forma de celebração.[4]
Formação da banda
[editar | editar código-fonte]Formada em 1998, iniciou shows memoráveis na Tenda Comunitária da Universidade de Brasília.[1] Dois anos depois já despontava no cenário nacional. A participação no Porão do Rock de 2000 garantiu à banda uma série de participações em festivais do Brasil e aparições em veículos de imprensa nacionais.[6]
Em "termos gastronômicos", o som de Móveis Coloniais de Acaju já foi denominado pelos próprios membros de "feijoada búlgara". É possível perceber o rock e ska com a influência de ritmos do leste europeu e música brasileira.[8]
Seu primeiro disco, Idem, lançado em 2005, produzido por Rafael Ramos, com tiragem inicial de 3 mil cópias.[1] O álbum teve boa aceitação e atingiu a marca de duas mil cópias vendidas nos dez primeiros dias.[1]
Sem Palavras, o single lançado em 2007 pela banda, ficou em 21ª posição na lista das 50 melhores músicas do ano na revista Rolling Stone.[9][10]
Em 2008, a banda realizou turnê pela Europa.[6]
Em 2009, a banda lançou o single Falso Retrato (U-HU) e preparou novas músicas em parcerias com os poetas brasileiros, formando o álbum C mpl te, considerado o quinto melhor disco do ano pela revista Rolling Stone.[6]
Em 2014, a banda criou "Móveis Axé 90", evento de carnaval que tinha no repertório sucessos dos anos 90[11] e se apresentou em palcos de todo o Brasil.[6]
Grandes Apresentações
[editar | editar código-fonte]A banda tem passagem em eventos como o Brasília Music Festival (2003), Curitiba Rock Festival (2005), Bananada (2003 e 2004), Porão do Rock (2000, 2005, 2007 e 2008), no Festival de MPB da UNESP de Ilha Solteira (2008), FMB (Feira Música Brasil) em Recife em 2009, João Rock, em 2015,[12] e, o principal, no Rock In Rio 2011.[13]
Entre shows e festivais, o grupo esteve ao lado de bandas americanas como Weezer, Live, Alanis Morissette, Simply Red, Slackers e Voodoo Glow Skulls; a venezuelana Desorden Público; e as conhecidas brasileiras Charlie Brown Jr., Ultraje a Rigor, Ira!, Pato Fu, Barão Vermelho, Dead Fish e Los Hermanos.
Participaram também do Festival Indie Rock, em 2007, se apresentando ao lado de bandas nacionais e estrangeiras de indie rock, entre elas The Magic Numbers, The Rakes, e as brasileiras Moptop e Nação Zumbi.[14]
Festival Móveis Convida
[editar | editar código-fonte]O contato com as bandas, o aprendizado da estrada e o carinho por Brasília contribuíram para que a banda criasse seu próprio festival, o Móveis Convida. Da primeira edição, ainda em experiência (no fim de 2005[6]) à última (em abril de 2009, que marcou a estreia das novas músicas) passaram mais de 20 bandas (de atrações renomadas como Pato Fu, Los Hermanos e Black Drawing Chalks) e um público médio de quatro mil pessoas por edição. O festival, no entanto, deixa de ser da banda em 2014; sendo organizado somente pelo seu baixista e pelo seu produtor.
Foram realizadas 17 edições nos 11 anos de atividade.[6]
Shows de Despedida
[editar | editar código-fonte]Após 18 anos de estrada, a banda anunciou uma pausa em suas atividades sem tempo determinado, porém, em respeito e consideração a sua legião de fãs, realizaram diversos shows de "Adeus" ou quem sabe "até breve":
- 19 e 20 de novembro de 2016 - Teatro Mars, em São Paulo;[1]
- 16 de dezembro de 2016 - Centro Cultural Imperator, no Rio de Janeiro;
- 31 de dezembro de 2016 - Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Remobília
[editar | editar código-fonte]Em 30 de março de 2020, os ex-integrantes André Gonzales, Beto Mejía, Esdras Nogueira, Fernando Jatobá e Gustavo Dreher retomam parceria no projeto Remobília.[15][16][17]
Integrantes
[editar | editar código-fonte]Última Formação
[editar | editar código-fonte]- André Gonzales (vocal)
- Beto Mejía (flauta transversal)
- Eduardo Borém (gaita cromática, teclados e escaleta)
- Esdras Nogueira (saxofone barítono)
- Fabrício Ofuji (Produção)
- Fabio Pedroza (baixo)
- Fernando Jatobá (guitarra)
- Paulo Rogério (sax tenor)
- Anderson Nigro (bateria)
Ex-integrantes
[editar | editar código-fonte]- Renato Rojas (bateria) – 1998 - 2008
- Leonardo Bursztyn (guitarra) – 1998 - 2008
- BC (guitarra) – 2005 - 2013
- Xande Bursztyn (trombone) – 1998 - 2014
- Gabriel Coaracy (bateria) – 2009 - 2015
- Rodrigo Montes (sax alto e tenor) – 2000 - 2002
Discografia
[editar | editar código-fonte]Álbuns de estúdio
[editar | editar código-fonte]- Idem – 2005
- C_mpl_te – 2009
- De Lá até Aqui – 2013
EP's
[editar | editar código-fonte]- Móveis Coloniais de Acaju – 2001
- Vai Thomaz No Acaju (com Gabriel Thomaz) – 2007
Singles
[editar | editar código-fonte]A banda lançou seis singles:[18]
- Seria o Rolex? – 2006
- Sem Palavras – 2007
- O Tempo – 2009
- Falso Retrato (U-hu) – 2009
- Dois Sorrisos – 2011 (em parceria com Leoni)[19]
- Vejo em Teu Olhar – 2012
DVD's
[editar | editar código-fonte]- Ao vivo no Auditório Ibirapuera – 2010
- Mobília em Casa - Móveis Coloniais de Acaju e a Cidade – 2014
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Premiação | Categoria | Indicação | Resultado | Ref |
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2010 | Prêmio Multishow 2010 | Experimente | Móveis Coloniais de Acaju | Venceu | [20] |
2011 | MTV Video Music Brasil | Videoclipe do ano | O Tempo | Indicado | [21] |
2011 | MTV Video Music Brasil | Webclipe | Dois Sorrisos | Indicado | [21] |
Referências
- ↑ a b c d e «Móveis Coloniais de Acaju: o triunfo da independência - CartaCapital». www.cartacapital.com.br. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Twintrevista: Faça sua pergunta para Móveis Coloniais de Acaju
- ↑ «7 bandas nacionais das quais sentimos falta». Tenho Mais Discos Que Amigos!. 8 de julho de 2021. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ a b «Mente Aberta - NOTÍCIAS - A Revolta do Acaju nunca aconteceu». revistaepoca.globo.com. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ [1]
- ↑ a b c d e f g Alexandre BastosDo G1 DF (26 de setembro de 2016). «Móveis Coloniais de Acaju anuncia pausa 'por tempo indeterminado'». Distrito Federal. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Mafra, Gustavo (27 de junho de 2017). «A Revolta do Acaju e Outras Histórias». "Gugacast". Consultado em 30 de abril de 2019
- ↑ Móveis Coloniais de Acaju se define como "feijoada búlgara" Terra
- ↑ «50 Melhores Músicas do Ano (2007)». Consultado em 16 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2008
- ↑ Melhores Músicas de 2007 - Rolling Stone[ligação inativa]
- ↑ DF, Do G1 (30 de julho de 2014). «Com hits de axé dos anos 90, Móveis Coloniais de Acaju faz show no DF». Distrito Federal. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Franca, Do G1 Ribeirão e (13 de junho de 2015). «João Rock 2015 espera 40 mil fãs neste sábado em Ribeirão Preto, SP». João Rock 2015. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ «E agora, mercado?». Poppycorn. Consultado em 4 de março de 2011. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2007
- ↑ Eduardo Viveiros (28 de julho de 2007). «Móveis Coloniais de Acaju anima Festival Indie Rock». Terra. Consultado em 4 de março de 2011
- ↑ Izel', 'Adriana (27 de junho de 2006). «Remobília: Conheça projeto composto por parte do Móveis Coloniais de Acaju». Acervo. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Moia, Marina (6 de abril de 2020). «Remobília: Integrantes de Móveis Coloniais de Acaju formam nova banda». Nação da Música. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Amigos, Tenho Mais Discos Que (23 de setembro de 2020). «Remobília irradia calor e amor com o novo clipe de "Sol no Rosto"». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ «No Mormaço da música brasileira». Tribuna do Norte. 9 de julho de 2010. Consultado em 4 de março de 2011
- ↑ «Dois sorrisos - novo single em parceria com Móveis Coloniais de Acaju». 14 de junho de 2011. Consultado em 7 de julho de 2011. Arquivado do original em 6 de julho de 2011
- ↑ «EXPERIMENTE: Móveis Coloniais de Acaju». Multishow. Globo.com. Consultado em 8 de agosto de 2013
- ↑ a b «MTV Video Music Brasil 2011». Wikipédia, a enciclopédia livre. 1 de fevereiro de 2020